O Que E Poder De Policia Na Administracao Publica

Nyack College (School of Music) - Lá vamos nós. OK. Obrigado novamente. É maravilhoso estar aqui. Tenho a difícil tarefa de me apresentar antes da palestra do Ron Paul, sei que muitos estão ansiosos por este momento. E também logo após este último palestrante, que... Eu não falo português, mas estava sentado lá no fundo, assistindo através da televisão e ele é tão natural. Então, continue apresentando. Foi muito bom. É muito importante existirem pessoas que são articuladas e capazes de comunicar estas ideias de um jeito tão natural e permitir que elas sejam propagadas entre os jovens. Esta palestra é: "Contra a triagem na economia: desventuras no pronto-socorro econômico". É um livro que estou trabalhando no momento. Eu decidi me abster de todas as estatísticas, já que estou palestrando para estudantes. Então apresentarei o tema de forma mais ampla. Aos colegas de profissão, peço desculpas de antemão. A apresentação é centrada nos EUA, não no mundo. Ela é realmente focada nas políticas adotadas pelos EUA depois de 2008. O título diz "Contra a triagem na economia". Mas na verdade é contra a economia de sala de emergência. Triagem é um termo médico utilizado no exército ou em uma situação de emergência. Imaginem que aconteça um terremoto, vocês vão para o hospital e precisam passar pela triagem. Eu estou propondo que tal situação seria o pior lugar do mundo para receber tratamento adequado. Especialmente quando falamos em economia. Permitam-me elaborar sob esta metáfora brevemente. Larry Summers, um homem muito inteligente e também muito autoconfiante, defendeu recentemente os economistas durante a crise financeira, dizendo: "Os economistas são os médicos do mundo. Quando o mundo está doente, nós vamos até onde as doenças estão. E a macroeconomia é o nosso remédio e nós vamos curar o mundo". Logo, as macropolíticas seriam o remédio. Políticas monetárias e fiscais seriam a cura para os males do desemprego e instabilidade econômica. Então Summers usa uma metáfora. Esta metáfora de "médicos do mundo" foi usada pelo primeiro economista keynesiano americano, Lorie Tarshis, autor do primeiro livro de estudos e que afirmou que a razão pela qual ele teria adotado o keynesianismo era que a doutrina o permitia ser um "médico do mundo". Para aqueles de vocês que conhecem o posicionamento de Hayek... Ele, contrário a essa visão, defende que o economista deve ser um participante modesto, e não possuir pretensões construtivistas. Em seu discurso no Prêmio Nobel, chamado: "A pretensão do conhecimento", Hayek condena os profissionais de economia por assumirem este tipo de posicionamento. Deixem-me ler suas palavras. Tecnologia moderna... Pesquisei aqui e encontrei a citação, que eu não tenho em minha palestra. E ruim quando você adiciona citações de ultima hora. "Se o homem não deve prejudicar mais do que ajudar em seus esforços para melhorar a ordem social, ele terá de aprender que nesta, assim como em outras áreas onde a complexidade essencial de um grupo organizado prevalece, ele nunca poderá adquirir conhecimento suficiente capaz de dominar os acontecimentos. Ele devera então usar o conhecimento que ele é capaz de adquirir, não para moldar os resultados, assim como um artesão molda seu artefato, mas cultivando o crescimento através da promoção do ambiente adequado, tal qual um jardineiro faz com suas plantas". Este é o posicionamento de Hayek. O economista não deve ser um engenheiro social, mas sim um bom jardineiro. Memorizem esta metáfora, pois ela será utilizada diversas vezes nesta palestra. Se consultarem o Dicionário Oxford de Língua Inglesa e procurarem o que o termo "triagem" quer dizer, encontrarão que é a mensuração de níveis de urgência no atendimento de pacientes e sua organização. Você pode marcar pacientes com a cor preta, que quer dizer que não há nada a fazer e eles morrerão, ou pode tentar fazer algo. É isso que o economista de sala de emergência faz. "Será que devemos adotar políticas monetárias?" "Será que devemos adotar políticas fiscais?" para salvar o paciente, que é a economia debilitada. E esta palestra é contra este tipo de abordagem. Então, aqui temos George W. Bush. Devo salientar que George Bush não é um presidente pró-mercado livre. O primeiro ato executado por ele quando assumiu a presidência foi garantir subsídios para a indústria de aço. E o último ato foi basicamente nacionalizar a indústria bancária. Logo, foi um mau presidente, por várias razões. Mas várias pessoas de esquerda o reconhecem como um economista de direita ou pró-mercado livre. Nesta citação de dezembro, ele diz: "Bem, eu obviamente tomei a decisão de prevenir o colapso da economia." "Eu abandonei os princípios do mercado livre para salvar o sistema de livre mercado". Você pode ler citações iguais a esta feitas por presidentes desde Rosevelt. De uma forma ou de outra. Ele foi a última manifestação de tal citação. "Eu tenho que abandonar o livre mercado para salvar o livre mercado". "Eu tenho que abandonar o capitalismo para salvar o capitalismo". Este tipo de ideia. Eu devo salientar que empresários também não são imunes. "Eu quero competição justa e livre para todo mundo menos na minha indústria" Para a qual eu desejo proteção. Joseph Schumpeter, o grande pensador, costuma brincar que todas as vezes que ele conversava com um capitalista ele tinha que correr para casa e ler "A Riqueza das Nações" para reafirmar a sua fé no capitalismo. Então, aqui está a reposta: Henry Hazlitt. Para os mais novos, que estão iniciando em economia, não existe livro melhor para iniciar seus estudos do que Henry Hazlitt em "Economia numa Única Lição". Bastiat e Hazlitt. É por estes que você deve começar. E mesmo os que se consideram em um nível avançado, é sempre bom lê-los novamente. Mas Hazlitt, isto está em "Economia numa única lição", diz: "A economia emocional deu luz a teorias que a calma análise não justifica". Logo, o pior local no qual podemos encontrar nossas teorias econômicas evoluindo e sendo geradas é no caldeirão de uma crise. Porque é quando prevalece a economia emocional e não a economia de cabeça fria. E o que desejamos é a economia de cabeça fria. Queremos manter a cabeça fria durante uma crise e não perdê-la. O título alternativo para o meu livro... Eu sempre discuto com as pessoas sobre os títulos de meus livros, porque eu escolho títulos acadêmicos. "Um tratado sobre bla, bla, bla, bla, bla". E um grande amigo meu da universidade