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NYS College of Veterinary Medicine - E aí galera, faz tempo que eu não faço uma adição ao glossário aqui no canal, mas hoje é um bem especial a gente vai tratar da definição do modo de interpretar e agir sobre o mundo, de quem se identifica e pratica politicamente o marxismo. Eu sei que demorou mas foi por uma razão especial, porque essa adição aqui, ela exige muita responsabilidade mesmo! Então, a gente vai hoje de "M" de Materialismo Histórico. Existem centenas de definições por aí em livros diversos, do que é materialismo histórico, então, na verdade o que resolvi foi separar algumas, vindo do próprio Marx e do próprio Engels, que são os nossos pioneiros no desenvolvimento do que a gente chama de materialismo histórico hoje. Eu vou focar diretamente neles mas na descrição eu vou deixar, também, umas outras sugestões E aí, especialmente, algumas que eu vou colocar pra vocês do Zé Paulo Netto que é bastante didático e ele também é uma super referência que marcou o começo dos meus estudos marxistas. Antes disso é bom também acrescentar uma informação, o Karl Marx não começa a escrever, interpretar o mundo já no Materiarialismo Histórico; como vocês podem notar no vídeo que eu fiz sobre a biografia dele, o Marx, por conta do seu contato com a filosofia Hegeliana, ele parte primeiro de uma concepção idealista. Hoje não dá pra focar nessa diferença, ou mesmo nesse trajeto filosófico do Marx, mas é bom pra situar que o Marx vai romper com a concepção idealista, rumo ao materialismo, mas também não é qualquer materialismo, tá? É como o Marx vai criticar o materialismo do Feuerbach, e aí ele vai inclusive escrever onze teses sobre isso. Entendeu, né? onze teses. A definição indireta de Materialismo Histórico que eu vou usar aqui é assim: "O Materialismo Histórico é o método de compreensão e ação sobre a realidade que enxerga a existência dos seres humanos dentro de um contexto histórico, e de acordo com as relações materiais da sociedade humana". O que isso quer dizer? É na verdade entender, que nós hoje, nós temos a nossa situação, ela existe, só que ela é herdada de condições do passado. Por exemplo, se a gente vive num Brasil em que existe racismo institucional não é por acaso, é porque essas instituições foram edificadas em cima de processos de exploração, de escravidão e de uma lógica de produção que necessitava também de um outra lógica racista pra promover os seus ganhos. Então, são condições históricas e materiais, não é algo simplesmente moral, ou de princípios, valores, ou mesmo de opiniões; tudo o que a gente lida hoje, a gente lida dentro desse contexto, esse contexto histórico que vem do passado. Pra entender isso, eu escolhi dois trechos (e depois mais alguns), mas primeiro um do Engels e um do Marx, eu acredito que são trechos que descrevem e ilustram muito bem esse método de análise e ação pra vocês. Na verdade eu vou começar com o do Marx, em 1852 ele publicou o 18º Brumário de Louis Bonaparte e ali bem no comecinho, bem no comecinho mesmo, ele diz o seguinte: *Leitura do texto na tela* Isso significa o quê? Significa que nós possuimos agência e capacidade de agir, mas essa capacidade e a efetividade da nossa agência, elas são moldadas por essas condições históricas. Você pode querer mudar o mundo mas pra fazer isso é necessário entender onde a gente tá em termos de condições materiais, que forças nós temos e que tipo de força a gente precisa adquirir, pra que a gente realmente mude o mundo. É por isso que pra marxistas, mudar o mundo é uma questão de práxis, então também não se esquece de conferir, não se esqueça de ver o vídeo que eu já fiz aqui no glossário, no canal, que é o "P" de Práxis, ok? E, eu realmente recomendo a leitura do "Brumário", em geral, é uma leitura que exige um certo conhecimento do que tava rolando ali na França na época mas nada que uma revisão do contexto, não resolva; e depois eu volto um dia pra contar mais do "Brumário" que, pra mim é uma obra muito muito importante, e só tô acrescentando isso aqui porque realmente é uma análise que pra mim, ela ilustra perfeitamente o que é olhar pra realidade, sob os olhos do Materialismo Histórico. Além disso, tem um trecho do Engels, duma obra já posterior, que é de 1877, que é: "Do socialismo utópico ao socialismo científico"; vou colocar o link também. E fica já a dica, pra assistirem ao "U" de Utopia e o "S" de Socialismo, pra entender bem o que significa essa distinção, entre socialismo utópico e científico, tá bom? Nessa obra do Engels, a parte 3 é onde ele trata explicitamente do Materialismo Histórico como método. E aí eu escolhi um trecho que é um pouco mais longo, mas é porque ele é muito importante e eu vou colocar aqui pra vocês também na tela, e é onde ele fala que: *Leitura do texto na tela* Esse trecho aqui, ele é bom porque ele explica que o método marxista, não é apenas pra analisar o