Roteiro Para Apresentacao De Festa Junina Na Escola

St. Joseph's College - LEGÍTIMA INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA LÚCIO NAVARRO CAMPANHA DE INSTRUÇÃO RELIGIOSA BRASIL, PORTUGAL, RECIFE 1958 PRIMEIRA PARTE A SALVAÇÃO PE LA FÉ CAPÍTULO PRIMEIRO DESMANTÊ-LO E DESEQUILÍBRIO DA TEORIA PROTESTANTE 1. A TESE DO PASTOR. Bem se pode imaginar com que ânsia, emoção e contentamento o nosso amigo, pastor protestante, se aproximou do microfone, para fazer a sua dissertação pelo rádio, naquele dia. Tratava-se de uma mensagem sensacional, que êle pensara em transmitir. O seu objetivo era nada mais, nada menos que dar uma bonita rasteira em tôdas as religiões do mundo, sem respeitar nem sequer a Santa Igreja Católica Apostólica Romana, ficando de pé exclusivamente a doutrina dos protestantes. Para isto, idealizou o jovem e fervoroso pastor a argumentação seguinte: Tôdas as religiões ensinam que o homem se salva pelas suas próprias obras; o Protestantismo, ao contrário, ensina que o homem se salva pela fé. Ora, sabemos que a Bíblia é a palavra de Deus revelada aos homens; palavrá infalível, porque Deus não pode errar. E a Bíblia em inúmeros textos afirma que o homem se salva pela fé. Logo, se vê pela Bíblia que o Protestantismo é a única religião verdadeira, e assim está refutada a doutrina perigosa (perigosa, sim, foi o que disse o pastor, e é o que dizem, em geral, os protestantes) a doutrina perigosa de que o homem alcança a salvação pelas suas obras. 2. TEXTOS EVANGÉLICOS. Não vamos aqui logo repetir todos os textos citados pelo pastor em abono de sua tese, porque temos que analisá-los cuidadosamente mais adiante (capítulos 4 a 8), não só os, apresentados por êle, senão também outros alegados pelos seus colegas sôbre o mesmo assunto. Queremos apenas dar um amostra de como os textos eram mesmo de impressionar o desprevenido ouvinte que não tivesse um conhecimento completo da verdadeira doutrina do Evangelho. Veja-se, por exemplo, o seguinte trecho do Evangelho de São João: Assim amou Deus ao mundo, que lhe deu, a seu Filho Unigênito, para que todo o que crê nelê não pereça, mas tenha a vida eterna,o porque Deus não enviou seu Filho ao mundo paro condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Êle. Quem nêle crê não é condenado, mas o que não crê já está condenado, porque não crê no nome do Filho Unigênito de Deus (João 3, 16 a 18). Textos como êstes que asseveram tão abertamente quem crê em Jesus se salva, quem não crê se condena — seriam suficientes para convencer qualquer pessoa: 1º se não fôsse tão ímpio, tão absurdo, e, portanto, tão indigno dos lábios de Jesus o que se quer provar com êles, ou seja, a doutrina de que, para o homem salvar-se, basta que tenha fé em Cristo e nada mais; 2º se não houvesse outros textos, igualmente claros, dos Evangelhos, para nos provar a necessidade das boas obras para a conquista do Céu, como êste por exemplo: Bom Mestre, que obras boas devo eu fazer para alcançar a vida eterna?… Se tu queres entrar na vida, guarda os Mandamentos (Mateus 19, 16 e 17). 3. CONCILIAÇÃO DO TEXTO. É claro que fazer uma boa interpretação da Bíblia não consiste em aferrar-se alguém a uns textos, desprezando, esquecendo, refugando, pondo de lado outros, igualmente valiosos: tudo quanto está na Bíblia é palavra de Deus. A interpretação imparcial, conscienciosa, legítima, procura harmonizar inteligentemente os textos das Escrituras. E é bastante tomar na devida consideração as duas afirmativas — quem crê em Jesus se salva, quem não crê se condena — para entrar na vida eterna, é preciso guardar os mandamentos — para se chegar à conclusão de que para a salvação eterna, tanto é necessária a fé nas palavras de Cristo, como a obediência aos mandamentos divinos. É o que nos ensina a Igreja Católica, a qual não afirma que o homem se salva só pelas obras, como queria fazer crer o nosso amigo, pastor protestante, baseando a sua argumentação em que tôdas as religiões assim o ensinam; segundo a teologia católica, a fé no ensino de Cristo que nos é apresentado é também indispensável. Vê-se logo por aí quanto a doutrina da Igreja é desconhecida, até mesmo por aquêles que ardorosamente a combatem. Temos, portanto, que expor (e o faremos no capítulo seguinte) a doutrina católica sôbre o assunto, máxime porque ela fala de um terceiro elemento, importantíssimo e igualmente indispensável à salvação, como seja, o auxílio da graça de Deus; explicado êste ponto, se esclarecem muitos textos das Escrituras que tanta confusão provocam na cabeça dos protestantes. 