Suffolk County Community College - O que Espiritismo e Ecologia têm em comum? Espiritismo e Ecologia é o nome de um livro que eu lancei em 2009, que foi relançado em 2017 pela Editora FEB, que teve a pretensão de explicar justamente os pontos em comum entre Espiritismo e Ecologia. Resumidamente a gente pode dizer que são duas novas áreas de investigação das leis que regem a vida e o universo, que apareceram no mesmo período histórico, na segunda metade do século XIX. Espiritismo, 1857, França. Ecologia, nove anos depois, 1866, Alemanha. Por dois homens de ciência: o discípulo de Pestalozzi, famoso pedagogo francês, professor Hippolyte Léon Denizard Rivail, vulgo Allan Kardec, o pseudônimo adotado por ele, lançou uma nova filosofia espiritualista, daí um novo nome: Espiritismo. Depois Ernst Haeckel, naturalista alemão, cunhou também uma expressão nova, um neologismo, que é Ecologia - 'estudo da casa'. Espiritismo e ecologia tem em comum uma visão sistêmica, complexa da realidade que não se esgota apenas com alcance do nosso olhar. Tenta revelar, ou desvelar, fenômenos que explicam a vida em outras resoluções. Um outro aspecto em comum é que ambos sendo homens de ciência procuraram dar embasamento científico aos seus postulados. Espiritismo e Ecologia denunciam um senso de urgência. Os ecologistas dizem: parem de poluir o ar, o solo, as águas, o planeta é finito, os recursos não são infinitos, a gente pode colapsar a nossa casa planetária. E os espíritas também denunciam um senso de urgência porque nesta encarnação se verifica um momento de transição de mundo de provas e expiações, pela nossa doutrina, para mundo de regeneração. A vibração do planeta muda, e os espíritas precisam aproveitar essa chance, nesse quadrante de espaço-tempo, para acelerar o processo na sua jornada evolutiva. Espiritismo e Ecologia denunciam também as mazelas do consumismo. Os ecologistas lembram: tudo que a gente compra por aí é feito de água, matéria prima e energia, sabendo usar não vai faltar. O consumista é um predador. O planeta é um só, se a gente consome como se não houvesse amanhã, o cobertor é curto, vai faltar para quem também precisa do básico, do necessário, e hoje não tem. Os espíritas denunciam a armadilha do apego à matéria. Quando me deslumbro com o que é descartável, ou perecível, eu me iludo, e a gente não está aqui para ser, eu diria, enganado pelo que é descartável e perecível. A matéria é importante e acessório, mas não é fundamental. Então os espíritas também casam o discurso é muito sinérgico com os ecologistas, dizendo: a gente precisa promover o consumo consciente, o consumo sustentável, o consumo que favorece a vida e não depreda, devasta e destrói os recursos que dão sustentação à vida. Portanto meus amigos, espíritas e ecologistas têm rigorosamente um discurso em favor, em defesa, da vida, da resiliência e do equilíbrio no meio em que estamos inseridos e de passagem, qual é o legado que a gente pode deixar por aqui? Se você pergunta isso para um espírita ou para um ecologista, ele terá uma bela resposta..
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Nossa Senhora do Socorro:
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