NYS College of Ceramics - Vai começar o horário político, mas não desliga não. Hoje vai ser diferente. Temos um assunto muito sério. Depois de prender empreiteiros, banqueiros e operadores de esquemas de corrupção, a justiça está finalmente chegando ao Congresso e ao Governo. E chegou o tempo do combate à corrupção. A Lava Jato está fazendo uma reforma política na prática. A política está ficando algo que não é interessante para quem apostava na impunidade para fazer corrupção, e vai ficar na política, quem quer de fato prestar um serviço. Isso seria muito bom, mas, precisamos fazer um alerta. A Operação Lava Jato está sofrendo um golpe. Isso é muito grave. O Brasil e a nossa democrácia estão correndo um grande risco. Eles estão impedindo que a Lava Jato avance. É articulação no Legislativo, no Executivo e até no Judiciário. O PT, o PSDB, o PMDB, os grandes partidos da polarização, que nunca se uniram em nome da Nação, agora estão unidos e convergentes nessa jogada de barrar a Lava Jato. E uma das formas de acabar com a Lava Jato é aprovando a anistia ao caixa 2. Caixa 2 é um dinheiro doado para os políticos, mas não declarado ao TSE. Depois de eleitos, os políticos favorecem as empresas doadoras, fraudando concorrências, aprovando obras superfaturadas e até criando leis que as beneficiam, mas que prejudicam o país. Caramba, se eles acham que sonegação de imposto, concorrência dirigida, lavagem de dinheiro e abuso de poder econômico em eleição não são crimes, o que é crime então? Caixa 2 é crime eleitoral e não pode ter um mecanismo de auto-anistia. Todos os grandes juristas estão dizendo isso. O que estão articulando é um meio para se safar da punição, da corrupção que praticaram. Não é uma reforma política, isso é uma deformação da política. Apesar de ser um partido pequeno, a REDE tem lutado pela democracia no Brasil. Estamos no combate. A REDE votou a favor das dez medidas contra a corrupção. Foi a REDE, junto com o PSOL que pediu a saída de Eduardo Cunha. E foi a REDE quem exigiu o afastamento de Renan Calheiros. Nós apoiamos a PEC pelo fim do foro privilegiado. Com a aprovação da PEC, qualquer político vai ser julgado como cidadão comum. Mas é claro, eles não querem que isso aconteça. A REDE é pequena, mas já dá trabalho. Lugar de ladrão é na cadeia. Manipulador, é isso que o Deputado Eduardo Cunha é. E amanhã, Vossa Excelência terá que responder também na justiça, e pagará pelos seus atos. Não me venham dizer, que esse projeto é pra coibir o abuso de autoridade contra os mais pobres. Não! Esse projeto é feito para proteger os ricos. Não tem nenhum artigo, que tenha pena para falta de vergonha, que é o que tá se passando nesse plenário, Presidente. A colaboração premiada, por exemplo, veio de 1989. Eu estou aqui na REDE, mas em 1989, nós criamos a comissão que gerou a primeira lei da colaboração premiada, que permite que a Lava Jato, alcance esse êxito que vem alcançando. E graças a isso, conseguimos vitórias consistentes, que vão permitir que o Brasil tenha ano que vem a eleição da Lava Jato, a eleição limpa. A eleição em que o povo saberá quem são verdadeiramente os candidatos. Alerta geral! Essa história, de que o trabalho da Lava Jato pode prejudicar a retomada do crescimento e a estabilidade econômica e política do país, isso não é verdade. Claro que todos queremos ver o país voltar a crescer, para gerar empregos, afinal de contas já temos quase 13 milhões de desempregados que não sabem o que vão fazer, para continuar sustentando suas famílias. Mas a pergunta que a gente deve fazer é: Em cima do que nós queremos estabilizar o Brasil? Em cima da areia movediça da corrupção, da impunidade, da falta de respeito à Constituição, ou queremos estabilizar o Brasil, alicerçado na rocha do respeito às leis da cidadania, do respeito aos recursos públicos? Tá, e se essa anistia do caixa 2 for aprovada, comprometendo a Lava Jato? Isso é o fim da democracia, o fim da república, é o desrespeito completo à Constituição. O que está acontecendo no Brasil é tão grave que ou a gente faz a viragem agora ou todos nos tornaremos coniventes desse... Enfim, desse assalto à esperança que foi praticado. Vigie, se mobilize, proteste, não vamos deixar que eles triunfem. Outro tema que mexe com o futuro de todo mundo é a Previdência. A REDE também está na área, escuta aí. Quanto