capitalismo, nós analisamos e focamos no capitalismo porque é com ele que a gente tá lidando. Quando lá no Manifesto Comunista, o Marx e o Engels, eles já abrem falando, que: "A história da sociedade é a história da luta de classes.", eles não tão falando que isso começa com as classes sob o capitalismo por isso que o Engels fala "classes" ou "camadas", mas sim que a forma de produção e a divisão de produção numa sociedade, é determinante pros conflitos e pras resoluções naquela sociedade. Isso gera algumas perguntas, por exemplo: "Quem tem a terra?", "E as ferramentas?", "Quem que faz o quê?" "Como que isso é administrado?" "As funções são herdadas ou é por teste de aptidão?" E aí mais recentemente por exemplo, as feministas marxistas têm acrescentado ênfase em umas outras perguntas que inclusive o Engels também já fazia de certa forma, como: "Como que a família se organiza ao redor da produção e da propriedade?" "Que trabalho é remunerado?", "Que trabalho não é?" "O que é considerado trabalho?" Isso é importante pra gente entender que aqui existe uma interação entre agência e estrutura. O que é determinante é a regra, isso não é impenetrável, nós podemos mudar a realidade mas não vamos mudar a realidade com qualquer ferramenta. Por exemplo, não adiantaria uma cultura comunista se os meios de produção continuam capitalistas; por isso a gente sempre fala, a gente sempre fala dos meios de produção, porque eles moldam a realidade concreta, essa realidade material. E se a gente tem uma realidade concreta em que uma minoria, uma minoria, tem propriedade dos meios de produção e essa minoria possui poder pra determinar a vida de uma maioria, aqui vai existir uma contradição. Contradição é algo que não se sustenta sem que haja o auxílio do estado, e também se a gente parar pra pensar, do papel da coerção e também do consentimento que é algo que a gente pode discutir depois, um dia, em "H" de Hegemonia. Mas é bom trazer isso por conta da discussão sobre base e superestrutura, porque o Materialismo Histórico tá longe de ser um método economicista, que seria "só pras relações diretas e super explícitas da produção", especialmente do que seria assim, a produção industrial por exemplo. E aqui é que onde a carta do Engels pro Joseph Bloch, de 1880, é uma carta muito boa também pra gente explicitar essa relação, ali naquela carta ele fala isso muito claramente, eu vou ler outro trecho aqui pra vocês, porque eu acredito que realmente não tem forma melhor de realmente entender o Materialismo Histórico do que estudando o Materialismo Histórico e vendo as análises a partir dele. Então o Engels fala assim: *Leitura do texto na tela* A carta toda é curta, só que ela é muito boa e eu vou deixar os links aqui pra vocês. E aqui o Engels fala diretamente contra algumas interpretações economicistas, justamente porque o Materialismo Histórico, ele não seria um bom método olhando para as coisas de forma isolada; É sobre a produção e a reprodução da vida real historicamente, e isso tem a ver com poder. Quem analisa e modifica a realidade a partir do Materialismo Histórico, é alguém que vai tá lidando com poder o tempo todo, isso é algo que eu vivo enfatizando também aqui no canal, quando eu falo por exemplo, sobre poder, relacionado com projeto político de poder. E o Engels, ele discute isso quando ele polemiza em um outro livro, uma outra obra que é o "Anti-Dühring" especificamente na parte sobre poder, que fica na sessão de economia política dessa obra. Nós que utilizamos do Materialismo Histórico, nós entendemos que as relações de poder na sociedade, elas são relações de poder econômico; inclusive nós vemos como essas relações, de gênero, raciais, sexuais, na sociedade, passam pelo poder econômico e aí eu vou explicar um pouquinho, por exemplo isso não tem nada a ver com quem diz que: "Classe é mais importante, o resto fica pra depois.", essas pessoas estão caindo no mesmo erro que o Engels afirmou nessa carta que eu acabei de mencionar pra vocês. O que a gente tá falando quando a gente fala de relações econômicas e de classes, olha é o seguinte, essas relações sociais não existem num vácuo, ou numa bolha de valores, a gente tá falando, que a gente tá lidando com base e superestrutura aqui: "o que é valorizado", "o que não é", como que a vida social acaba sendo organizada a partir desses interesses econômicos, então, isso tem a ver com como o poder econômico se concentra de acordo com essas categorias. Então assim, por isso mesmo não existe esse papo de igualdade de gênero pra gente, por exemplo, se o poder econômico é determinado de uma forma, a partir do capitalismo, que é o sistema que a gente tem hoje, que explora uma maioria de mulheres, entendem? Não tem como não entender que a base econômica também faz parte disso tudo. Pra fechar, eu vou concluir de um jeito básico, porque eu sei que foi bastante conteúdo, então, é importante a gente dá uma resumida aqui, mesmo