4. PERANTE A LÓGICA E A BÍBLIA: O CASO DOS PAGÃOS. Basta igualmente esta palavra de Cristo — se tu queres entrar na vida, guarda, os mandamentos (Mateus 19, 17) para mostrar que, se o Protestantismo se distingue de tôdas as religiões do mundo ensinando que o homem se salva só pela fé e não pelas obras, isto não é sinal de que seja, a única Religião Verdadeira; é sinal, apenas, de que ensina uma coisa que evidentemente está contra a lógica e o bom senso. Êste princípio estabelecido por Jesus Cristo — guardar os mandamentos, para salvar-se — vigora em tôdas as religiões, porque é também um imperativo da razão humana, e a razão, assim como a fé, procede de Deus, nosso Criador. A Humanidade viveu milhares de anos antes de Jesus Cristo vir a êste mundo e, durante todo êsse tempo, excetuando o povo judaico, pequenino povo que tinha a revelação dada por Deus a Moisés e aos profetas, tôdas as nações da terra estavam imersas no paganismo, desconhecendo as verdades da fé. Mesmo depois da vinda de Jesus Cristo, quantos milhões e milhões de pessoas tem havido e ainda há, como por exemplo entre budistas, bramanistas, confucionistas, maometanos, índios selvagens etc, que sem culpa nenhuma sua, conheceram ou ainda desconhecem a revelação de Nosso Senhor Jesus Cristo! Podiam ou podem, êstes homens salvar-se? Sim, sem dúvida alguma, porque não é admissível que Deus os condenasse a todos irremediavelmente ao inferno, se êles não tinham culpa nenhuma em desconhecer a revelação cristã. Mas salvar-se como? Seguindo o que Cristo disse: Se tu queres entrar na vida, guarda os Mandamentos (Mateus 19, 17). E aqui perguntará o leitor: — Se os mandamentos foram revelados aos judeus por intermédio de Moisés, e as religiões pagãs não conheciam esta revelação, como podiam admitir êste princípio: — guarda os mandamentos, se queres salvar-te? Conheciam por acaso êstes mandamentos? — Conheciam, sim; embora não tão perfeitamente como nós os conhecemos. Porque êstes mandamentos, Deus os gravou no coração do homem. Honrarás pai e mãe, não matarás, não furtarás, não levantarás falso testemunho, não desejarás a mulher de teu próximo, etc., são leis que se impõem a todos os homens pela voz imperiosa de sua consciência. Se a Religião tem por fim o aperfeiçoamento moral do homem, e a sua união com Deus, esta união, êste aperfeiçoamento não se realizam senão, quando êle obedece à voz da consciência, que é a própria voz de Deus" falando a sua alma, a seu coração. Só assim podia (ou pode ainda hoje) o pagão que nunca ouviu falar de cristo, agradar a Deus e, agradando" a Deus pelas suas obras, conseguir a salvação. — Mas, dirá o protestante, esta história da possibilidade de se salvarem os pagãos, pode-se provar pelas Escrituras? Perfeitamente. abra-se a Epístola de São Paulo aos Romanos. Lemos aí que Deus há de retribuir a cada um segundo as suas obras; com a vida eterna, por certo, aos que, perseverando em fazer obras boas, buscam, glória e honra e imortalidade; mas com ira e indignação aos que são de contenda e que não se rendem á verdade, mas que obedecem a injustiça. A tribulação e a angústia virá sôbre tôda a alma do homem que obra mal, ao judeu, primeiramente, e ao grego; mas a glória e a honra e a paz será dada a todo o obrador do bem, ao judeu, primeiramente, e ao grego; porque não há para com Deus acepção de pessoas (Romanos 2, 6 a 11). O grego, a que se refere aí são Paulo, em contraposição ao judeu, é o gentio, o pagão, o que não conhecia a lei de Moisés. Deus, não tem acepção de pessoas: todo o que opera o bem recebe a vida eterna seja judeu, seja gentio. Porque, como diz em continuação o apóstolo" São Paulo, se os judeus tinham uma lei escrita dada por Deus e os gentios; não a tinham, o que interessa a Deus não é que se ouça a lei que foi dada por Êle, mas sim que se pratique o que ordena esta mesma lei. E o gentio, cumprindo a lei que estava escrita no seu coração, se podia tornar também justificado diante de Deus. Vejamos as palavras do Apóstolo: Não são justos diante de Deus os que ouvem a lei; mas os que fazem o que manda a lei serão justificados; porque, quando os gentios que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, êsses tais, não tendo semelhante lei, a si mesmos servem de lei, os quais mostram a obra da lei escrita nos seus corações, dado testemunho a êles a sua mesma consciência (Romanos 2, 13 a 15). — Mas perguntará alguém: Não diz a BÍblia que sem a fé é impossível agradar a Deus? Como podiam êsses pagãos agradar a Deus sem a fé? — A dificuldade é muito fácil de resolver. Na mesma ocasião em que diz a Bíblia — ser impossível sem a fé agradar a Deus — mostra imediatamente qual o programa mínimo de fé que é exigido dêsses que não cheguem a