Manhattan campus - Olá a você que se pergunta se eu fui abduzido nessas duas últimas semanas. Eu digo que: Sim! Já me devolveram. Acredito que eu nunca tenha dito isso em vídeo, mas o aniversário do meu canal é dia 6 de junho. E ele acabou de completar um ano. Eu fiquei pensando no que fazer. Geralmente as pessoas fazem aqueles vídeos de compilação, com várias fotos e imagens e vídeos antigos juntos, né? Eu queria mostrar de uma forma diferente a gratidão que eu tenho mas com outras pessoas. No caso, eu sempre fiz trabalho voluntário, eu sempre gostei de fazer trabalho voluntário, e quando eu vim pra São Paulo eu fiquei muito tempo sem praticar, e... ...eu perguntei pro Arthur, que tá gravando agora, meu amigo, onde eu poderia fazer trabalho voluntário, né? e ele me indicou o AACD. Eu recebo diariamente várias mensagens de pessoas que falam: "ai, meu namorado terminou comigo", "ai, minha mãe brigou comigo", "ai, estou insatisfeito com a minha vida", "ai, eu não gosto da minha vida". E eu queria com esse video, além de mostrar pra vocês outra perspectiva de vida, mostrar que nós somos muito felizes, só que a gente às vezes não se dá conta. Às vezes os nossos problemas são muito pequenos... ...perto de outros problemas, e que essa comparação, essa analogia, ajuda a nos tornar pessoas melhores, e que talvez possa incentivar a vocês a ajudarem quem precisa de verdade. A AACD é sim um hospital, só que ao contrário dos outros hospitais, não tem aquele clima pesado, porque você vê que lá as pessoas estão progredindo, as pessoas estão melhorando, eles estão conseguindo movimento, ajuda... ...orientação. Eu nunca tinha ido e eu confesso que fiquei muito surpreso porque foi um dos ambientes mais positivos que eu já fui. Eu espero que de alguma forma esse vídeo possa ajudar vocês, e que vocês se interessem por ajudá-los também. "testando... 123, testando.." — Opa! Tudo bem? Como se chama? — Matheus. — Matheus, qual é a sua idade? — Eu gostei do seu cabelo. — Você gostou do meu cabelo? — Nossa, dahora! — Quer fazer também? — Não, sou mais o meu mesmo. O seu é pintado, né? — O meu é pintado. — O meu é natural, filho! — Então, o seu é loiro, ele vai ficar azul rapidinho! — E você é o que? Você é o que mesmo? — Eu sou Youtuber. — Vamos lá, e o seu olho, ele é assim mesmo...? — O seu é verde, o meu é... verde também, mas ele tá sujo. Cara, eu tava achando que você era tipo um funkeiro ou um repórter, sabe, fazer entrevista assim no bagulho.. Puts! Funkeiro... Eu não sou repórter, esse video vai pro meu canal. Tudo bem, você aparecer no meu canal? — Nossa! Aí é muito louco, velho! Que brisa! Ah, até que ia ser dahora! — Então você vai aparecer lá! — Vai ser bem louco! — Bem louco? Quer me ajudar a comprar umas coisas aqui? — Ah, você que sabe, né? Você quer minha ajuda mesmo? — Quero. — Aqui só tem... Bom, Sutiã eu não uso.. — É lógico né cara? Vai comprar um sutiã mesmo? — Hã... — Aqui não tem muita coisa de macho! — De macho? Tem que ser de macho? — Você quer gravar esse músculo aqui, óh?! — Grava o músculo, Arthur! Ele quer o músculo. Tá forte, hein?! Pode roupa assim, comum, que caiba em mim ou que eu possa usar ou doar depois. Você? Aqui, bermudas de homem. Vem ver. — Você tem filhos, é casado? — Não, não tenho filho. Ah, tá disponível pra todas, né? Nem isso. Eu tô disponível para o Espírito Santo. Mentira, não, eu não sou casado, nem namoro, nem nada. — Você tá caído, hein filho? — Tô caído. Ele tá acabando comigo, né? Bom, antes eu tava disponível pra todas, né? Mas agora eu tenho uma namorada já. Como que ela chama? — Óh, é essa aqui. Deixa ele gravar não, mano. É muito vergonhoso o que eu vou te falar agora. — Ele não vai gravar não. É que sabe... Eu só conhecia.. Eu só sei o nome.. É que eu sabia o nome dela, só que agora... — Você não sabe o nome dela? — Eu esqueci cara, o nome da menina! Eu também fazia muito isso. Eu começava a namorar com outra pessoa e elas não sabiam. Não, é que ela falava.. Ela falou pra mim uma vez, eu com maior vergonha de perguntar pra ela. Esqueci o nome da menina, velho! Cê acredita nisso?! — Puts! Mas você