Curso Preparatorio Militar Winners

Hostos Community College - Por coincidência, passei o carnaval no Uruguai e encontrei Nathaniel Whittemore, famoso no cripto Twitter pelo Long Reads Sunday, que lançou há cerca de um ano. Tivemos uma ótima conversa sobre vários assuntos. Espero que gostem. Confiram o vídeo. A primeira pergunta é, como estávamos falando, sobre sua vida antes do cripto. Quem é Nathaniel Whittemore e o que fazia antes do cripto? Certo. Há duas partes da minha vida que convergem com o cripto. A primeira foi... Comecei a faculdade logo após o 11 de setembro. As pessoas ficaram muito interessadas pelo mundo, porque a maioria dos jovens que cresceu nos EUA nos anos 90 a narrativa das notícias era o fim da Guerra Fria, então tudo estava bem. Quando, na verdade, foi a década mais mortal desde os anos 40. O mundo estava em conflito com o fim desse equilíbrio de poder que durou mais de 40 anos. Depois do 11 de setembro, muitos garotos queriam explorar, ver o mundo, conhecer coisas, fazer alguma diferença. Surgiram programas de intercâmbio, voluntariado fora do país. O que começou a acontecer é que as pessoas queriam sair, ver o mundo, fazer diferença, fazer parte das coisas. Mas eles pensavam "sou péssimo nisso, esses programas não me ajudam, não faço nada de útil". Eles não queriam aprovação, queriam algo com significado, queriam participar. Li em uma de suas biografias que você tenta ajudar estudantes a não serem ruins em fazer a diferença. Isso. Para mim, o que acontece é que esses garotos são tão entusiasmados, com uma motivação interna, e não incentivo de fora. Quando eles voltavam de fora, do voluntariado ou do intercâmbio, eles se sentiam inúteis, não conseguiam ajudar, os problemas eram enormes, estruturais e econômicos, e o que posso fazer? E a única resposta de parte dos professores era: "busque um mestrado em desenvolvimento internacional". Isso é loucura. Não se pode dizer a uma geração que está levantando a mão, dizendo "quero me envolver" para esperar a sua vez. Isso não significa que você deveria dizer a eles para fazer coisas ineficientes, mas senti que havia uma oportunidade aí. Basicamente, nós criamos um centro de programas que poderia criar e acelerar programas de intercâmbio que focavam muito mais em pessoas aprendendo das comunidades cujos problemas elas estavam tentando resolver, e, de fato, revolucionar o foco do ensino educacional. Em vez de dizer: "esse grupo de estudantes está aqui para ajudar", o correto era "esse grupo de estudantes está aqui para ouvir e aprender e devem ser ensinados, do básico ao avançado, as soluções interessantes e onde podem se envolver, o que seria útil, relevante." Então, construímos tal sistema que se tornou muito exitoso, tornando-se um modelo imitado por universidades, e acabou sendo patrocinado pela irmã de Warren Buffett em US$ 100 milhões de dólares. -Sério? -Sim. Muito depois de eu sair. Eu estava muito preocupado com a "síndrome do fundador", então, decidi sair após alguns anos, quando a empresa já estava consolidada e poderia ser adiante por conta própria. Eu fui atraído para o mundo da tecnologia, Vale do Silício, e conheci uma empresa chamada Change.org enquanto realizava o trabalho focado em mudança global e ela estava começando um projeto quando parecia haver rede social para mudança social, que haveria rede social para tudo. -Isso foi em? -Eu a conheci em 2007. Em 2008, comecei a colaborar com ela meio turno. Em 2009, me mudei para São Francisco e passei a trabalhar com eles de forma focada. E, então, foi incrível, pois em alguns anos, eu tinha transitado de trabalhar com poucas pessoas, de maneira bem profunda, com aqueles estudantes, para atingir muitas pessoas através de conteúdo, porém, de forma superficial. E isso me chamou a atenção, o poder da Internet e Web 2.0 para fazer coisas legais. E gastei a década seguinte vagando pelo Vale do Silício fazendo coisas diferentes: fui um investidor de risco em tecnologias educacionais, eu trabalhei para startups. E a última startup onde trabalhei antes de entrar no mundo cripto, era uma companhia que ajudava grandes