ter conhecimento da revelação divina; dêles se exige apenas que creiam o seguinte: que existe um Deus e que êste Deus recompensa os bons. Vejamos o texto: Sem fé, é impossível, agradar a Deus; porquanto é necessário que o que se chega a Deus creia que há Deus e que é remunerador dos que O buscam (Hebreus 11, 6). Se êles estavam, ou estão, sem nenhuma culpa sua, na ignorância de muitas outras verdades da fé, Deus se contenta com êste mínimo: crer na existência de um Deus Remunerador; é o bastante para se aproximarem de Deus. Portanto, se as religiões pagãs que existiram antes do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo ensinavam que seus adeptos podiam, conseguir a recompensa divina mediante as suas obras, se as religiões pagãs ainda hoje existentes ensinam que os seus seguidores (que não têm suficiente conhecimento da doutrina de Jesus Cristo,) se salvam pela maneira digna e correta de proceder, essas religiões podem ter lá os seus erros graves em matéria de doutrina, mas neste ponto têm ensinado uma coisa certa, confirmada por São Paulo, quando afirmou que os gentios se salvam obedecendo à lei que está escrita em seus corações (Romanos 2, 15). O caminho do Céu para êles é êste mesmo. Agora, se de fato foram muitos ou foram poucos os que procederam corretamente e obedeceram a esta lei, isto já é outra questão. O homem tem a Sua liberdade; pode usar dela bem ou mal. Infelizmente a tendência desta nossa corrupta Humanidade é mais para usar mal do que para usar bem; porém tinha que haver para os pagãos, assim como para os cristãos (falamos, é claro, dos pagãos de boa fé) algum direito, alguma possibilidade de salvar-se Do contrário Deus seria injusto, não seria bom para todos os homens que O temem. Bem-aventurados todos os que temem ao Senhor, os que andam nos seus caminhos (Salmos 127, 1). E o pagão que não recebeu as luzes da revelação cristã, mas crê na existência de um Deus Justiceiro, embora erre, por ignorância invencível, sôbre a própria natureza da Divindade, não tem outro meio para mostrar que teme o Senhor e que quer andar nos seus caminhos, senão obedecendo fielmente aos ditames da sua própria consciência. 5. PERANTE A LÓGICA E A BÍBLIA: O CASO DOS CRISTÃOS. Passemos agora às religiões cristãs, que admitem a revelação feita por Nosso Senhor Jesus Cristo. Se elas ensinam que "o homem se salva pelas obras", estão ensinando uma coisa certa ou errada? Isto depende do sentido que se queira dar à frase. Se se toma no sentido de que o homem se salva exclusivamente pelas suas obras, desprezando-se a fé, como a desprezam aquêles que dizem "Tôdas as religiões são boas, vem a dar tudo na mesma coisa; minha religião consiste em fazer o bem", a doutrina está errada. Foi precisamente para combater êste êrro, para mostrar que era preciso submeter humildemente a inteligência a tôdas as verdades por Êle reveladas, que Jesus Cristo tanto insistiu em dizer que — quem crê nÊle se salva, quem não crê se condena. Mas, se se toma num sentido que não exclua a obrigação de crer e se leva em conta a absoluta necessidade da graça para a realização das boas obras, a frase tem um sentido legítimo e verdadeiro, perante a razão e perante a Bíblia. Senão, vejamos. Os cristãos, ou aquêles que têm conhecimento da doutrina cristã, Nosso Senhor veio ao mundo para dispensá-los da observância dos mandamentos, impondo-lhes unicamente a obrigação de crer? Absolutamente não! porque é o próprio Cristo, quem diz: Se tu queres entrar na vida, guarda os mandamentos (Mateus 19, 17). Absolutamente não! porque ninguém está dispensado de obedecer à voz da consciência, de cumprir esta lei que está escrita no coração humano, se quiser conseguir o Céu. Foram abolidas tôdas as cerimônias e prescrições da lei mosaica, mas o Decálogo ficou de pé, porque é a lei eterna, que rege a alma do homem, é a fonte de tôda a moral, de tôdas as leis. O que acontece com o cristão é eu, tendo um conhecimento mais vasto das coisas de Deus, dos preceitos e da vontade divina, a observância dos mandamentos lhe abre novos horizontes. Tem maiores obrigações e responsabilidades, desde que, por sua vez recebeu maiores luzes, mais abundantes graças e tem mais facilidade para salvar-se. A todo aquêle o quem muito foi dado, muito Lhe sera pedido (Lucas 13, 48). Êle sabe que o grande mandamento da lei é êste: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração e de tôda a tua alma e de todo o teu entendimento (Mateus 22, 37). Bem como, conhece pelo Evangelho as palavras de Jesus Cristo. Ora, não estará amando a Deus com todo o seu entendimento, se não crer nas palavras do Divino Mestre. Logo, a obrigação de crer nas palavras de Jesus, que são palavras de Deus, pois Jesus Cristo é Deus, já está incluída na lei: observa os mandamentos. Porque não posso amar a Deus e, ao mesmo tempo desacreditar a sua palavra. E quando Jesus lhe diz que quem crê nÊle se salva, quem não crê se condena, o cristão sabe que tem que aceitar tôdas as palavras de Jesus; logo, não pode desprezar a verdade que está contida nestas palavras: Se tu queres entrar na vida, guarda os mandamentos (Mateus 19, 17). Veja-se, portanto, que equilíbrio, que lógica se encerra na doutrina católica! Os mandamentos incluem a obrigação da fé em Cristo, e a fé em Cristo traz como conseqüência a obrigação dos mandamentos. 