chamado Matt Kibbe escreveu um best-seller chamado: "Não machuque os outros e não roube as coisas deles". Minha esposa e eu conhecemos Matt e Terry desde a faculdade. Matt era um bom amigo e Rosemary, minha esposa, viu o livro dele, me cutucou e disse: "Por que não pensa em títulos assim? Todos entendem títulos como este, mas não fazem ideia do que os seus querem dizer". Ela não gosta de "triagem" no título e a alternativa seria "Não entre em pânico". Eu não gosto deste, porque irritaria meus colegas acadêmicos. Eu teria de inventar outro título que ninguém entende e venderia apenas 3 cópias do livro ou coisa assim. Minha esposa foi quem veio com o "Living Economics". Meu título era o subtítulo: "Economics for Yesterday, Today, and Tomorrow". E o comentário da minha esposa foi: "Vou acabar dormindo. Por que você escolhe esses títulos?". Bem, Henry Hazlitt, em "Economia numa única lição": "A economia emocional deu luz a teorias que uma calma análise não justifica". A economia ilusória pertence à economia keynesiana, um termo cunhado por um grande colega de Mises, Hayek e Hazlitt, chamado Albert Hahn, que foi um economista protokeynesiano convertido à teoria monetária e o ciclo do comércio e que escreveu sobre as consequências do keynesianismo - e eu vou comentar um pouco mais sobre isso hoje. Mas o que ele salienta é a economia ilusória. Então, em uma das palestras... Eu não entendo português, mas eu sou capaz de entender sobre o que estão falando, em partes. Você mostrou a foto do The Economist, da economia brasileira decolando e depois a economia brasileira fracassando ou coisa assim. O que gera tudo isso? Seria uma política monetária frouxa? Políticas que direcionam a alocação para este tipo de ideia. Durante a fase de boom, não aconteceu um boom. Não é um crescimento econômico de longo prazo que está sendo gerado. É na verdade o inflar, em curto prazo, de uma bolha. É isto é ilusão. Em grande parte, as economias da Europa e EUA estão na era da economia ilusória desde a Segunda Guerra Mundial. Então o que as pessoas chamam de grande moderação, na verdade, não é a grande moderação, mas uma economia artificial. Nós não entramos nos problemas que temos hoje durante os governos Bush ou Obama. Você tem que voltar no tempo, bem antes, para compreender onde tudo isso começou. Aqui estão minhas ideias principais. A economia simples não é simplória. Seus professores de economia vão sempre repetir: "Ah, esta é aquela economia simplória...". Não é uma economia simplória, mas economia simples e básica. Não é algo muito complexo. A inclinação da curva apontando baixo. Vivemos em um mundo de escassez, temos de encarar escolhas. A aplicação persistente e consistente do pensamento econômico é uma tarefa dura, mas os princípios básicos da economia são uma aplicação do senso comum. E você deve continuamente revisar tais princípios. Mesmo nos tempos mais extraordinários, o que mais precisamos é economia básica. Na verdade, você pode defender o argumento de que durante uma crise o que nós mais precisamos é da economia básica, não algo exótico. Nós nunca devemos nos vender a ideia de que é certo sacrificar o crescimento econômico a longo prazo em detrimento do alívio a curto prazo. Isto é o que nos coloca em apuros ao induzir a luta contra a deflação, que se nós acreditarmos que a deflação gera uma crise, cada redução na deflação, ou queda de preços, será interpretada como deflação. E estaremos induzindo o sistema contra qualquer queda de preço e teremos inflação permanente. Mas a realidade é que algumas deflações são na verdade boas. Não sei quantos conseguem ver, mas este é meu telefone celular. Este celular, é um Apple, possui mais poder de processamento do que o primeiro computador que eu adquiri. O preço de um telefone em 1980 era acessível apenas para as pessoas mais ricas do mundo. Se vocês assistirem reprises da série Dallas verão Victoria Principal usando um telefone celular. Era a única capaz de ter um celular e era do tamanho da cabeça, do corpo dela. Esta é a razão pela qual ela sofre um acidente de carro, o que iniciou a preocupação sobre o uso de celulares dentro dos carros, foi na série Dallas. E o telefone custava milhares de dólares. Hoje estudantes têm um destes. E até melhores que o meu. Esta é a versão antiga do aparelho. O preço daquele telefone... o preço real, veio caindo. Seria isso deflação ou apenas avanços tecnológicos? São avanços tecnológicos. Se eu influencio o sistema e observo uma queda de preços, penso: "Meu Deus, a economia está fora de controle, eu preciso reinflar a bolha". Isto, aliás é o que chamamos nos EUA de "Era Greenspan", que agora chamamos de "Greenspan Put". Todas as vezes que Greespan via uma queda nos preços, reabastecia a economia com uma maior expansão na oferta de moeda. Esta é uma das razões pela qual Ron Paul - ele não vai falar sobre isso hoje a noite, acho - mas em sua opinião sobre o FED e a razão pela qual ele era tão importante enquanto participava do comitê é porque ele desafiava este tipo de abordagem da política monetária, a ideia de que você pode continuamente reaquecer a economia, como meu professor costumava dizer, "fazendo a bomba funcionar". Sennholz foi meu professor. Você não deve cair nessa. Então precisamos criar políticas baseadas em princípios e não em pânico ou grupos de interesse. O que eu gostaria de salientar é que não há nada de novo no que estou dizendo ou no que Mises e Hayek disseram, nada que você não encontre em Adam Smith, no que diz respeito a questões de política pública. Adam Smith chamou a atenção, há muito tempo, que a intenção do governo é: entrar em déficit, isso irá acumular em uma dívida pública, e então monetizar a dívida pública e pagá-la com uma moeda mais barata. Logo, eles querem monetizar, inflar. E você incorre em déficit, dívidas e desvalorização. Esta é a prática. E conforme podem ler aqui... Não vou ler em voz alta porque já li a citação do Hayek, não vou ler novamente, mas se você ler cuidadosamente, ele desenvolve a discussão até certo ponto e diz: "Não conheço único caso no qual a dívida foi paga". Eles sempre vão fazer isso. É como diz aqui: "Quase todos os estados, antigos ou modernos executaram este mesmo número de malabarismo". Ele chama isso de "um número de malabarismo" Na sabedoria de Adam Smith, ele quer que reconheçamos que os governos querem fazer malabarismo. E o que você faz com um malabarista indesejado? Ou você amarra as mãos dele e ele não consegue executar