já estão namorando a quanto tempo? — Ah, faz dois.. duas semanas, três semanas... — Duas semanas? — Não, faz bastante, é porque eu não lembro mais, né? Faz bastante. Tá ligado?! Então vamos fazer o seguinte: você vai pedir pra ela ver, porque você precisa mandar um beijo pra ela. Mas você precisa saber o nome. — Eu devia perguntar pra ela denovo, né? — Você devia perguntar pra ela o nome dela. — Oxe! Mas por que até as pernas, hein cara? — Tá grande, né? — Uhum. Vai ficar bonito! — Tem branca dela? — Vai encher de menina na sua, hein mano?! — Vou vestir uma calça também. — Segura aí. Você vai ficar melhor segurando, beleza? — Matheus, você tem vontade de criar um canal? — Quer que eu seja sincero com você? — Quero. Antes não, mas agora que eu tô aparecendo, né? Cê acha que eu não vou querer fazer um? — Pensa. Vamos pensar num nome? — Mas, tipo assim, deixa eu te fazer uma pergunta... ...o que é que aparece no seu canal? O que é que tu me manda? — Sério?! Nossa, de que jogo você fala? — LoL. Sabe o que é? — Não. Nem sei que jogo é esse. — Então eu vou te ensinar a jogar, qualquer dia. Eu vou pegar seu telefone e a gente vai aprender a jogar. — Você topa? — Topo. Eu pensei que você jogava tipo Resident Evil, Minecraft... — Tem também. "Epocraft"? — "Minecraft". — "Minecraft?" — É, Minecraft! — E você acompanha algum "Minecrafter" famoso? — Falar do Rezende, sabe? Sabe o... Você não conhece.. — Você gosta do Rezende? — Você não conhece... Você conhece?! — Conheço. O Rezendo, o Pac e o Mike. É porque... viciado... — Você gosta muito deles? — Não tanto assim, mas eu gosto mano. Não TANTO assim... — O Sidney quer te conhecer. — Tudo bem, Sidney? Qual é a sua idade, Sidney? — Oito. — Oito? Você joga alguma coisa? Minecraft e Clash of Clans. Aí óh, a gente tava falando de Minecraft agorinha. Mas ele nem joga. Dois "Minecrafters". Tá dominando até a AACD, o Minecraft. Eu queria que você fizesse um esquema: gravasse você, o Pac, o Mike e o Rezende... ...conversando, assim, e mostrasse pra mim. Aí eu ia acreditar mais. Tá ligado? Não que eu não acredite na sua palavra, assim, mas... Então, Mike, Pac e Rezende, eu vou chamar vocês pra fazer alguma coisa depois só pra provar pro Matheus, tá bom? O Rodrigo tava me explicando como é que funciona o bazar: as empresas fazem doação pra cá, né? Isso! São empresas que doam durante o ano todo pra AACD, e a AACD vende esses produtos com preço abaixo do valor de mercado... Então a forma dos pacientes, enfim, dos familiares e das pessoas terem acesso a produtos com preço realmente mais baixo... E o que é vendido é revertido pra instituição. Então essas camisas e os ovos de Páscoa que eu vou comprar vão ser todos... Isso! O valor vai ser revertido pra instituição. ♪ — Não quer sair na câmera? — Não, vamo tirar foto primeiro. — Aaah... — Que vergonha, vai! Eu tô pronta. Agora eu quero. Eu vou gravar tirando a foto. — Qual é o seu nome? — Miriam. — Miriam, e... — Edson. — Qual que é o nome do filho de vocês? — É o Gustavo. — Gustavo. Ele frequenta aqui a AACD, ou... — Não, não. — Ele só gosta do meu canal? Eu trago o pequeninho, que ele faz fisioterapia aqui. — Como se chama o irmãozinho? — Augusto. Aqui no carrinho. E aí, Augusto! Óh, ele é paz e amor! Então, Gustavo, um abraço pra você. Sua mãe veio aqui e a foto vai chegar em você agora... ...e a gente se encontra na AACD, quem sabe?! O Arthur tava me explicando que aqui não tem só criança, porque eles vão crescendo, né? Eles continuam recebendo apoio aqui do hospital. Vamos lá. Eu tenho interesse em fazer trabalho voluntário, mas eu nunca fiz. Vamo supor que eu seja uma pessoa que nunca fiz trabalho voluntário. Quero fazer. Como é que eu faço? Eu tenho que ter alguma instrução antes... Sim, a gente tem um corpo de voluntariado. A AACD nasceu com o voluntariado, inclusive... ...desde o primeiro dia a AACD já tem os voluntários. E quem quiser ser um voluntário pode entrar no site. Lá tem as intruções, telefone... — Ah, tem um site? — Tem um site. A pessoa preenche um formulário e tem algumas requisições, né? Ela tem que ter mais de 18 anos, enfim... Quando