6. DESEQUILÍBRIO DA DOUTRINA PROTESTANTE. Comparemos isto com o desequilíbrio da doutrina dos protestantes. Nós lhes apresentamos um número incalculável de pagãos que existiram antes de Cristo ou que existem ainda hoje (milhões dos quais têm adorado o Deus verdadeiro, como os maometanos, por exemplo) pagãos êstes que não chegaram a ter conhecimento da doutrina de Cristo e que têm a fé mínima, a que se refere São Paulo na sua Epístola aos Hebreus, isto é, crêern que existe um Deus e que Êle é remunerador; quanto ao mais, nada sabem da doutrina revelada. Ora, segundo a doutrina protestante, só a fé é que salva, as boas obras do indivíduo não vogam para a salvação. Agora perguntamos: esta fé mínima — crer em um Deus Remunerador é suficiente para a salvação ou não? Se é suficiente, todos êsses pagãos se salvaram ou ainda se salvam, só vão para o inferno os ateus, pois segundo os protestantes, o que salva é a fé, e não as obras. Neste caso, onde está a justiça de Deus, colocando assim no Céu a todo o mundo, indistintamente, sem nenhuma atenção à maneira de proceder de cada um? Se não é suficiente, então todos êles se condenam, mesmo que pratiquem as melhores obras dêste mundo e se mostrem corretíssimos na sua maneira de proceder, pois as boas obras, segundo os protestantes, não influem na salvação. Estão êsses pagãos irremediavelmente perdidos, porque sua fé é, ná hipótese, insuficiente para salvar. Neste caso, onde está a justiça de Deus condenando, por não terem fé em Cristo povos inteiros que, sem culpa sua, desta fé foram privados! (Nota de rodapé. Aqui naturalmente perguntarão os protestantes: E os Católicos também não ensinam que Fora da Igreja não a salvação? Logo, segundo êles, também todos os pagãos se condenam, pois estão fora da Igreja. — É preciso que se tome bem em consideração o sentido que o Catolicismo empresta a esta fórmula: Fora da Igreja não há salvação. Esta mesma Igreja que ensina, como veremos, que o Batismo é indispensável para a salvação, mas afirma também que o Batismo de água pode ser suprido pelo Batismo de desejo, ou seja, a reta consciência naqueles que não conhecem o Sacramento do Batismo, e que ensina que, em caso de impossibilidade, a Confissão sacramental pode ser suprida pelo ato de contrição perfeita, ensina igualmente que se pode pertencer à Igreja ou realmente ou em voto. Ou, para usar uma linguagem mais acessível a todos, pode-se pertencer à Igreja por uma adesão explícita e pode-se pertencer a ela pelo coração. Aquêles que de boa fé estão separados da Igreja, mas buscam sinceramente a verdade e querem do íntimo da alma servir a Deus e realmente o fazem, obedecendo aos ditames da própria consciência, pertenceriam à Igreja Verdadeira, como devotados fiéis, se dela tivessem suficiente conhecimento. São, portanto, filhos seus, que ela não conhece; pertencem à alma da Igreja; fazem lá a seu modo, na sua ignorância, o que ela quer que todos façam: servir a Deus de todo o coração. Por isto disse o Papa Pio nono: "Aquêles que estão em ignorância invencível a respeito de nossa Santa Religião, mas observem fielmente os preceitos da lei natural gravados por Deus no coração de todos e, prontos a obedecer a Deus, levam uma vida direita e honesta, podem, pela luz divina e pela operação da graça, obter a vida eterna: porque Deus penetra, perscruta e conhece os corações, os espíritos, os pensamentos e a conduta. Em sua bondade e clemência supremas, não consentirá jamais em punir com suplícios eternos um homem que não é culpável de falta voluntária" ]Encíclica Quanto conficiamur]. Mas aquêles que receberam a luz da revelação cristã têm obrigação de conhecer a Verdadeira Igreja que Cristo fundou e de pertencer a ela; estar deliberadamente separado da Igreja de Cristo é o mesmo que estar separado de Cristo, pois Cristo é a cabeça d'a Igreja . Se alguém não ouvir a Igreja, tem-no por um, gentio ou um publicano . Desta possibilidade de salvar-se o pagão, baseada em