o número, ou retira as bolas ou pinos das mãos dele e ele não consegue executar o número. Quando Hayek escreveu "Desestatização do dinheiro", que eu acho que está disponível em português... Está? Está sim... Vocês deveriam ler o livro. Quando Hayek escreve "Desestatização do dinheiro" ele tenta inutilizar o malabarista removendo a moeda das mãos do estado. Está é uma das razões para a sua conclusão radical, que por sinal é fruto de uma frustração, porque ele tentou, por toda a sua carreira, amarrar as mãos do governo mas não obteve sucesso. Então eventualmente ele disse... Milton Friedman, aliás, teve a mesma frustração. Muitos de vocês sabem que Milton Friedman teve sua fase monetarista, a regra dos "k-percent", na qual o governo deveria controlar a oferta de moeda e sua saída para a economia. E então ele disse: "Nós não podemos contar com humanos, então vamos informatizá-la". No fim de sua vida ele argumentou que ele estava tentando tirar a tarefa das mãos do governo. E ele se tornou simpatizante das ideias de free banking. Friedman, em uma passagem de "Capitalismo e Liberdade" frequentemente esquecida por seus mais próximos compatriotas, diz: "Qualquer instituição onde o erro sincero feito por poucos pode ameaçar a existência da economia, é uma instituição que não podemos manter". Está próximo a pagina 58 do livro: "Capitalismo e Liberdade". "Qualquer instituição onde o erro sincero feito por poucos pode ameaçar a existência da economia, é uma instituição que não podemos manter". Qual instituição seria essa? O banco central. Até mesmo nos textos de Friedman. Então, Adam Smith, Hayek e Mises reconhecem que este é o truque do malabarismo. Vocês deveriam ter vaiado este aqui. O legado de Lord Keynes. Todos esses economistas, desde Adam Smith até F.A. Hayek, batem na tecla de que devemos nos preocupar em acabar com este malabarismo. Mas Keynes entra no jogo e convence os economistas de que eles devem ser grandes malabaristas. Esta seria a profissão. E o problema disso é que ensinando esta técnica chamada macroeconomia... E agora ponho em risco minha legitimidade entre meus colegas, porque não existe algo como ciência da macroeconomia, mas um monte de coisas inventadas. Existe apenas a microeconomia, que é a economia, e talvez fenômenos macroeconômicos: desemprego, inflação, flutuações de negócios, mas apenas explicações e soluções microeconômicas. Para vocês, estudantes, tomem nota e discutam em classe. E vejam a cabeça de seus professores explodir. A menos que estudem em Chicago ou um lugar decente. Mas se eles forem de Harvard ou MIT dirão: "ih!" ou algo assim. Então a microeconomia é a economia. Venda por preços relativos, preços guiam a produção. Pensem no título do livro de Hayek: "Prices and Production", porque os preços guiam a produção. Não estou dizendo que sou Hayek, mas esta é a razão pela qual um dos meus livros se chama: "Calculation and Coordination", um daqueles títulos que minha esposa odeia. Mas é porque o cálculo da estabilidade econômica permite cálculos econômicos capazes de alcançar uma coordenação econômica avançada. Esta é a ideia. Então, o legado... Do lado esquerdo de Keynes, eu tenho: "Tiger by the tail" de Hayek, sobre inflação. Os subtítulos destes livros representam o legado inflacionário de Keynes, o legado keynesiano da inflação. E este é "Democracy and Deficit", por James Buchanan. Então temos dois ganhadores do Prêmio Nobel, 1974 e 1986. E o que Buchanan escreve em "Democracy and Deficit" é que os déficits são o legado de Keynes. Déficits permanentes. Então, embora Keynes tenha nos ensinado sobre malabarismo, o mundo após a sua ascensão é caracterizado por problemas de inflações e dívidas. É isso que Keynes nos proporcionou, um legado de déficit, dívida e desvalorização. E não um gerenciamento macroeconômico prudente. Estes malabaristas são na verdade engenheiros sociais. Isso é o que o gerenciamento da macroeconomia ou gerenciamento agregado da demanda econômica significa. E vocês treinam para lidar com isso. Quantos aqui tiveram "princípios da macroeconomia"? Vamos lá, levantem as mãos. Então, na primeira aula de "princípios da macroeconomia" vocês aprenderam a "cruz keynesiana", na qual você tem uma linha em 45 graus, uma curva representando a demanda agregada, equilíbrio do desemprego e equilíbrio do desemprego total. Você esta preso no equilíbrio do desemprego e trabalha com o multiplicador para chegar até o equilíbrio do desemprego total. Esse é o modelo mais simples, supostamente rejeitado por macroeconomistas desde Hicks. Assim como o modelo IS/LM e de renda e consumo. Durante a crise financeira, Paul Krugman escreveu um artigo para o New York Times dizendo: "Essa é a política macro do mundo no qual vivemos". E o que ele fez foi desenhar a "cruz keynesiana". O modelo mais simples. E se pensar sobre o assunto, pensem no que o TARP deveria fazer. O TARP é exatamente a ideia keynesiana. Não se preocupe com o que é feito com o investimento do governo. Não importa se você está criando buracos. Crie o buraco e encha-o logo em seguida. Isto vai garantir que a bomba continue bombeando, e vamos utilizar a política fiscal para garantir isso. Esses são os grandes malabaristas. Bernanke é um grande malabarista. Yellen é uma grande malabarista. Paulson. Todos eles são treinados nestas técnicas. Para o economista austríaco ou o economista-político liberal clássico, a questão é que isto dá controle irrestrito aos funcionários do governo. Friedman argumentou contra, expondo longos atrasos. Esta foi sua crítica. Buchanan argumentou que, por diversas razões, induzir o sistema é o que leva ao déficit. Hayek argumentou que induzir o sistema levaria a inflação. Em todos estes posicionamentos e de forma ampla no posicionamento liberal clássico, somos advertidos sobre o controle irrestrito sendo atribuído a uma minoria. Então, quais seriam algumas lógicas desagradáveis criadas por este malabaristas? Lembrem-se de Adam Smith. Lembrem-se empiricamente de que ninguém nunca pagou honestamente suas dívidas. O que Friedman disse... digo, o que Smith disse, é que em nossa posição de... O que foi que eu fiz? Oh não. Derramei a água. Se eu for eletrocutado, deem o meu nome a um programa de ensino ou algo assim. Certo, me desculpem pelo ocorrido. Ah... então... em... o que Fried... o que Smith disse... Estou tentando recuperar o fio da meada e não me matar. O que Smith disse é que o menos prejudicial aos credores e o menos desonroso para os devedores