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The New School, Lower Manhattan - Quando você está com medo o que você faz? A sua primeira reação é lutar? Ou você congela e se finge de morto, espera passar, ou você foge? Muitas das nossas atitudes podem estar sendo determinadas por medo, sem a gente nem perceber. O medo define que roupa você coloca, que horas você volta para casa, que ruas você anda. O medo pode definir o quanto você se aproxima das pessoas, o quanto você revela de si. e até o quanto você coloca em prática as suas ideias e sonhos. Então como a gente pode lidar com o medo em tempos que a muito a se temer? Essa é a jornada da protagonista Evey em V de vingança. Como ela se liberta para ser quem ela é, mesmo em um ambiente opressivo? Tem duas maneiras de você pensar uma história: Ou você pega todos os personagens e analisa individualmente; ou você pensa que todos os personagens representam aspectos de uma mesma pessoa. Então eu quero pensar que tem um pouco de V, de Valerie e de Evey dentro de cada um de nós. E cada um deles tem algo a nos mostrar sobre lidar com o medo. V de vingança é um filme de 2005 das irmãs Wachowski, adaptado de uma HQ de Alan Moore e David Lloyd. A história se passa no final da década de 2020, no que a gente espera que seja um futuro alternativo, onde a Grã Bretanha está sob um regime fascista. Nesse cenário, todos os opositores políticos do governo, homossexuais e outras minorias foram varridos para campos de concentração. No começo do filme a Evey é salva por uma figura mascarada conhecida como V. O V foi prisioneiro de um campo de concentração onde ele foi torturado, fizeram experimentos nele, fizeram ele de cobaia, até que ele conseguiu escapar E praticamente uma década depois ele ficou planejando a sua vingança. E é isso que a gente vai ver nesse filme. Essa vingança é contra as pessoas que torturaram ele, mas também contra o sistema que deixou que esses horrores acontecerem. E para isso o V precisa que as pessoas despertem e vejam todo o mal que elas estão fazendo para a sociedade e para elas mesmas. Mas para lutar contra um sistema opressor a gente precisa primeiro superar o nosso medo. Nós humanos temos quatro reações básicas ao medo, que são: lutar, fugir, congelar ou bajular. Quando nós encontramos a Evey pela primeira vez ela está prestes a ser estuprada e nós vemos ela rapidamente transitar de uma reação de luta para a de bajulação A ideia da bajulação é que você consiga aplacar uma ameaça ao se fazer de dócil, de boazinha, simpática. Ou talvez ajudar o abusador, fazer algum favor, concordar com o discurso dele pra ver se você cai nas graças dele. Isso é um jeito ruim de lidar com as situações? Jamais. Alias, pode ser a coisa que impede uma violência verbal de escalar para uma violência física, por exemplo. As mulheres que já pegaram um taxi ou uber com um motorista que fez soar todos os alarmes de perigo na nossa cabeça sabem muito bem o que é isso. Você tá lá sendo simpática, enquanto por dentro você tá rezando e já compartilhando a sua rota com os seus amigos. Mas nem todo perigo é físico e é imediato. As vezes o medo que você tem é de rejeição, de ser colocado de lado pelos amigos, pela família, talvez de perder um trabalho. O ponto é que nosso cérebro não sabe diferenciar entre todos esses tipos de perigos e ele vai reagir da mesma forma para todos eles. E é assim que por medo você diz sim para alguma coisa que você queria dizer não. E as vezes você nem registra que você tá fazendo isso por medo. É aí que você concorda com alguém sem nem pensar no que você tá concordando. É aí que você tem o seu direito a consentimento violado. E se você é mulher é ainda mais importante você ter ciência de todo esse processo, porque além de tudo a nossa cultura nos ensina a ser sempre dóceis, sempre sorridentes. E é fundamental para o sistema que as mulheres continuem assim. Depois desse incidente com os policiais a Evey acaba ajudando o V e por isso ela acaba se tornando uma fugitiva que nem ele. E por isso o V toma a decisão sozinho de manter a Evey presa dentro da casa dele até que sua vingança tenha acabado. E a Evey não gostou muito disso, como esperado. A seguir temos essa cena onde a Evey se oferece para ajudar o V, contando que seus pais foram assassinados pelo governo. Em um primeiro momento parece que a Evey perdeu o medo e tá pronta para sair e lutar. Mas a minha leitura é exatamente a oposta. Para mim isso é a Evey reagindo a ameaça chamada V. Nós sabemos que a reação de medo primária da Evey é a bajulação, e para mim é exatamente isso que ela esta fazendo nessa cena. Ela tá concordando com o discurso dele, tá tentando ser útil, enquanto ela está planejando a sua