que Deus dá a todos a graça suficiente para a salvação, não se conclui absolutamente que seja inútil à pregação do Evangelho: 1. porque a Igreja recebeu a incumbência de pregar o Evangelho a tôda a criatura, de levar a todos o conhecimento da verdade; 2. porque a pregação da doutrina de Cristo vai excitar ao arrependimento muitos pagãos que se acham de má fé ou mergulhados no pecado e que assim se encontram francamente no caminho da condenação; 3. porque êstes próprios que observam fielmente a lei natural e que não parecem ser em grande número podem, com a abundância de meios sobrenaturais que a Igreja lhes oferece, fortificar-se ainda mais na graça e atingir uma melhor perfeição, para maior glória de Deus). Os protestantes já estão salvos aqui na terra… apesar de tôdas as Suas faltas e imperfeições, as quais temos todos nós humanos, quando morrem, vão diretamente para o Céu… (pois os protestantes não acreditam na existência do purgatório) mas fora do Protestantismo, são muitos os que inevitàvelmente se condenam… Deus seria neste caso, não um Pai de Misericórdia, mas um Soberano evidentemente injusto e monstruoso, que predestina uns para o Céu e outros para a perdição. Êste Deus que assim concebem os protestantes, que a inúmeros homens nega qualquer oportunidade para se salvarem, pois para a salvação só aceita a fé e nada mais, mas como crerão aquele que não ouviram? e como ouvirão sem pregador? (Romanos 10, 14), êste Deus tão parcial que aos protestantes dá tudo e a outros nega tudo em matéria de salvação, será o mesmo Deus da Bíblia que quer" que todos os homens se salvem? (1, Timóteo 2, 4. — Nota de rodapé. Quando diz: como crerão àquele que não ouviram? e como crerão sem pregador?, São Paulo toma a fé no sentido restrito da palavra, fé nas verdades reveladas, as quais não são conhecidas onde não foi anunciada, ainda a palavra de Deus. E quando diz: Sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que o que se chega o Deus creia que há Deus e que é remunerador dos que o buscam, São Paulo toma a fé em um sentido lato, a crença em verdades que podem ser atingidas pela própria razão humana, a qual não só pode provar, a existência de Deus, mas também chegar à idéia de sua justiça, bondade, e perfeição. Aliás, êle estava falando naquele momento em Abel, e Henoque, os quais viveram num tempo em que não haviam sido feitas ainda as revelações transmitidas a Abraão, a Moisés, e aos profetas. Ora, nós, católicos, admitimos que a todos os homens que gozam do uso da razão a guarda dos mandamentos ó indispensável para a salvação; a fé em Cristo é indispensável para aquêles a quem chega a notícia do Evangelho; a fé em Deus Remunerador, ou seja, a fé em sentido lato, é indispensável mesmo para aquêles que nunca ouviram falar em Cristo. Mas a mentalidade dos protestantes é inteiramente outra; tomam as palavras evangélicas: Quem crê em Jesus se salva, quem não crê se condena no sentido de que quem não ouve a pregação do Evangelho está irremediavelmente perdido; quem aceita o Evangelho está salvo com tôda a certeza. Sim, porque êles vêem como caminho para o Céu, pura e exclusivamente crer em Jesus. Obras, absolutamente não! Mas se crer em Jesus é, segundo êles, confiar que Jesus Nos salva, eis aí um sentimento que é inteiramente incapaz de ter aquêle que ainda não foi devidamente instruído a respeito da doutrina do Evangelho,) e como ouvirão sem pregador? — que não tem acepção de pessoas? (2, Paralipômenos 19, 7; Romanos 2, 11, Efésios 6, 9, Colossenses 3, 25; 1, Pedro 1, 17). O único Mediador que êles pregam será mesmo Jesus Cristo que se deu a si mesmo para redenção de todos (1, Timóteo 2, 6), que é o propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também, pelos de todo o mundo? (1, João 2, 2). Não há lógica, portanto, nesta matéria de doutrina da salvação, se não se admite aquilo que vimos agora mesmo a Bíblia dizer pela pena de São Paulo, na sua Epístola aos Romanos: que Deus há de retribuir a cada um segundo as suas obras (Romanos 2, 6). Lutero pensava e ainda pensam os protestantes de hoje que se pode alterar fàcilmente a doutrina verdadeira que Deus deixou neste mundo e que vem sendo ensinada pela sua igreja, a Igreja Católica. Com a sua ampla liberdade para mexer na Bíblia e dela extrair apenas os textos que mais lhes convenham e agradem, os protestantes entenderam de tornar para si muito fácil a salvação, fazendo-a depender sòmente da fé, tornando-a inteiramente independente das boas obras. Mas ao mesmo tempo a tornaram impossível para os pagãos que nenhum conhecimento tiveram de Nosso Senhor Jesus Cristo. A doutrina da salvação só pela fé, sem