seria a constatação de falência. Em termos modernos, diríamos que seria um repúdio do governo em relação a suas dívidas. Ele simplesmente diria: "Eu estou repudiando as dívidas". Por que sempre argumentamos que o governo não pode realizar o repúdio? Porque ele ameaçaria sua legitimidade com os credores. E então dizemos: "Oh, não podemos aceitar que ele dê calote porque estaríamos...". Este é o ponto de Smith. Admita que você não consegue pagar suas dívidas, então pare de viver na ilusão e comece a se restringir. Então de que forma isto daria errado? Primeiro: finanças funcionais. Finança funcional foi um termo criado por um economista chamado Abba Lerner. A ideia básica seria: não se preocupe em balancear o orçamento, mas em usar o orçamento para balancear a economia. Antes das "finanças funcionais", os economistas estavam preocupados que todas as vezes que você está em déficit, o que você deveria fazer é pagar tais déficits assim que a crise terminasse. Logo, se você entrou em déficit porque está em uma guerra, ou se entrou em déficit por uma emergência econômica, o seu objetivo assim que situação tiver passado seria pagar tal déficit o mais rápido possível. Essa é a ideia da finança funcional. Mas o que Buchanan descobriu e disse foi: "Se introduzirmos a finança funcional em uma democracia, quais são os argumentos funcionais em uma democracia?". Então políticos querem fazer o quê? Por definição, eles são empreendedores do voto. Eles precisam adquirir votos em campanhas financiadas pelos cidadãos. Os cidadãos são os consumidores dos serviços políticos e os políticos seriam os fornecedores. E o que você deseja fazer quando está pleiteando um cargo é maximizar os votos e as contribuições para sua campanha. Logo o que você vai fazer é prometer investimentos para seus eleitores. Assim você acaba induzindo o sistema político a concentrar benefícios nos eleitores bem informados e organizados e dispersar o custo nos desinformados e desorganizados. A outra coisa é que você fará isso visando o curto prazo. Você vai concentrar os benefícios hoje às custas do amanhã. Por quê? Qual seria o grupo de interesse menos informado e menos organizado? Quem ainda não nasceu. Logo, se eu realizar um grande projeto hoje, e fizer estas pessoas pagarem daqui a 25 anos, elas não terão o que dizer sobre o assunto. Então Buchanan afirmou que a finança funcional é válida, faz sentido se levamos em conta um ciclo econômico, mas na democracia não existe incentivo para os políticos adicionarem superávits durante a fase de planejamento. Existem diversos incentivos para que eles criem déficits durante uma crise, mas nenhum esforço ou reconhecimento em criar superávit quando do planejamento. Logo, o resultado é que você gera um déficit permanente, que vai acumular na dívida pública. Eu já mencionei sobre a deflação e o custo da inflação. Esta é a regra geral. Novamente, muito simples. Dinheiro. Bens compram dinheiro e dinheiro compra bens. Na economia moderna, bens não compram outros bens. Dinheiro representa metade das trocas em uma economia. Prepare-se para a complicada realização econômica. Se você bagunçar com a moeda, você bagunça todas as trocas de uma economia. Não fiquem nervosos, esta é uma ideia muito simples, mas quer dizer que a moeda não é neutra. Dinheiro é um elo entre todas as trocas em uma economia. Se eu distorço o valor da moeda eu distorço todas as trocas na economia. Por influenciarmos o sistema contra a deflação, acabamos nos comprometendo com inflação permanente. Esta inflação permanente não é apenas ajustes nos preços. Não é apenas o ajuste que chamamos de "ajuste do cardápio" ou "custo da sola de sapato". Na verdade os ajustes levam tempo e as trocas que são afetadas por esta moeda não neutra vão gerar maus investimentos. E isto vai gerar desequilíbrio na economia, significa ter perdas reais. Ciclos econômicos serão gerados a partir disso. Estes ciclos estão ligados às pessoas no que tange empregos e decisões de investimento. Em particular a alocação de talentos. Pessoas talentosas são atraídas por diversas atividades, que, em um mercado, elas não estariam interessadas... Se houvesse um mercado... Mas como o governo está injetando recursos, eles acabam sendo atraídos. Isto é parte do argumento de Friedman contra o efeito de expulsão. Ou o argumento de Friedman sobre o efeito de expulsão. Existe uma maneira de pensar sobre o efeito de expulsão: o investimento público expulsa o investimento privado, porque o investimento privado é sensível aos lucros e o investimento do governo não é. Mas também é o caso no qual o governo vira o investidor principal e as pessoas talentosas, que estariam empregadas no setor privado, passam a alocar seus recursos junto ao setor público. Daí você tem um problema de alocação não apenas de capital, mas de talentos, que quando o mau investimento é revelado precisa ser reavaliado. Ou pensando de outra forma, recalculado. Você tem que recalcular a força de trabalho, o capital e também as decisões de investimento. Manipular a moeda e crédito distorce o processo de recálculo. É uma das razões pela qual quando um investimento acaba virando um mau investimento e nós o reajustamos, ele acabava ficando mais oneroso neste período de ajuste. Não há simetria entre as expansões e recessões. Então uma expansão pode ser comedida e a recessão mais severa. Ou a expansão é severa e a recessão... Depende de outros fatores, como o caminhar da tecnologia durante período e tal. Mas não há alegação de simetria na teoria austríaca dos ciclos. O que existe são apenas distorções que precisam ser recalculadas. E estes recálculos são onerosos. Logo, temos de lembrar disso quando escolhemos quais políticas adotar. Aqui está o governo dos EUA. O significado de políticas promissórias descrito aqui é a noção de "colocar uma galinha em cada panela". Esta tem sido a nossa noção. Obama candidatou-se em 2008 com seguinte lema: "Esperança e mudança. Chega do mesmo". O que diabos isto quer dizer? Ninguém sabe. Mas "esperança e mudança" foram grandes promessas para todos, significa um milhão de mudanças. É um modo vago de dizer: "Vou colocar uma galinha em cada panela". E um carro em cada garagem. Este tipo de coisa ocorre durante as eleições, as falácias contadas por políticos populistas. E isto é a América - o que estas políticas populistas geram? Elas geram promessas as quais forçamos o governo a agir. Logo, vamos dizer: "Pagaremos pela sua aposentadoria". Mas o que há de