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New York University School of Law - Eu sou curiosa. Eu sou desligada. Eu sou atenta também, estranho isso, mas eu sou os dois. Mas mais desligada. Eu sou... ...paciente. Que estranho... Mas é. Essa aqui... (aqui né?) Estou eu recém-nascida, praticamente, nos braços da minha mãe. Eu mostro? Eu devo ter um ano aqui, não sei. Essa é minha mãe, Valmira Neri Souza Santos. E a foto tá toda estragada, porque eu acabei tirando uma película, quando eu era criança. Porque eu achei que ia ser legal tirar a película. Aí ela foi corroída. Essa casa é muito importante pra mim porque ela foi onde eu existi em primeiro lugar, e onde eu passei os momentos de formação mais importantes da minha vida, que foi a minha adolescência. Então era uma casa que eu tinha um quarto. E era uma casa que foi pensada pra mim, então era legal saber que eu tinha um quarto pensado pra mim. Por causa da minha mãe, porque durante um tem... Eu tenho a mesma foto com o meu pai. Durante a minha adolescência, eu... Eu... Eu fui morar com meu pai, né? Minha mãe passou por algumas situações, é... De abuso, e cabei saindo perd... Ah, ela, meu pai tirou a guarda dela, então eu me afastei muito da minha mãe. Então eu descobri há pouco tempo, vendo os álbuns, que eu tinha uma foto exatamente como essa, com a minha mãe, e eu só via a do meu pai. De-desde que eu voltei pra São Paulo eu reconstruí essa relação com a minha mãe. Venho reconstruindo essa relação com ela, que... Meio que o tempo meio que fez a gente acabasse... Ixi, eu já tô chorando Ai que droga, eu achei que não dava pra chorar não! Faz uns seis anos. E eu... (suspiro) Ai eu não queria... Achei que eu não fosse chorar. Eu... Eu, eu não cresci perto da minha mãe, né? Eu cresci com meu pai, longe da minha mãe. Então... É... Por muito tempo a foto importante pra mim foi a com o meu pai. Porque foi meio que meu pai que me criou, eu vivi a minha adolescência longe da minha mãe. Então aí agora a gente tá reconstruindo a nossa relação e... Eu aprendendo a ser filha dela, e ela aprendendo a ser minha mãe, de novo. Essa foto, que é uma foto que eu gosto muito, que é, hum... Eu sei que é... O espaço, apesar de só ser um mato, mas é uma foto que eu tirei num parque que eu gostava muito, perto da casa da minha avó. E era muito legal, viver com a minha avó. E com a minha mãe, e com meu vô. Porque eu vivia também com meu primo. Nessa época tudo era fácil, porque eu tava com a minha família inteira vivendo ao meu redor né? Então tava todo mundo ali vivendo pra, pra que eu existisse. E eu acho legal porque ela tem essa mancha que a gente hoje se mata pra fazer nos aplicativos. (risadas) Eu tenho uma foto "hipster" original, queridos. (risadas) Segurem essa! Tem várias... Aqui ó, por exemplo, essa foto aqui não é uma hipster original. Essa foto aqui foi feita com aplicativos. E essa foi uma foto que, de quando eu vinha... É... Meio que visitar a cidade, né? Eu ainda tava com meu cabelo meio alisado na ponta, e eu ainda odiava o meu crespo. Então eu acabava fazendo texturização pra ele parecer mais liso, ou caído. Enfim. E é a feirinha da república, que é um dos meus lugares favoritos em São Paulo. Então por isso eu gosto bastante dessa foto. Ah! Eu posso mostrar uma outra de quando eu era criança? Porque aqui eu trouxe as fotos pra mostrar, gente, que ó: minha primeira "selfie". Primeira "selfie" lá, com a minha máquina mesmo, né? Pra revelar trinta e dois filmes. Então Nátaly desde o começo já sabia que seria uma "digital influencer". (risadas) Desde o começo na "selfie"! Não é a melhor "selfie" do