as obras, logo se fêz acompanhar da doutrina horrorosa e blasfema de que Deus predestina uns para o Céu e outros para o inferno, a qual já estava contida claramente nas obras de Lutero e foi abertamente ensinada por Calvino. Por mais que repugne a alguns modernos protestantes esta monstruosa teoria, não há como fugir a ela, ná hipótese de que só a fé e nunca as obras do indivíduo é que podem influir na salvação. aquêles a quem não chega a luz da revelação ficam assim numa situação irremediável. No entanto, nada mais contrário ao ensino da Bíblia, segundo a qual Deus, é infinitamente bom e quer salvar a todos. E é muito de admirar que os protestantes vejam perigo (de favorecer ao orgulho e à presunção) na teoria de que o homem se salva praticando boas obras — já veremos (número 37; 185 e 186) até onde existe êste perigo na doutrina Católica — e não vejam perigo nenhum em ensinar-se ao povo que pela fé êle iá está salvo e que as boas obras não influem nem direta nem indiretamente na salvação da nossa alma… 7. ESTRANHO REMÉDIO PARA OS MALES DO MUNDO. Quem quiser ouvir ensinamentos que aberram contra tôda lógica e bom senso, é só prestar bem sentido à doutrina da salvação, à doutrina do Evangelho tal qual vem sendo apresentada pelos protestantes. Nós sabemos que o mundo sempre foi perverso e corrompido, e especialmente nos dias de hoje. Isto decorre da decadência da nossa natureza humana, fortemente inclinada para o mal. O homem tem que lutar contra suas paixões: há de vencê-las pelo sacrifício, pela mortificação e pela renúncia ou há de sucumbir a elas. Abrace qual religião abraçar, esta luta continuará sempre. Mesmo que se eleve à mais alta santidade, está sujeito a cair, pois continua sempre livre e sempre inclinado para o mal. É claro que a doutrina do Evangelho é uma doutrina santificadora, que estimula o homem a dominar-se, a cantar vitória sôbre si mesmo, sôbre seus instintos, que o eleva à prática da virtude, a qual muitas e muitas vêzes requer heroísmo. Ela se apresentará, assim, como um incentivo para o bem, a contrapor-se à maléfica influência do mundo que, posto no maligno (1, João 5, 19), arrasta o homem para o mal, com suas máximas funestas, seus escândalos e seus maus exemplos. Mas qual é a doutrina que traz o Protestantismo para o mundo corrupto de hoje? Dizem os protestantes: Há quem ensine que a salvação se alcança: praticando boas obras; fazendo penitências; fazendo sacrifícios e renúncias: rezando; recebendo sacramentos etc, etc. Nada disto! A salvação se alcança simplesmente pela fé em Jesus. E em que consiste a fé em Jesus, segundo a doutrina protestante? Consiste apenas nisto: em aceitar a Cristo como nosso único e suficiente salvador. Como nosso salvador pessoal. Se o pecador se arrepende de seus pecados e aceita a Cristo como seu salvador, está salvo e, segundo ensina um grande número de seitas protestantes, está salvo para sempre, não pode perder-se jamais, irá para o céu com tôda certeza. A salvação lhe é dada de graça. Basta estender a mão para recebê-la. Não é prêmio de virtudes, nem de boas obras, nem de prática da Religião, nem da observância da lei de Deus. E quando se objeta que esta salvação assim dada "de graça" está barata demais, os protestantes respondem que é uma loucura recusar-se uma coisa, só porque é dada de graça: a luz do sol e o ar que respiramos também nos são dados gratuitamente e ninguém os vai recusar por isto… É êste o Evangelho que vai regenerar e santificar o homem, segundo o ensino protestante! Não se fala na necessidade da mortificação, do sacrifício para ganhar o Céu; barateia-se a salvação para que ela fique ao alcance de todos. 8. ONDE ESTÁ O DESMANTÊ-LO. Ora, percebe-se claramente que existe neste sistema uma bruta falsificação da doutrina do Evangelho. Enquanto o Protestantismo ensina que o remédio para os males do mundo, a salvação do homem está na fé em Jesus, tudo vai muito bem. Porque é realmente seguindo a doutrina que Jesus ensinou, que a Humanidade encontra o bom caminho e o homem se salva. Todo o mal do homem está em não crer em Jesus, ou em crer, mas não viver de acôrdo com a sua crença, o que seria uma fé morta, uma fé contradita, negada e desmoralizada pelas obras. Mas, quando o Protestantismo nos vem dizer que a fé em Jesus consiste exclusivamente em aceitar a Cristo como nosso Salvador, aí é que está a completa e escandalosa adulteração do Evangelho. Esta noção de fé, é mera invenção de Lutero; procura-se assim misturar a verdade evangélica com o êrro luterano. Não há dúvida que, se o Evangelho nos diz que o homem se salva crendo em Cristo, compete ao próprio Evangelho dizer-nos esta