errado com os EUA atualmente? São coisas boas, na verdade. Estamos nos aposentando mais cedo, vivemos mais e esperamos viver tão bem na aposentadoria quanto durante o período no qual trabalhamos. Este é um ótimo negócio, não é? Costumávamos nos aposentar aos 68 anos e morríamos aos 70. Nesta realidade, você não estava consumindo muito dos recursos destinados à aposentadoria. Era um ótimo negócio para a geração mais jovem. Mas o que acontece hoje em dia é que a pirâmide, ou a árvore de natal, costumava ser assim e agora ela parece com isso. O que quer dizer que o crescimento da população na base é muito baixo em relação à população a ser sustentada. E os avanços de fato geraram melhorias. E irão permitir que os "baby-boomers" vivam até os 90. E não existem muitas crianças nascendo, o que significa que o que eles pagarão para sustentá-los... Novamente, não é ciência avançada, mas sim a aplicação do senso comum na demografia. O governo dos EUA trapaceia na divulgação de números. Estava estudando alguns números antes de vir... e prometo que não vou abusar na estatística, mas quero que façam algo, quem estiver interessado: deem uma olhada em como seria o CPI se calculado com a fórmula de 1980 e em como o CPI seria se ele fosse calculado com a fórmula de 1990. Então o que nós tentamos fazer... Ok, era mais de 10% em 1980 e 8% utilizando o cálculo de 1990. Nós o recalculamos na gestão de Boskin. E nós recalculamos a forma como calculamos a CPI, para que pudéssemos omitir a inflação no cálculo. Então nós podíamos sair por aí e dizer que não possuíamos mais o índice da miséria. Esta foi a motivação da candidatura de Ronal Regan, em 1979. A inflação e desemprego de dois dígitos. O índice da miséria, a herança deixada por Jimmy Carter. "Você está melhor agora do que a quatro anos atrás?" disse Regan em 1984. E esta foi sua campanha. Ele disse: "Você esta melhor?". E o povo respondeu: "Sim, Ronnie". E votaram nele. No governo Jimmy Carter, o povo respondeu: "Não, Jimmy". O que culminou em Jimmy Carter perdendo a reeleição. Ele então tornou-se um corretor, arrumando casas por aí, entre outras coisas. Se você perguntar ao governo qual é o nosso débito, dirão que é algo em torno de 12 trilhões de dólares. Mas se você calcular as promessas que foram feitas e as obrigações as quais o governo comprometeu-se, a dívida estaria em torno de 205 a 211 trilhões de dólares. O que significa que os EUA não estava quebrado há 40 anos atrás, mas hoje está. É atualmente um país quebrado, como a Grécia. O problema é que nós somos o maior urso da região. E como resultado, e eu vou voltar a isto no final, mas se você está em uma briga e um urso te persegue, você foge com seu amigo, que é mais gordinho, e você é superágil, você não precisa ficar preocupado, porque o urso vai comer o gordinho. Estas seriam as demais economias e os EUA acaba sendo o superágil. E os EUA, no momento, podem ser encarados como alguém com uma perna quebrada, mas que e muito ágil com uma muleta. Já o gordinho não pode correr de jeito algum e acaba sendo devorado. Você diz: "Ótimo!" e continua correndo. Esta é uma ilustração muito interessante. O autor ao qual você recorre sobre isso é Laurence Kotlikoff, que é um professor da Universidade de Boston. Ele é fez boa parte do trabalho chamado "Contabilidade Intergeracional", que consiste em contabilizar, de grão em grão, quanto dinheiro é devido aos americanos, e qual seria a habilidade destes em pagar por esta quantia de dinheiro. E o resultado chocante que Kotlikoff nos conta é que para os EUA cumprir com a suas obrigações, sem aceitar novas - tentem imaginar como seria - sem aumentar as promessas feitas por políticos. De agora em diante não podem fazer novas promessas. Isto é impossível de acontecer, não? Mas ele diz que para fazer isso, com a população atual, você teria que cortar os gastos do governo em 40% e aumentar os impostos marginais em 60%. Tentem entender o que isto significa. Isto significa que estaríamos pagando impostos marginais nos EUA na casa de 90% e cortando 40% de gastos, e só assim conseguiríamos imaginar o abismo fiscal fechando. Este é um pesadelo político para os EUA. Então como resultado, o que eles tentarão fazer é o que já estão fazendo, que é encobrir o abismo. É o que esta acontecendo. Eu tenho um artigo publicado pela LSC chamado: "The debt-inflation theory of the financial crisis", que tem uma abordagem sutilmente diferente do: "The debt-deflation crisis", associado a Irvin Fisher e Milton Friedman. Mas é "debt-inflation" e é relacionado ao período precoce, onde o desbalanceamento fiscal leva a monetarização, criando os distúrbios que levam ao problema das dívidas e liquidez. Bernanke e Yellen e o fim de jogo para o FED. Esta é uma das coisas. Se você acompanha os EUA, nas últimas duas décadas participamos de diversas atividades nas quais não sabemos o significado de fim de jogo. Entramos nessa, mas não sabemos como sair. Eu não quero falar sobre política estrangeira no momento, mas é o que está acontecendo com o FED. O FED entendeu que a casa estava pegando fogo. Pegaram a mangueira e fizeram o possível apagá-lo, e até agora não fazem ideia de como apagá-lo. Estão tentando tapar os buracos da mangueira, mas não conseguem. Agora, permitam-me voltar e explicar Bernanke para os jovens aqui. Bernanke não é reencarnação do diabo ou algo do tipo. Na verdade ele é um economista muito bom, que estudou a Grande Depressão, tirando Milton Friedman, mais do que qualquer outro economista. Ele escreveu um famoso artigo em 1983, onde ele acha que identificou o porquê da Grande Depressão e por que ela foi tão severa. A forma mais simples de explicar é que ele acredita que o mecanismo de transmissão de crédito estava quebrado - a forma mais fácil de entender é com uma metáfora: imaginem que vocês estão no andar de cima da sua casa, vão tomar um banho, abrem o chuveiro e nenhuma água sai do cano. Esta é a crise de liquidez, não tem nenhuma água saindo. E diz: "O que diabos aconteceu com minha casa?". Então você vai até o porão e descobre que o cano esta quebrado e toda a água que era para seu banho esta inundando o chão do porão. Então, o que você faz? A primeira coisa que você tem de fazer é consertar o cano. Essa foi a nacionalização dos bancos. Porque se o sistema de transmissão de crédito esta quebrado, a água sempre vaza, não importa a política monetária adotada. Então consertar o cano e injetar água, para que a pressão da água suba e água volte a sair