empresas da Fortune 500 e da Fortune 100 aprenderem sobre novas tecnologias, estabelecendo relações com esse novo mundo. E, naquele contexto, tivemos a chance de conhecer a cena cripto. Passamos pela Y Combinator na mesma época que Coinbase, em 2012. Foi quando foi fundada a Coinbase, certo? Sim, na Y Combinator foi logo no início, logo quando tinham começado, e presentearam todos os membros do programa um Bitcoin numa conta no Coinbase. -1 Bitcoin? -Sim, 1 Bitcoin! - Bons tempos. - Exatamente. O interessante foi que em 2014 estávamos gravando uma série de vídeos para a Coca-Cola só para a equipe de marketing aprender sobre novas tecnologias. Fizemos uma série em três partes sobre a Bitcoin e Blockchain. Sempre tive isso em mente, como eu te falei antes não sei por qual razão, talvez, por estar tão focado na startup não tinha ligado os pontos... Na época, a narrativa do Bitcoin pelo menos no Vale do Silício era muito mais focada nos pagamentos. Cooper Cafe em Palo Alto podia ser pago com bitcoins. Os leitores da Square podiam usar bitcoin para pagar pelo conteúdo. E por alguma razão, não liguei os pontos com o potencial que mais tarde me deixaria muito entusiasmado, que é a ideia que os governos teriam concorrência com respeito à moeda. Quando percebi isso, consegui conectar essas duas partes da minha vida uma que senti ter deixado para trás, a do contexto global, e a outra, da área de tecnologia. Assim que as duas se juntaram, eu me direcionei ao Bitcoin e ao mundo cripto e nunca olhei para trás. Conte-me um pouco sobre o Long Reads Sunday. que é a newsletter de cripto mais lida no Twitter, que é algo que gosto de ler e uso para meu próprio trabalho pois também escrevo uma newsletter em português e sempre procuro o que ocorreu na semana no Long Reads Sunday. -Está agora na edição nº 36? -Isso. 36. A origem disso foi o fato de ter notado que a maioria das ideias interessantes que eu via no mundo da discussão "social", não era de editoras convencionais e nem estava em formato de blogs ou de artigos, mas sim em "threads" do Twitter. E creio que haja várias razões para tal. No Twitter, você alcança o público de forma direta, isto é, muitas pessoas veem e interagem com suas ideias. Segundo, é temporário e desaparece rapidamente, sendo que o risco de dizer algo estúpido com que você já não mais concorda é bem mais baixo do que o de um artigo. Creio que as pessoas estão mais dispostas a testar ideias com as quais, talvez, não estejam prontas para se comprometer direto numa postagem de blog. Mas eles podem testar em um "thread" do Twitter. Terceiro, é muito mais rápido. Basicamente, escreve uma tese, logo alguns argumentos. No Twitter, leva menos tempo do que se fosse escrever um post tradicional. Vemos todas essas coisas, mas que desaparecem rápido, até mesmo as mais populares. Comecei a brincar com esse tipo de mídia. Eu queria ter um contexto para fazer isso regularmente na semana que comecei, fiz vários "threads" no Twitter resumindo discussões importantes que vi. Fiz uma sobre a cripto MNA e as reflexões das pessoas e capturou a atenção das pessoas. Eu queria fazer isso regularmente! Acordei num domingo, não tinha planejado nada. Estava lendo reportagens, e pensei que deveria fazer uma "thread" para saber se é um formato apreciado pelas pessoas. Condensando tudo... Leio sobre isso o tempo todo, então, não dará muito trabalho. E gosto desse processo de resumir as coisas, e as pessoas responderam muito bem. Tornou-se algo legal e serve como base para leituras. E como você faz para se manter informado? Estávamos falando antes da entrevista é uma indústria tão dinâmica, difícil acompanhar as novidades, as notícias, é tudo muito complexo. Qual é sua rotina diária para acompanhar tudo? Do ponto de vista de processo, salvo tudo durante a semana. Mudo constantemente entre escrever e checar o Twitter, e tudo que acho interessante, salvo. Uso Pocket, Instapaper, coisas desse tipo. Instapaper é ótimo. Preciso testar para ver se gosto. Não sei se fez parte de um dos Long Reads, mas vi no Twitter do Jerry Brito. Foi incrível. Sim. Usei o Pocket por um bom