Metropolitan College of New York - A maioria de nós cresceu ouvindo a história do menino de madeira que via seu nariz crescer a cada mentira, mas quem nunca contou uma quando teve oportunidade? Foi só se dar conta de que Pinóquio era apenas uma fábula pra gente tomar gosto pela imaginação. E que se danem as consequências! Se a mamãe fica mais feliz achando que o filho não falta e só tira nota alta, por que arriscar que ela tenha um AVC ainda assim tão jovem? Como nenhum homem publico vem equipado com um “detector de mentiras” é a imprensa que acaba se tornando dona do seu nariz. Por isso, nenhuma democracia sobrevive sem um jornalismo livre e independente. Mas, e quando ele abusa da sua “liberdade de expressão” e troca o papel de grilo falante pelo de enteado do Geppeto? É, uma imprensa “livre e independente” é quase uma utopia. Estou frequentando um curso online promovido pela Columbia University que fala dos “muckrackers”, uma classe de profissionais que pratica, há mais de um século, o jornalismo investigativo. Na verdade, há mais de 150 anos tem gente do bem que se dedica a infernizar a vida dos poderosos com temas que ainda hoje incomodam, como: trabalho escravo, trafico de pessoas, exploração sexual, violência policial, sistema prisional, direitos humanos, fome e, claro, “corrupção”. Graças a esse bando de “malas”, que não está nem aí pro excesso de bagagem, o mundo inteiro pode ficar de olho na podridão que os tubarões insistem em varrer pra debaixo do tapete. Em muitos casos, são pessoas comuns que acabam se tornando jornalistas de tanto que se envolvem com o assunto. Uma classe quase em extinção no nosso país, que vê seus poucos talentos fora da grande mídia, renegados a blogs e sites que, muitas vezes, não conseguem atingir o publico de forma ideal. Então, como construir uma imprensa realmente “livre e independente” para defender os interesses da população? Ora, bastaria que o estado fornecesse os meios para tal. Por que não? Da mesma forma como aparelha a policia federal ou o judiciário, seria possível fomentar órgãos de imprensa que não possuíssem nenhum vinculo com o governo, partidos, igrejas ou empresas. Uma espécie de fundação, nos moldes da BBC inglesa, sustentada pelo contribuinte (calma que não é preciso criar mais nenhum “imposto” pra isso, basta realocar recursos que já existem). E tudo assegurado pela “constituição”, sem nenhuma espécie de apadrinhamento politico ou qualquer ligação com grupos de interesse. Uma organização sem fins lucrativos que funcionasse de acordo com as regras de algum organismo internacional e não sofresse nenhum tipo de interferência externa, como as nossas agências reguladoras deveriam ser (e não são). Ah! Mas isso já existe, é a EBC... Hum, tem certeza? Como é possível que, no meio de tantos canais abertos (e hoje com tecnologia digital!) não exista nenhum que seja dedicado exclusivamente à noticia? Um governo não pode ser o dono da verdade, ela é uma concessão do povo! Em países como os Estados Unidos há órgãos de imprensa seculares que desempenham um papel relevante na desmontagem das teorias fabricadas pelos Spin Doctors, aqueles consultores políticos especializados em distorcer os fatos em favor dos seus clientes. Aqui, de um lado temos a Veja e do outro a Carta Capital, no meio uma legião de torcedores que não sabe em que lado do campo seu time está jogando. Na mídia eletrônica a direita ganha por WO, praticamente não há oposição, e a concorrência fica entre o agronegócio, os jogos de azar, as igrejas e o poder econômico. E pra piorar ainda tem o bombardeio de noticias falsas espalhadas pelas redes sociais... Eu mesmo posso ser apenas um holograma! Que democracia resiste a isso? Você não acha que já passou da hora disso mudar? 2018 tá logo ali. Lembre-se disso! Curtiu? Então, inscreva-se no canal e compartilhe! Até a próxima!.
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Catalão:
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