pelo chuveiro. Esta é uma forma de entender o que Bernanke tentava fazer. E ele foi uma figura sincera. O problema é que a teoria está errada sob nossa perspectiva. Não que ele fosse uma pessoa pensando em como ele poderia falir o país e enriquecer ao mesmo tempo, como fazem vários políticos. Vocês sabem, eles são pegos no flagra, como Catherine Lagarde. Como vocês sabem, ela era ministra das finanças na França, agora é o líder do FMI. Ela está respondendo acusações de corrupção, juntamente com Sarkozy, por distribuir pagamentos a aliados entre outras coisas. E ela "acusou" a todos de serem, supostamente, gananciosos. Adorei isso. Enfim. Meu estudioso favorito de política não e um acadêmico, é H. L. Mencken e ele entenderia isso perfeitamente. Mas hoje não posso citar Mencken. Posso fazer isso depois da palestra. Bernanke e Yellen e o fim de jogo para o FED. Estas pessoas estão tentando abastecer a economia com dinheiro para derrotar a ideia da crise de liquidez. E Bernanke veio com a ideia de afrouxamento quantitativo e também a "Operation Twist". E agora Yellen assumiu a tarefa e também esta comprometida... Ela está efetuando cortes, mas está comprometida com a ideia de que toda vez que o desemprego subir, ela vai injetar dinheiro. Então aqui está o problema. Até grandes malabaristas podem derrubar as bolas. Ao invés de abordar todo o aparato keynesiano, o que eu estou mais do que disposto a fazer e já lhes dei algumas sugestões sobre isso, no que tange microeconomia. Vamos assumir que o malabarismo é o caminho correto. O real ponto ao qual devemos nos ater é que quando a tarefa é muito complexa, mesmo os grandes malabaristas podem derrubar as bolas. E é isso que queremos que Bernanke e agora Yellen fossem: grandes malabaristas, equilibrando-se em uma bola, fazendo malabarismo, e talvez eles derrubem as bolas. E quando derrubam, quais as consequências? Isto é o que está errado com a economia de triagem. Demos o poder a pessoas, durante emergências, de tomarem medidas extraordinárias que violam os princípios básicos da economia e do senso comum. E se elas falharem em suas atribuições, a consequência não é o paciente perder um braço, mas sim seu coração parar de bater. Devemos voltar à sabedoria do senso comum sobre como uma economia é operada. Delimitada pelas leis, com respeito a propriedade privada, liberdade nos preços e a contabilidade precisa de lucros e perdas. Seria este o final? Não. Não o final. Eu vou concluir em nota alta. Porque Adam Smith diz que há muita ruína em uma nação. E novamente, eu não quero ler a citação completa, mas gostaria de salientar o seguinte: "O esforço natural de cada indivíduo para melhorar a sua condição"... Vou acabar lendo a citação. ..."quando pode manifestar-se de modo livre e seguro, é um principio tão poderoso, que por si só, sem auxílio, não só é capaz de levar a sociedade em direção à riqueza e ao progresso, mas também transpor uma centena de obstáculos impertinentes, com os quais a tolice das leis humanas com tanta frequência atrapalha suas operações". "Com os quais a tolice das leis humanas com tanta frequência atrapalha suas operações". Podemos superar isso. O contrafatual é que estamos superando toda essa visão onerosa porque somos inovadores. Então deixem-me concluir com uma visão. A primeira coisa que eu vou fazer é chamar estes cavalos de Smith, para ganhos provenientes da troca, Schumpeter, para ganhos de inovação, Estupidez, para o governo. Desde que os ganhos provenientes das trocas e da inovação superem as perdas provenientes da estupidez do governo, a economia do amanhã vai ser melhor que a de hoje. O contrafactual é o quanto melhor nos poderíamos ser sem as distorções criadas pela estupidez. E essa é a questão da qual precisamos nos aproximar, porque o que nós queremos prover é o crescimento econômico de longo prazo e nossos esforços para promover alívios de curto prazo minam nosso crescimento econômico de longo prazo. E não nos alimentamos de taxas de crescimento. Não é uma obsessão pelo crescimento. Mas sim o que o crescimento pode fazer por nós, como o aumento na expectativa de vida, uma vida mais confortável e todas estas coisas. Melhor educação, maior acesso a oportunidades de ensino para as minorias e mulheres. O crescimento comprar todo tipo de coisa que julgamos desejáveis para viver uma vida próspera. Se você mata a galinha dos ovos de ouro, você acaba com a habilidade das pessoas viverem uma vida próspera. E a liberdade deveria significar prosperidade humana. E não igualdade, mas prosperidade. E essa é a nossa tarefa número um. E para que possamos executá-la, temos que garantir que Smith e Schumpeter estejam à frente da Estupidez, que parece ser quem constantemente adiciona um peso na nossa economia, desde Adam Smith até os dias de hoje. Então, muito obrigado. Sim...Bem... Apenas para colocar as coisas no contexto americano, eu diria que o livro mais perigoso publicado neste verão não foi o livro de Thomas Piketty sobre desigualdades. Não é uma grande surpresa que um intelectual francês reclame sobre igualdade. Mas o livro mais perigoso para aqueles que estão do nosso lado - e que precisamos abordar - é de um homem chamado Dan Dreazner, que em linhas gerais é um liberal clássico e seu livro propõe basicamente que o sistema funcionou. E o argumento é que demos todos os passos necessários para prevenir um apocalipse e, portanto, deveríamos seguir a mesma linha. E eu acho que nós devemos discutir este livro porque o contrafactual é que nós olhamos em volta e a economia não está completamente quebrada. Mas a realidade é que ainda não vimos as consequências da alta liquidez introduzida na economia. Parte do motivo é porque os bancos ainda não emprestaram o dinheiro. Estão segurando o dinheiro. Então existe um tamanho tremendo de reservas. E novamente chegamos ao argumento sobre o fim do jogo. Como o FED irá absorver toda esta reserva excessiva? Eu costumo dizer aos meus alunos, meu alunos da graduação, que eu pagaria $100 se eles fizessem um desenho do Ben Bernanke em um helicóptero, jogando dinheiro de um lado, e este seria o helicóptero de Friedman, e com um aspirador do outro, sugando a reserva excessiva, como se pudéssemos fazer ambos ao mesmo tempo. Esta é a dança que pedimos que Bernanke dançasse e agora Yellen. E isto é o que eu quis dizer com a metáfora do palhaço e o malabarismo. Pedir a eles que façam malabarismo de tal forma que até um mestre malabarista teria dificuldades, mesmo se