fé em que consiste. É isto o que vamos examinar minuciosamente com a Bíblia na mão, daqui a pouco (no capítulo 4). Mas se os protestantes dizem só admitir aquilo que está na Bíblia, em que parte da Bíblia êles viram que esta fé em Cristo, esta fé que nos salva, consiste somente em aceitar a Cristo como Salvador? Quem autorizou os protestantes a andar pregando pelo mundo esta aceitação de Cristo, tão mesquinha, tão parcial e tão incompleta? por que motivo havemos de aceitar a Cristo como nosso Salvador e não havemos de aceitá-Lo também como nosso legislador, que nos impôs uma lei, a qual teremos de observar, se quisermos alcançar a salvação? Por que motivo não havemos de aceitar a Cristo como o Mestre, que nos ensinou uma dutrina, um conjunto de verdades, que estamos obrigados a aceitar, porque Éle é Deus, e Deus não pode errar? Por que motivo não havemos de aceitar a Cristo como fundador de uma Igreja, que Êle deixou aqui na terra, inseparavelmente unida a Êle que é a cabeça do corpo da Igreja? (Colossenses 1, 18). Não falam tanto os protestantes na adesão a Nosso Senhor Jesus cristo? E como é que acham que vão para o céu aquêles que vêem em Cristo um Salvador e nada mais? 9. ACEITAÇÃO INTEGRAL DE CRISTO. Se aceitamos a Cristo exclusivamente como Salvador, se tapamos a sua bôca quando Êle nos vai doutrinar, se não Lhe damos outro direito senão o de estender os braços sôbre a cruz e morrer por nós, então é fácil lançarmos mão do Evangelho e fazermos a salvação do tamanho que a quisermos; mas se aceitamos a Cristo integralmente, se O deixamos falar como nosso Legislador, como nosso Mestre, como fundador da sua e nossa Igreja, logo chegaremos à conclusão de que para a salvação: é necessária a observância dos mandamentos: Se tu queres entrar na vida, guarda os Mandamentos (Mateus 19, 12); são necessárias as boas obras, como se deduz claramente da descrição do juízo final (Mateus 25, 31 a 46): é de grande importância a penitência: ai de ti, Corozaim; ai de ti, Betsaida; que se em Tiro, e Sidônia se tivessem obrado as maravilhas que se obraram em vós, há muito tempo que elas teriam feito penitência, cobrindo-se de cilício e de cinza. Por isso haverá sem dúvida no dia de juízo para Tiro e Sidônia menos rigor que para vós (Lucas 10, 18 e 14); é preciso fazer sacrifícios e renúncias: Se o teu ôlho te escandaliza, lança-o fora; melhor te e entrar no reino de Deus sem um ôlho do que, tendo dois, ser lançado no fogo do inferno (Marcos 9, 46). Se alguém quer vir após de mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz cada dia e siga-me (Lucas 9, 23); é preciso orar para se obter a graça, pois sem a graça não se pode praticar a virtude: Importa orar sempre e não cessar; de o fazer (Lucas 18, 1). Vigiai, e orai, para que não entreis em tentação (Mateus 26, 41); é preciso receber os sacramentos: Quem, não renascer da Água e do Espirito Santo não pode entrar no reino de Deus (João 3, 5). Se não comedes a carne do Filho do Homem e beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós (João 6, 54). Aos que vós perdoardes os pecados, ser-lhes-ao êles perdoados, e aos que vós os retiverdes, ser-lhes-ão êles retídos (João 20, 23); é preciso obedecer à Igreja: Tudo o que ligares sôbre a terra será ligado também nos Céus, e tudo o que desatares sôbre a terra será desatado também, nos Céus (Mateus 16, 19), disse Jesus a Pedro, pedra da Igreja. E se não ouvir a Igreja, tem-no por um gentio ou um publicano (Mateus 18, 17). E veremos que, em vez desta salvação baratíssima, Êle nos prega uma salvação árdua e penosa: Larga é a porta e espaçoso o cantinho que guia, para a perdição e muitos são os que entram por ela. Que estreita é a porta e que apertado o caminho que guia para a vida e que poucos são os que acertam com êle! (Mateus 7, 13 e 14). Por que motivo então havemos de aceitar a Cristo como Aquêle que nos dá a salvação e não havemos de aceitá-Lo como Aquêle que tem o direito de nos impor, de nos indicar as condições em que esta salvação é obtida? Reduzindo a fé que salva à simples aceitação de Cristo como Salvador e ao mesmo tempo dando a cada um o direito de interpretar a Bíblia como bem entende, o Protestantismo abre o Céu de par em par a todos os hereges. Isto de doutrina, de ensinamentos de Cristo passa a ter muito pouca importância, cada um os aceita como acha mais conveniente; o que vale somente para a vida eterna é aceitar a Cristo como salvador. Como veremos mais adiante (nos, 225 a 243): há, entre os protestantes, uns que negam a Santíssima Trindade e outros que a admitem; uns que dizem que Jesus Cristo é Deus, e outros, que é um simples homem: uns que