fuga. Um dos alvos da vingança do V é um padre que deveria estar fiscalizava os direitos humanos no campo de concentração, risos. Risos. E como a Evey estava na saga de ajudar o V, ela acaba presa no quarto desse padre pedófilo enquanto ela está vestida de criança. E é aqui que eu gostaria de abrir um parêntesis. Sabe quando eu disse que a nossa cultura valoriza submissão e docilidade? O que é mais dócil e submisso que uma criança? Uma criança que não tem como dizer não? É seguindo esse pensamento que nós acabamos com essa imagem de uma criança sobreposta a de uma mulher adulta, que é muito presente na pornografia, mas não só. Tem muita publicidade que usa desse imaginário, editais de moda, vocês podem começar a reparar que vai estar em todos os lugares. O efeito é sempre perpetuar a noção de que as mulheres são indefesas, que elas precisam de alguém cuidando delas, que elas são irracionais, dependentes, que elas não tem maturidade emocional. Isso também gera uma pressão cultural gigantesca em cima das mulheres para se adequarem a esse tipo de comportamento, a esse tipo de imagem. E apesar disso ser extremamente nocivo para nós mulheres, nós acabamos internalizando muito disso, por medo de rejeição ou qualquer outro tipo de retaliação. E mais um parêntesis. É um parêntesis dentro do parêntesis. Nós precisamos ficar atentos, porque do lado da infantilização da mulher adulta, existe a sexualização das crianças e a quem a repetição dessas imagens ajuda a quem? A quem quer que as fronteiras do consentimento fiquem cada vez mais nubladas, que se trivialize o que é criminoso. É só isso. Fecha parêntesis. Fecha o primeiro parêntesis também. A Evey no começo da jornada é uma Evey “boazinha”, disciplinada, complacente, que não sabe como se impor. É fundamental para essa Evey recuperar o instinto de autodefesa e para mim é isso o que o V simboliza. Ele é aquela parte de nós que está aí para lembrar que a gente não é impotente, que podemos nos defender e quebrar o silêncio. Ele é a reação de luta. é a raiva contra uma vida que foi diminuída. É a parte que nos ajuda a criar limites e a dizer “não”. O V também incorpora a parte negativa dessa força, que não é a raiva que serve de estopim para ação, mas a raiva que consome todo o resto. É o medo que resulta na necessidade de controlar e subjugar. Ele é algo que a Evey precisa, mas ele também é uma ameaça à Evey. O V ignora os desejos da Evey e matem ela em cativeiro. Ele tortura ela, literalmente tortura. E eu acho um desfavor ao personagem a gente só romantizar o revolucionário e esquecer esse aspecto sombrio. O V representa aquela parte de nós que foi de vítima a opressor. E apesar dessa raiva ter sido inicialmente o que despertou a vontade de luta, no final ela precisa ser desmantelada. Mas antes disso ele cumpre a função fundamental que é permitir o encontro entre a Evey e a Valerie. A Valerie era uma atriz, lésbica, também prisioneira do campo de concentração onde o V foi preso. Tendo consciência de que ela não iria sobreviver ao campo de concentração, ela escreve a história dela no papel higiênico, enquanto ela estava dentro da cela ainda e de alguma forma essa história é passada para o V. Mais tarde o V passa essa história para a Evey e ao lê-la a Evey encontra a sua catarse emocional final. A Valerie representa aquele último centímetro que nós não conseguimos entregar, que é a nossa identidade e a nossa verdade mais profunda. A catarse que o V traz é uma força destrutiva. A catarse que a Valerie traz é uma força criativa A Evey precisou tanto do V quanto da Valerie para chegar a sua libertação, com uma percepção profunda de si mesma e sem medo. Tanto o V quanto a Valerie são forças que nunca desaparecem completamente. Quando o mundo tentar reduzir a sua identidade e fazer você se conformar a um certo padrão, é nesse momento que você precisa do V, e é nesse momento que ele vai surgir dentro de você. E quando você sentir que está completamente saturado e não tem mais nada que possam tirar de você, é nesse momento que você vai encontrar a Valerie. E é nesse momento que você vai se tornar resistência. antes de vocês irem embora, espera um pouquinho, que eu preciso pedir um grande favor. Esse é o primeiro vídeo que eu posto depois de muito tempo, então os algoritmos do youtube estão zuados. E eu preciso de vocês comentando e dando like para ver se dá aquela aquecida no algoritmo de novo e assim o youtube consegue mandar esse vídeo para todos os inscritos. E agente não precisa começar do zero. 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Susana Valencia, Bethune Street zip 10014. Fortaleza: City University of New York; 2019.

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