fosse a política correta. Na minha opinião, temos visto o reinflar da bolha nos EUA. Isto foi constatado no aumento dos preços dos ativos nos EUA e houve algumas mudanças tecnológicas... E aqui está algo que prova que estou errado. Não exatamente errado, mas seria uma força oposta. Alguma forma de nanotecnologia produziu um aumento significativo em nossa capacidade de produção. Algo como uma internet 2.0 que as pessoas têm comentado. Isto compensaria os fatores negativos e você teria um crescimento. Na minha visão... não sou capaz de prever, não sou um bom conselheiro de investimentos. Eu vou à festas com minha mulher e as pessoas dizem: "Oh! Você é um economista". E existem duas reações. Uma é: elas fazem cara de quem tomou leite azedo, pois economia foi a pior matéria que tiveram na universidade. E eu respondo: "Ótimo!". E a outra é: "Onde as taxas de juros estão indo?". Então dou uma resposta sarcástica, que é: "Se eu soubesse onde as taxas de juros estão indo não estaria nesta festa com você". Eu estaria em Barbados, aproveitando a vida. A regra é que eu posso apenas analisar os padrões, mas eu não posso prever os fatores compensatórios que levam as mudanças. Você poderia ter este tipo de coisa, mas neste momento diria que estamos em uma posição extremamente precária. Porque abastecemos a economia e ainda não vimos as correções acontecer. Me alonguei demais, tentarei ser mais breve. Vocês entenderam a questão? Se eu tivesse a resposta também não estaria aqui. Veja, precisamos fazer um reavaliação sobre aquilo que entendemos como democracia. Eu acho que Hayek fez uma distinção muito importante no livro: "Os fundamentos da liberdade" no qual ele distingue liberalismo e democracia. E nós precisamos ter uma reavaliação do liberalismo e depois da democracia... Não devemos ter o fetiche democrático. Não podemos ter democracias não liberais. E precisamos nos resguardar contra isso. Só porque algo é democrático não quer dizer que seja bom. Precisamos compreender que isto vai de encontro a questão do escopo e tamanho do governo. Não é o tamanho do governo, mas seu escopo, as responsabilidades de um governo em uma sociedade. E temos de entender que se vamos privar o governo de responsabilidades, precisamos ver o setor privado em suas formas sem fins lucrativos e voltada ao lucro, preenchendo os buracos. Então, precisam existir formas pelas quais aquelas pessoas que sentem medo de sociedades livres, pessoas que sentem medo da liberdade, que sentem medo da falta de segurança, e do fim de toda uma rede de garantias e coisas do gênero... Precisamos demonstrar que os mecanismos do mercado ou mecanismos voluntários podem cobrir os buracos efetivamente e tomar conta de problemas sociais como pobreza, ignorância e miséria. Você não pode simplesmente dizer: "Deixe assim. Quem liga para ignorância e miséria?" Você deve demonstrar que o setor voluntário, já que o estado não irá fazê-lo, o setor privado em suas formas sem fins lucrativos e voltada ao lucro deve preencher os buracos, através da caridade ou outros mecanismos da sociedade civil. Este é o desafio para os jovens. Os jovens precisam abraçar a ideia e fazer aquilo que uma sociedade livre deve fazer, não uma economia livre, mas uma sociedade livre. Uma sociedade livre é uma visão radical de mudança na qual todos interagem entre si. É neste sentido que tratamos uns aos outros nesse mundo democraticamente, no significado real de democracia, no qual não nos tratamos como meios para chegar a um fim, mas como verdadeiros iguais quando em uma troca. Agora, é isso que democracia significa hoje em dia? Não. Democracia hoje significa um homem, um voto e a maioria decide. É isto cria todos os tipos de problemas, o que nos leva àquela figura que mostrei sobre a dívida. "Porque eu faço promessas a Peter e roubo Paul para pode pagá-las". E este "eu roubo Peter para pagar Paul" precisa acabar se quisermos ter nossos sistemas econômicos novamente sob controle. Ah, eu acabo esquecendo. Já aprendi português. Na verdade eu não precisei escutar, pois assim que disse "Paul Krugman" eu já tinha a resposta. Na verdade não, mas... parte da razão pela qual Krugman pode fazer tais afirmações é porque ele acredita que vivemos em um mundo de recursos ociosos. Logo não há custos relacionados a políticas errôneas. Porque vivemos em um mundo de recursos ociosos, isto quer dizer que vivemos em um mundo sem escassez e tais coisas não existiriam. Seria um mundo de insuficiência da demanda agregada... E é justamente como o mundo real se parece. A sua única preocupação é manter os gastos. E isto é o que acontece. Mas também é o caso no qual ele pode argumentar que a inflação e a política monetária não serão eficazes, porque a política monetária é como esticar uma corda. Imaginem a metáfora de uma mesa e sobre ela um cadarço de sapato. E eu tento empurrá-lo por uma ponta até a beirada da mesa. O que vai acontecer com o cadarço? Ele vai embolar, não vai a lugar algum. É isso que Krugman acredita que acontece quando você aplica políticas monetárias. O que você precisa fazer é puxar o cadarço pelo outro lado. Essa seria a política fiscal. Por isso ele acredita que você deve usar políticas fiscais e não monetárias. E é por isso que em 1990 e em 2013 a discussão sobre austeridade foi tão critica que Krugman não quis aceitá-la. E a razão pela qual elas funcionaram como um teste foi porque ele reivindicava que cortes em gastos públicos nos EUA levaria a economia americana a um colapso. E no fim, não foi o caso. Agora, devo recuar por um segundo. O debate estava errado, porque não aplicamos austeridade. O que fizemos foi aplicar a contabilidade criativa, como você mencionou anteriormente. Imagine que eu sou o departamento de educação e eu peço $100, meu orçamento precisa aumentar em $100 no próximo ano. E o governo diz: "Não, não. Daremos-lhe apenas $50 no próximo ano". O que o pessoal do governo vai dizer é: "Você cortou meu orçamento em 50%", quando na realidade eu aumentei seu orçamento. Mas vão alegar que cortei e Krugman iria dizer: "Você vê? É a austeridade trabalhando". Quando na verdade não é o caso. Mas Krugman foi incapaz de lidar com o argumento que ele mesmo propôs e acabou andando em círculos para sair dessa situação. Mas na realidade ele acredita que é possível fazer isso, pois vivemos em uma economia caracterizada por recursos ociosos. E sendo assim, tudo que fizermos para motivar a movimentação de tais recursos seria positivo para a economia. W. H. Hutt