crêem na existência do inferno e outros que a rejeitam; uns que admitem a imortalidade da alma e outros que a negam; uns que crêem que Jesus está realmente presente na Eucaristia e outros que dizem que a Eucaristia não é mais do que pão e vinho; uns que batizam e outros que não batizam, etc, etc. Todos êstes entram de roldão no Céu. Pois a pergunta de ordem é somente esta: Aceitais a Cristo como vosso único e Suficiente Salvador, como vosso Salvador Pessoal? Aceitamos — respondem todos. Pois então, todos estais salvos. Não se podia inventar uma doutrina que fôsse mais a gôsto para contentar a todos os hereges. Além disto (e a questão agora é com aquêles inúmeros protestantes que acham que aquêle que aceitou a Cristo como salvador já não se pode perder mais) perguntamos: Um homem se arrependeu de seus pecados e aceitou a Cristo como Salvador. De agora por diante, que homem vai ser êle? O mesmo homem combatido pelas paixões próprias e pelas tentações do inimigo, livre para pecar ou deixar de pecar — ou um homem impecável? Cada um olhe sinceramente para si e veja se se tornou impecável, depois que aceitou a Cristo como Salvador… Se êste homem depois peca, engolfa-se no pecado, não se arrepende mais, não quer mais emendar-se, como pode ter já neste mundo a salvação garantida? A salvação dada por Cristo será uma licença ampla para cada um fazer o que bem lhe apraz, e ir para o Céu de qualquer jeito? Ou, por acaso, estão os protestantes confiados em que aquêle que pecava quando tinha mêdo da condenação eterna, agora espontaneamente, infalivelmente vai deixar de pecar, depois que se considera já com a salvação garantida? Isto seria ser ingênuo demais e não ter nenhum conhecimento do que é a nossa natureza humana. 10. A BÍBLIA MAL COMPREENDIDA. Será possível que o Evangelho nos ensine esta doutrina tão ilógica de que'as boas obras, o nosso modo de proceder não influem na salvação da nossa alma? É claro que não. Se os protestantes vivem a ensinar isto e julgam ver nas páginas da Sagrada Escritura uma doutrina tão estranha, é porque êles não entendem certas passagens da Bíblia. Esta é que é a verdade. E não fiquem de cara amuada os protestantes, não se mostrem ofendidos conosco, pelo fato de dizermos que êles não entendem certos versículos da Bíblia. A Bíblia tem de fato muitas coisas difíceis de entender, é ela própria quem o diz, falando a respeito das epístolas de São Paulo, nas quais há algumas coisas difíceis de entender, as quais adulteram os indoutos e inconstantes, como também as outras escrituras, para ruína de si mesmos (2, Pedro 3, 16). E verá o leitor que é justamente nas epístolas de São Paulo, com especialidade, que os protestantes se atrapalham e se confundem, querendo ver aí uma teoria sôbre a salvação que o próprio Paulo nunca ensinou. Não há nenhuma desonra em não entender a Bíblia, que tem como Autor a Deus, cuja inteligência é infinita. Desonra e crime há, sim, em não entendê-la e ao mesmo tempo meter-se, a doutrinador desastrado, apresentando uns textos e desprezando outros, blasfemando daquilo que ignora e incutindo no povo uma doutrina que não passa de uma caricatura da legítima doutrina do Evangelho. Deus nos podia ter deixado uma Bíblia sempre clara e fácil de entender. Por que quis que ela fôsse tão obscura e tão difícil em certos pontos? Foi para que ninguém se arvorasse em forjador de doutrinas, quando Deus deixou também aqui na terra a sua Igreja encarregada de ensinar a doutrina da verdade. É natural, portanto, que procuremos, primeiro que tudo, conhecer, em suas linhas gerais, a doutrina da Igreja sôbre a salvação. Depois veremos como foi que surgiu no século 16 a teoria da salvação pela fé sem as obras. E será interessante ver como foi um homem que procurou arrancar do Evangelho uma doutrina muito cômoda, de acôrdo com os seus interêsses pessoais; e depois muitos outros ficaram viciados nesta história de salvação baratíssima. Finalmente analisaremos os textos apresentados pelos protestantes, com os quais pretendem provar a sua tese de salvação pela fé sem as obras e veremos como todos êles se baseiam numa interpretação errônea, seja porque não tomam a fé no mesmo sentido em que a tomam as Escrituras, seja porque não percebem o verdadeiro mecanismo da salvação, no qual a graça de Deus exerce um papel muito importante, sem excluir, no entanto, a necessária cooperação humana..

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Hannah Durham, Wyoming. Campo Largo: Simon Business School; 2010.

Oswald Baxter, 143rd Street, West zip 10030. Garanhuns: SUNY Maritime College; 2009.

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