prum nível de glossário. No prefácio de "Para a Crítica da Economia Política" que é de 1859, o Marx resume de uma outra forma o que ele disse no "Brumário" e, também, que ele e o Engels discutiram antes também na "Ideologia Alemã", e ele diz o seguinte, então vamos com mais uma frase, ele fala: *Leitura do texto na tela* Então recapitulando, é "materialismo" porque as ideias não possuem existência independente, elas partem de condições e funções materiais em que os seres humanos estão localizados. É "materialismo" também porque pra mudar a realidade, não bastam então ideias diferentes, é preciso que a gente construa condições, entendendo também que essas condições, elas não se fazem também numa bolha, elas ocorrem num movimento histórico. Então é "Materialismo Histórico", fatos não são somente fatos, eles surgem de relações históricas bastante complexas, há um desenvolvimento histórico, e esse desenvolvimento ele não é determinista, ele é determinante; então não é "x leva necessariamente a y". O que a gente vai ver é que esse desenvolvimento, ele parte de condições, e ele gera outras condições, então somos nós que precisamos nos organizar pra agir sobre essas condições e mudar a realidade. E é onde a dialética, ela entra como algo muito importante porque esse movimento histórico, ele é dialético, ele tem a ver com as contradições e resoluções da realidade, mas o "D" de Dialética vem depois porque é super complexo também, o importante é entender que o Materialismo Histórico, ele segue uma lógica dialética, mas ainda vai ficar claro mais pra frente pra vocês, porque dialética é sobre conflito, é sobre mudança, é um fluxo constante de mudança, é sobre atividade humana e no Materialismo Histórico isso significa práxis, então dá pra ver porque que eu bato tanto nessa tecla, por exemplo, não tem como ter socialismo sem passarmos por um certo nível de condição histórica, e isso pode ter contradições, é onde a dialética entra pra gente explicar essas relações históricas. As coisas não são simplesmente fatos estabelecidos imutáveis, e também num é só uma coisa de tá interpretando essas coisas, mas pra gente transformar a realidade junto. "Ah Sabrina mas eu ainda não entendi" Na verdade eu ficaria totalmente chocada, se com um videozinho, desse tamanhico, na internet, você saísse entendendo perfeitamente o que é Materialismo Histórico, tá bom? Eu, demorei pelo menos uns 3 anos de estudo concentrado, pra absorver isso, porque pra mim, Materialismo Histórico não é uma fórmula, não é uma fórmula que se aprende pra se aplicar por aí, é teoria empírica e isso precisa ser incorporado, é algo que a gente incopora. Quanto mais você ler análises do Materialismo Histórico, mais você vai aprender a identificar, "Ah Materialismo Histórico" , "É uma análise materialista histórica", e aí você vai praticar isso também. Especialmente e fundamentalmente, quando você faz isso se organizando politicamente pra mudar a realidade, aí tem toda diferença porque essa é a tese onze afinal. Então esse glossário aqui, é um glossário de tarefa de casa, porque o glossário nunca vai ser mais do que um definição que você poderia encontrar inclusive num dicionário marxista por aí, é um começo. É um começo pra vocês pensarem uma base e essa definição inclusive não vai valer de nada se você não incorporar realmente na sua visão de mundo, você começar a ver o mundo através da lente do Materialismo Histórico e não existe manual pra isso, isso vai ser feito com leitura, com formação política, com militância, eu sei que árduo, nem todo mundo possui tempo pra isso, é onde a organização da luta entra que é fazendo a formação política, liderando; mas você que tem como estudar, então não deixe de mergulhar nesse entendimento, não é fácil, assusta um pouco no começo, mas uma vez que a gente consegue ver como a nossa sociedade funciona a partir dessas condições materiais históricas, mesmo diante de tantas contradições, um processo de fluxo constante dialético, a gente acaba vendo que isso tem tudo a ver com organização e propriedade nas formas de produção e isso vai ficando mais evidente, e quanto fica mais evidente, a gente percebe também o que tem que fazer pra mudar a realidade. E aí quanto mais gente embarcar nisso, melhor. Então curte aí, se inscreve, acompanha o resto do glossário, deixe sugestões, cole nas leituras, porque eu realmente acredito que não tem como entender Materialismo Histórico simplesmente se baseando numa definição, alguém falou que "x é igual a 2", não é assim que funciona, você tem que ver o Materialismo Histórico em ação, você tem que ver como essas análises explicam muito bem a realidade. Então colem nas leituras e aí eu vejo vocês em breve, até mais..

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São Gonçalo do Amarante:

Tom Marquez, Rockland: Harlem. Piauí: Graduate School of Journalism; 2015.

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