escreveu, há muito tempo, que algumas vezes recursos ociosos estão ociosos por uma determinada razão. Os recursos estão ociosos porque não deveriam estar em uso. Mas aqueles em uso vivem num mundo de escassez, que ao alocá-los de forma errônea, e através do efeito de expulsão, iremos pagar as consequências. Eu te disse... Vá em frente. Essa e uma grande questão, pois ela tem a ver com a transformação na educação econômica pós Segunda Guerra Mundial na América. Eu não tenho tempo para entrar em detalhes sobre como a economia mudou sua forma de ensino. A regra geral para Bernanke... Alguns políticos... Algumas escolhas de cargo são mais políticas. Quer dizer... sabemos pelos diários de Arthur Burns que Nixon pressionou-o a gerar um ciclo de econômico basicamente através do abastecimento da economia durante as eleições, para que ele vencesse. E Burns favoreceu o pedido. O FED tem um histórico de favorecer pressões políticas. Isto é diferente do argumento teórico que eu propus. Então o que eu quero propor agora é que nas ponderações de Bernanke, suas práticas foram consistentes com suas teorias. Foi uma teoria consistente com a prática. Em oposição a, digamos, Greenspan, cujas teorias eram para lutar contra a inflação e ao mesmo tempo foi um líder do FED inflacionário. Por que Greenspan fez o que fez? É outro assunto. Eu acho que, por sinal, como uma regra geral em um debate devemos assumir as melhores intenções por parte de nossos oponentes. Mesmo quando não for verdade. Mas devemos assumir isto e mostrar nos termos do oponente que eles falharam em atingir seu objetivo. Este é o método empregado por Mises. Este é o método de Mises. Rothbard tem críticas a este respeito e eu discordo dele no que tange apenas aspectos econômicos. Mas Rothbard não está efetuando críticas estritamente econômicas mas também em políticas públicas. Mas eu acho que a opinião de Mises é a forma correta. Você trata os argumentos como eles foram descritos, limita a análise aos meios escolhidos e os objetivos atingidos e demonstra que seu oponente cometeu um erro em seus próprios termos. Dessa forma você tem uma maior chance de aproximar a discussão e direcioná-la para a o argumento no qual você acredita. Esta seria minha estratégia em toda discussão intelectual. Agora, eu concordo sempre com esta estratégia? Não. Algumas vezes as pessoas com as quais você conversa estão satisfazendo suas próprias necessidades e a estratégia seria: eu quero maximizar meu poder. Frank Knight tem uma ótima citação que diz: "As pessoas dizem: eu preciso de poder para alcançar x, y ou z". E Knight respondeu "Eu parei de escutar depois das 3 primeiras palavras, porque elas são as únicas nas quais eu posso acreditar: 'Eu preciso de poder'". Então, temos que reconhecer, mas isto nos tiraria do reino da economia e nos levaria ao ramo da teoria política e teoria moral. Ok, quase lá. Oh, ok. Então, eu trabalho em uma universidade estadual. Quando decidi me pós-graduar na universidade George Mason, que possui uma grande conexão com pessoas voltadas ao mercado, meu professor da graduação, Hans Sennholz, disse que eu iria para uma universidade estadual. Ele disse: "Você vai para uma universidade estadual?". E eu respondi: "Sim". E ele: "Você vai virar um keynesiano?". E eu: "Não há keynesianos lá, Dr. Sennholz". E ele reafirmou: "Você vai ser um keynesiano?". Nos EUA é importante reconhecer que as políticas das universidades, quase todas, exceto Grove City College e Hillsdale College, aceitam algum tipo de influência federal, investimento federal. Todas as universidades privadas têm investimento público, várias universidades públicas possuem investimentos privados. Logo, são como formas hibridas. Eu acredito que nosso objetivo é estar na melhor posição possível para potencializar nossa ideias, para espalhar nossas ideias pela sociedade. E isto também e verdade para aqueles que ligam para política. Então eu não acho que existe algo imoral em ingressar na política se é algo que lhe interessa e te deixa animado. Assim como eu acho que não há nada errado em trabalhar para o FED. O que eu acho errado é você fazer coisas que violam aquilo que você acredita. Eu acho que o objetivo do economista é simplesmente jogar a verdade contra os poderosos. Ponto final. Fim da historia. Nunca para modificar a sua mensagem e ser politicamente popular. O objetivo do economista é simplesmente estragar os planos do populista, para desmascarar falácias populistas. Logo, se você é um economista trabalhando para o governo e está desmascarando falácias, acho que você esta fazendo um "trabalho de Deus". Por outro lado, se você é um radical do livre mercado que trabalha para o governo e quando você menos percebe esta defendendo controles sobre aluguel, eu acho que você se vendeu ou coisa do gênero. É mais seguro para um acadêmico falar sobre pessoas vendidas, mas eu acho que é o que acontece e acho que você não quer ser capturado. Você não quer ser capturado pelo aparato regulatório. Precisamos trabalhar para parar com a captura de economistas pelo governo. Permitam-me contar uma história. Ronald Coase. Ele é um dos meus economistas favoritos. Ele escreveu um artigo famoso sobre a FCC e a alocação dos direitos de espectros de rádio. Recentemente, eu acabei vendo uma carta que Coase escreveu em resposta a crítica na qual alguém o acusava de ter sido comprado pelos interesses do rádio e defender o leilão dos espectros. E Coase escreve esta brilhante carta. Ele é um gentleman, nunca é desagradável com ninguém. E ele escreve esta carta e diz: "Veja, eu não recebi um centavo da indústria de rádio". E então ele escreve uma defesa sobre por que estudiosos mercenários vão provavelmente produzir mais que estudiosos que acreditam trabalhar para o interesse público. E que o estudioso que trabalha para o interesse público vai causar mais dano à sociedade do que alguém que diz estar ali pelo dinheiro. E ele explica a lógica de tudo isso. E é uma exposição brilhante. Eu acho que o objetivo do economista é simplesmente jogar a verdade contra os poderosos, lidar com a economia o melhor que pode e tentar desafiar as falácias populares, que são tão atrativas aos políticos. Obrigado..

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Cubatão:

Clara Cisneros, Yates: Margaret Warner Graduate School of Education and Human Development. Duque de Caxias: Richard Gilder Graduate School, Upper West Side; 2016.

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