mundo, né? Apesar de ter sido uma época difícil, eu era bem feliz com essa idade. Porque eu não tinha muita noção das coisas. Tava... ...descobrindo a vida, e gostando de Rouge, dançando ragatanga. Bióloga. Sempre quis ser bióloga. Mas aí eu mudei e fui pra Ciências Sociais. Que eu achei que era a mesma coisa, né? Só que, no caso, ao invés de lidar com animais, e com a fauna e com a flora, eu ia estar lidando com seres humanos e com a sociedade. Enfim. Tem! Que eu gosto muito dessa foto, que foi quando eu passei na universidade. E é engraçado, porque quando eu... Quando eu fui fazer essa matrícula, eu senti muito medo do espaço universitário. Essa pessoa, quando eu olho... Isso eu tô trabalhando muito na terapia, de conseguir me indentificar com essa pessoa. Porque essa pessoa de antes da universidade, pra mim, é uma pessoa totalmente diferente da pessoa que eu sou hoje. Essa época, eu era completamente ingênua. Nessa época, eu sorria pra velhinhas na rua. E aí eu via elas segurando a bolsa, eu não entendia por quê. Nessa época eu vi a galera dando beijo triplo, tirando a roupa, em festa da universidade, fiquei em pânico. Eu entendia já a questão da negritude na minha vida, mas eu não tinha ideia que entrar nesse curso, ia ter transformado TANTO a minha vida, e tanto as minhas perspectivas. E aí nessa época, eu... Né? Comecei a... Fui morar perto da universidade, tinha tempo livre, não tava fazendo nada. Não tinha dinheiro. E aí: "Nátaly! Vamo ali no rolêzinho!", né? "Te mostrar uns negócios, falar umas coisas." Eu falei: "Como assim? O que é?" Daí falaram: "Uns negócios aí de feminismo, umas coisas aí de movimento negro. Tá a fim?" Falei: "Nossa! Isso aí é lícito? Será que dá certo?" Aí começaram a me levar pra esse submundo, né, da universidade. Em que conhecimento e realidade se encontravam. Eu falei, "cara, é isso!" Aí eu me converti, né? Ao santo deus do feminismo e do movimento negro. (risadas) Era amém Angela Davis, boa noite, amém Malcom X. (risadas) E aí eu fiquei MUITO MALUCA, nossa! Eu não tenho nenhuma...? Ah, eu tenho, foto! Que aqui, aqui eu tava A militante. Porque eu tava negra! Negra, orgulhosa, feliz! Nátaly: Ah, totalmente, né? Tanto é que eu tô trabalhado na terapia... Eu tô trabalhando na terapia me enxergar, entender que essa Nátaly tá muito dentro de mim. Essa Nátaly aqui, ela gosta de pouco, e ela gosta de simples. E essa Nátaly aqui, ela acha que ela é uma p*** revolucionária, e que ela vai transformar muita coisa. Essa Nátaly aqui, ela... Ela tem... Paciência, calma. Essa Nátaly aqui, perdeu a paciência e a calma, mas ela sente que a paciência e a calma são umas das coisas fundamentais pra ela continuar existindo. Hoje em dia, essa Nátaly aqui (esquerda) tem mais a aprender com essa (direita), do que essa aqui... ...com essa. Essa Nátaly começou o canal. Se tem alguma linha é: Assim: um, dois... ...três. Essa aqui é o AAU Terminou a faculdade, empoderada, feministona... Essa aqui bebê, não sabia de nada. Mas essa aqui queria fazer alguma coisa, essa aqui tava inquieta, né? Porque aí eu conheci o mundo do ativismo. E eu entendi que eu precisava fazer alguma coisa. Que eu precisava... ...