tempo. Mas seja o que for, marco com #LRS e até o final da semana tenho em mente as discussões que dominaram aquela semana. Semana passada, não havia como não falar do Facebook Coin de corretoras, do Coinbase e a demissão do Hacking Team. Mas além disso, sexta e sábado, seleciono e analiso o que é interessante. No domingo de manhã, já tenho um rascunho das coisas e como se relacionam, daí escrevo por algumas horas e faço a publicação. E com respeito aos seus resumos, a minha percepção é que você tem muito cuidado com a maneira como escreve, e tende a não opinar fortemente sobre o que está ocorrendo. Sobretudo, relata e resume o que está acontecendo. Pode falar mais sobre a sua estratégia? Normalmente guardo opiniões para "threads" específicas, pois meu objetivo no Long Reads Sunday não é, por design, ter uma "agenda", mas selecionar e filtrar notícias, ligando os pontos a padrões que vejo ocorrerem. Às vezes isso muda. Não consegui resistir, por exemplo, na semana passada, fiz oito tweets no assunto Hacking Team e Coinbase, pois tinha uma opinião muito forte sobre o ocorrido. Notei que é melhor fazer isso uma vez a cada oito semanas quando há algo sobre o que tenho uma opinião forte do que fazer isso a toda hora; isso é parte da resposta. A outra parte é... acho que as pessoas não percebem sobre curadoria é que a coisa mais política que você faz é decidir o que incluir. Permita-me dar um exemplo: quase nunca incluo coisas da XRP Army ou de brigas bobas que ocorrem no Twitter. Você não me verá escrevendo coisas do Vitalik e Vlad e suas conjecturas abstratas sobre governança. Até menciono se considerar uma leitura importante, mas as minhas ideias aparecem pelo que escolho incluir ou não. Já tive conversas com pessoas que me pedem para incluir mais conteúdo sobre alguma comunidade e minha resposta básica é que não trabalho assim. Mas tento acompanhar tudo, e tento lhe indicar fontes dentro dessas comunidades. Acho que muito de minhas opiniões, porque sou opinativo, aparece mais na ausência de uns tópicos do que sobre como estruturo o que decidi incluir. Falemos sobre as suas opiniões... Dê a sua opinião sobre Bitcoin, moeda global e o resto. Você poderia elaborar? O que você vê no Bitcoin e em todo o resto? Passei uma década no Vale do Silício superinteressado em tecnologia, em especial e concordando com teses de pessoas como Chris Dixon do por que aplicações descentralizadas importam, pelo menos, em termos filosóficos. As plataformas que moldam nosso discurso em nossas vidas financeira e social são mais poderosas que qualquer negócio anterior ou, pelo menos, quaisquer instituições. E acho que elas alcançaram um ponto em seu ciclo de vida em que seus incentivos estão ficando desalinhados com os incentivos de usuários individuais mas também de coletivos de usuários. Alguns ex-engenheiros de IA do YouTube que sigo no Twitter, que hoje são 100% contra como funciona o algoritmo do Youtube, pois dá muita ênfase a teorias da conspiração, afundando pessoas em buracos negros, tipo, "gosta deste vídeo maluco?" Então vai amar este e aquele. -Clickbait após clickbait. -Exato. E os maiores opositores a estes sistemas tendem a ser aquelas que ajudaram a criá-los. Tipo Robert Oppenheimer depois de criar a bomba. Mas isso indica que tenho muito interesse em muitas dessas aplicações, e na ideia de um tipo distinto de paradigma de design web que não é tão ancorado e controlado por poucos players. Penso que seja uma posição de um livre mercandista adotar uma posição assim. Tenho interesse nessas plataformas que permitem novas oportunidades no mundo da Internet. Dito isto, para mim, o gancho para ligar os pontos, levando a me interessar por essa questão em si foi quando parei e refleti sobre o que significou desde uma perspectiva histórica, que, pela primeira vez na história contemporânea, havia um real concorrente à moeda governamental, e o que isso significava não só em termos econômicos, mas do poder dos estados-nação e o que pode significar em termos de reconfiguração das relações globais de poder. Basicamente, o conjunto de coisas sobre como o mundo será