eu fazia trabalho voluntário em Minas, igual eu te falei... Eu dei aula de desenho, contei histórias, fiz muita coisa. — Isso pode ser feito aqui na AACD? — Pode. Com certeza! a gente precisa muito dessas atividades. Temos muitas crianças... Então... ...desde brincadeiras... ...temos o espaço das mães, onde elas ficam aguardando... ...pra ter as consultas, os exames, as terapias. Aqui na parte da terapia principalmente você só via mães. A maioria era mãe, você via pouquíssimas figuras masculinas. É porque... É, o que acontece muito é que junto com a questão da deficiência existe um problema social... ...muito sério. Então grande parte das famílias, quando descobrem que a criança vai nascer ou tem uma deficiência, o pai acaba deixando a família e sobra pra mãe. Às vezes a mãe tem que deixar o... ...o trabalho para poder se dedicar à família. Então tem todo tipo de situação. A mãe que... ...deixa o trabalho e aquela que realmente o pai também larga à família e a mãe faz, às vezes do pai e da mãe. Eu tô me sentindo um repórter com isso aqui. Eu acho que é a segunda vez que eu uso um microfone na minha vida. Eu gravo olhando pra câmera, e na câmera tem um microfone que sai dela e eu tenho que ficar olhando pra câmera. Agora eu tenho um microfone, tenho que ficar andando... É muito louco isso. Repórteres, o trabalho de vocês é muito legal. Eu devia ter investido nisso. — Tô aqui agora, na sala de reabilitação virtual, com a... — Daniela. — E o... — Vinicius. Bom, o Vinicius vai fazer agora... Ele vai basicamente jogar... Como funciona na verdade? Explica pra gente como funciona. O Vinicius tem paralisia cerebral... Ele tem um acometimento maior no lado direito, e ele fez uma cirurgua na mão. Então a gente tá trabalhando aqui no virtual pra ele ganhar mais movimentos com a mão direita. Só de ter uma sala dentro da AACD com videogame, onde as crianças podem brincar aqui... ...fazer o tratamento, a terapia, com videogame, já é sensacional! Qual que é o videogame que tá ali? É o Xbox? A gente tá usando o Xbox com ele. Vinicius, qual é o jogo que você vai jogar? — Sport. — Qual? — Sport. — Wii Sport? — Não, Kinect Sport. — É, o de esportes... É, não fala "Wii" que Wii é da Nintendo. — Eles patrocinam aqui? O Xbox? Não, na verdade a gente tem o apoio da Microsoft aqui. Então vamos refazer, Vinicius... — Vinicius, eu posso jogar com você? — Pode. — Quer jogar também? — Não, eu coloco pra ele e ele joga. Joga vocês dois que eu acho que dá certo. — Pode ser o de tênis? — Pode? Então vamo jogar o de tênis porque daí dá pra jogar os dois. — Eu sou bom, hein?! — Tá. Então tá bom. Deixa eu arrumar a sala. Eu sou igual um pinguim bebê pra jogar esses negócios, não tenho coordenação motora nenhuma. Vou deixar esse microfone aqui, porque senão vai acontecer igual quando eu jogava Wii com meu irmão lá em casa... ...e a gente já quebrou a janela, só com a força do pensamento. Mentira mãe, não foi o pensamento, tá? Foi eu mesmo que joguei na janela. Henry, o seu é o vermelho, e Vi, você tá jogando com a mocinha aqui, tá? Aí escolhe a mão que você vai usar a raquete... Vai usar com a direita? Estica a mão até a bola... Você vai sacar então, Henry. Você joga a bola pra cima e saca. ♪ ♪ — Meu Deus!! — Vai Henry! — Corre! — Aí Vinicius! — Eu tô tomando uma surra! ♪ Foram 2x0. Dois sets à zero. Foi fácil, né Vinicius? Mais ou menos... Não, foi muito fácil! Pode ser honesto com a câmera. Bom Vinicius, obrigado. Boa surra que você me deu, né?! — Obrigado, Érica, pelo... — É Daniela... Daniela! Eu vou confundindo o nome de todas as pessoas aqui. Exige muito talento dar tanta garfe assim, como eu dou. Desculpa Daniela. — O do Vinicius eu acertei né, pelo menos? — É, acertou. E ele acertou a minha cara ali no jogo..
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Belford Roxo:
Joan Paterson, Onondaga County: Webb Institute, f/k/a Webb Institute of Naval Architecture. Amapá: Skidmore College; 2009.
Camille McCarthy, Chautauqua. Marabá: Union Theological Seminary; 2020.
Wilson Mansfield, 96th Street, East zip 10128. Paranaguá: Hostos Community College; 2006.