é, me dar voz. Que eu precisava... Sei lá. Existir de uma outra forma. A Nátaly do canal hoje é esta. É uma Nátaly que está à procura da felicidade. (risadas) É uma Nátaly que tá menos perdida, mas eu tô feliz com essa hoje, porque ela tá indo por um caminho saudável. Equilibrado. Estável. Isso. Essa Nátaly lida melhor com sua mãe. Essa Nátaly agora, ela... Ela não só lida melhor com a mãe dela, ela lida melhor com todas as mulheres na vida dela. Essa Nátaly entende muito, muito, muito, muito, a sua mãe. E esta Nátaly, não necessariamente entendia. Achava que talvez a mãe não tinha tanto interesse, ou a mãe... né? O conhecimento que essa Nátaly adquiriu , apesar de ter me deixado absolutamente instável, me fez conseguir entender muita coisa sobre essa mulher, que é muito importante pra mim. Que eu amo muito. As minhas três grandes referências, hoje em dia, É... Primeira grande referência, Ângela Davis. Pelo simples fato de ela ainda estar viva. Né? Acho importante a gente se inspirar em mulheres que estão vivas. Porque eu quero viver muito tempo. Porque essa Nátaly não quer morrer. Essa mulher, ao contrário, é uma mulher que não está mais viva, Lélia Gonzales. Mas é um exemplo, uma mulher que me inspira sobre... ...quem eu quero ser em relação ao meu conhecimento, em relação à Academia. E aí, né? Porque é importante, é importante. Eu quero ser essa mulher MARAVILHOSA, essa diva afrofuturista, que se chama FKA Twigs. Porque essa mulher, essa mulher é o futuro pra mim. Essa mulher é uma bailarina, ativista, cantora... ...lacradora, que anda com esses looks maravilhosos. E ela é minha grande inspiração estética, em relação à personalidade, porque ela não se prende a padrão nenhum, ela faz o que ela quiser com o cabelo dela, com a cara dela, com o corpo dela... Então essas três mulheres... Elas me inspiram. Ah, só a última Nátaly. Nátaly mais nova? Essa aqui? Acho que nenhuma, viu? Essa Nátaly aqui só assistia gente branca. (risadas) Essa Nátaly aqui mal sabia que gente negra existia. E essa Nátaly aqui também era cristã, religiosa, ela tinha acabado de largar a igreja. Essa Nátaly saiu da igreja falando, "Deus, por favor, que eu não deixe de acreditar em você!" "Por fazer Ciências Sociais" E tipo, três meses depois, já tava lá queimando Ha, ha! As orações! Mentira, mentira, acredito sim. Mentira, não acredito nisso não. Mentira, não sei. Essa é uma coisa que essa Nátaly está trabalhando, a relação com a espiritualidade. Que essa Nátaly tinha muito bem, mas essa aqui se perdeu, mas essa Nátaly tá trabalhando. Não sei se é a mesma coisa que essa Nátaly vai achar aqui. Mas... Eu sinto que eu tô num momento de aprendizado, e de compreensão muito grande de quem eu sou e do que eu me tornei. E do porquê eu sinto que eu sou duas pessoas tão diferentes. E eu não sou duas pessoas tão diferentes. Então, é... Essa Nátaly tá aprendendo a lidar com TODAS essas Nátalys, e todas essas famílias, e todas as referências. Então ela é um estado transitório também. Ela é uma Nátaly trabalhando loucamente na terapia. Eu sou Nátaly Neri do canal Afros e Afins. E quem você é? (No fundo): Muito bom! Newman: Você ganhou as fotos! Nátaly: Nossa, que emocionante, gente! Newman: Você gostou? Nátaly: Eu gostei! Não tava esperando isso não! Newman: Ah, você chorou só um tiquinho no começo, só. Newman: Você viu que eu não fiquei... Insistindo. Nátaly: Nãão, mas foi... Newman: Brigado! Nátaly: Brigada, Newman! Você é f***! Nátaly: Foi legal, foi demais. Newman: Que bom que você gostou. Nátaly: Espero que eu não tenha falado trinta anos. Quanto tempo demorou? (No fundo): Não sei... Newman: Ah, trinta anos você não falou! É! He, he!.

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Campo Largo:

Diane Rivers, Westchester: Sisters of St. Joseph. Jundiaí: SUNY University Centers; 2005.

Theresa Mendez, Allegany. Conselheiro Lafaiete: CUNY Law School, Long Island City; 2010.

Elisabeth Sherman, W 109th Street zip 10025. Cabo Frio: St. Lawrence University; 2019.

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