tempo você vai ter que trabalhar para ter uma aposentadoria digna? A proposta do governo Temer é que você trabalhe praticamente até morrer. Reforma da Previdência sim, mas qualquer reforma não. É um pacote de maldades contra a população, e atinge principalmente os mais pobres. Nós estamos na comissão da reforma da Previdência lutando por uma solução que seja justa com você e responsável com o país. E o que não dá pra deixar pra depois é a participação das mulheres na política. Pois é, nós mulheres podemos e queremos resgastar os valores da política. As mulheres fazem muita falta nesse ambiente político. A gente pensa em política com inclusão, trazemos mais gente pra perto, e gostamos de compartilhar ensinamentos. Somos muitas trabalhando exaustivamente, em casa, nos campos e nas cidades, mas ainda somos poucas nas instâncias de decisão política e espaço de poder. A gente celebra a legislação que garante a presença de no mínimo 30% de mulheres entre os candidatos, e respeitamos a autodenominação dos transgêneros. A presença de mulheres é importante em todos os espaços da política e nosso sistema político, "vamo" combinar, é bem machista. Nossa democracia só será plena, quando houver mais participação das mulheres nas decisões sobre os rumos do país. Na REDE, ao inves de um presidente temos dois porta vozes que são sempre uma mulher e um homem. O que a REDE quer é ter igualdade de atuação, cinquenta a cinquenta. Estamos preparadas para sermos boas candidatas, parlamentares e gestoras públicas. Na REDE as mulheres podem. Lugar de mulher é onde ela quiser, e política é sim, lugar de mulher. No Brasil só 10% dos congressistas são mulheres, e nós somos mais da metade da população. Nós queremos o olhar feminino na teoria e na prática da política. Mulheres, "vamo" lá, ocupar a política. Sigamos firmes, lutando ainda mais e participando da política, pois a jornada é longa e muito difícil, mas irmanadas com os homens, construiremos uma pátria generosa, com ética, sustentabilidade, justiça social. Tudo bem, com mulher a política pode melhorar. Agora, você sabia que a REDE tem propostas de repensar algumas coisas como: a produção de energia e a economia? Hoje em todo mundo, existem casas e até cidades inteiras livres de conta de energia, porque produzem elas mesmas energia com a luz do sol. Ganha em tecnologia, ganha em empregos e ganha o meio ambiente. É um ganha ganha. Se é assim nesses países, imagine no Brasil que tem tanto sol. Isso é repensar o Brasil. Mesmo com todos os problemas que nós estamos passando, a REDE acredita, que nós devemos influenciar e investir em novos tipos de indústria, como a de carros elétricos, de energia solar e energia eólica. Ampliando assim, os nossos horizontes investindo em novos negócios e se conectando com a economia do século 21. Porque o futuro, ele é apenas uma desculpa para gente fazer o que tem que ser feito agora. E nada vai acontecer no país, se a gente não revolucionar a educação. A maior riqueza de um país, é a educação que se deixa para o seu povo. E hoje aqui no Brasil, nós temos uma inversão de prioridades. Precisamos revolucionar a educação, para combater as desigualdades. A nossa juventude tem um dos maiores índices de desemprego do mundo, e somente a educação para combater essas desigualdades sociais. Tem a história de uma revolução que admiramos demais. Nos anos setenta e oitenta, alguns países pobres, investiram muito em educação. O resultado é que esses países conseguiram se desenvolver. O Brasil perdeu a batalha da educação de qualidade, naquela época, e 40 anos depois, continua perdendo. E fazer isso, não é só construir escolas para dar notícia. É valorizar os professores, e ter um currículo que faça sentido em cada região do Brasil. Se tem gente que acha que fazer uma revolução educacional custa muito dinheiro, caro mesmo é a falta dela. É melhor investir em educação hoje, do que em presídios daqui há 20 anos. Tem esperança. Esperança é a gente continuar mobilizado e acreditando no Brasil que a gente quer. Porque nós temos uma população que está mobilizada. A população quer passar o Brasil a limpo. A população quer ver o dinheiro público sendo utilizado para melhorar a saúde, a educação, o funcionamento das instituições públicas. Então esse é o momento que chegou..
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