se o Bitcoin continuar a crescer, tornando-se a força político-econômica e cultural que penso que ele possa ser. E tal fato é tão identificado com o Bitcoin que parece que essas coisas são separadas, mas nominalmente relacionadas, pelas quais foi fascinado. Mas, no fim das contas, os pontos que uniram as coisas foi definitivamente o que o Bitcoin significa, e creio que isso fez-me refletir... O ponto mais fácil de conexão, analisando meus dez anos de vivência de Bitcoin, sim, "éramos como o Coinbase, ensinamos à Coca-Cola", mas, na verdade, está muito mais conectado ao que tinha feito antes, quando éramos um grupo de garotos que viam que o mundo passava por outra realidade, e precisamos entender tudo isso, descobrindo como fazer parte disso. É Bitcoin "e o resto", não porque "o resto" não é importante, mas porque creio que a potencialidade do que o Bitcoin como moeda global resistente à censura significa na prática tem implicações tão enormes que é difícil para mim colocar outras coisas na mesma categoria. Mas, quando você diz: "deixemos o resto para depois", quando você diz que o Bitcoin é a moeda global, livre de censura e concorrente das moedas estatais, o próprio Bitcoin pode ter concorrência. Dentro do espaço cripto, você vê alguma outra criptomoeda competindo e tentando substituir o Bitcoin? A resposta curta é "sim", mas creio que... Categorizemos por coisas nas quais tenho interesse, é uma forma mais fácil. Tenho muito interesse em tecnologias de privacidade, pois creio essencial... Se você tem interesse em resistência global à censura, e na habilidade de... O Bitcoin é relativamente mais rastreável. Estranho dizer... O Bitcoin continua a se tornar antifrágil, mas, no futuro, olharemos para trás e reconheceremos onde ele era frágil e de que formas, e creio que se ele tivesse sido... O fato de ele não ser puramente privado da mesma forma que o é um mineral, privado por padrão, creio que o ajudará, por algum tempo, evitar a repressão mais forte de governos poderosos. Se analisar o que os Coin Centers conseguiram compartilhar, parece indicar que o fato de o Bitcoin ser comparativamente rastreável é um benefício líquido em que estruturas existentes de poder, isto é, o governo... -Menos animosidade. -Menos animosidade. Contudo, creio que a infraestrutura de privacidade é incrivelmente importante. Estou feliz por ver mais discussões sobre isso, mas creio que o mundo sofrerá bastante se o dinheiro for eliminado por completo. Creio que a habilidade de vigiar as pessoas é muito presente. Isso me leva ao segundo ponto: creio que, de certa forma, os concorrentes que parecem mais relevantes, nos quais tenho mais interessado acabam de ser lançados, mas, em especial, os que estão por vir, fato que creio inevitável, as moedas digitais produzidas pelos bancos centrais. Afinal, parece não ter sentido para os governos mudar de um sistema de dinheiro-papel para um sistema digital... -Nenhum controle, controle total. Muito controle, supervisão e automação. E creio que o desafiador é que existem muitos benefícios para os cidadãos em termos de conveniência, e muitas outras coisas. Há também um desafio em torno da privacidade, pois ainda existe uma percepção, creio eu, nos Estados Unidos, que as únicas pessoas que têm de se preocupar com privacidade são aqueles que têm algo a esconder, o que creio ser uma falácia absurda. Creio que as moedas digitais dos bancos centrais são os concorrentes mais relevantes do Bitcoin em termos de uma opção que tentará ser uma moeda, porque é uma opção que mais tendem ao controle e supervisão, em vez de liberdade e resistência à censura, e é, também, a mais provável de ser adotada, e a mais provável de querer ser usada, pois nem todo mundo desconfia de seu governo. Então, usando esse "thread", Facebook Coin ou FaceCoin ou TelegramGrams ou outras coisas similares, tipo MobileCoin. Como você reconcilia preocupações de privacidade, supervisão com uma moeda de uma rede social, ou meio de pagamento. Ainda não sabemos exatamente o que virá no mundo cripto, Bitcoin, CBDC... Creio que seja similar, nessa categoria de segurança. É um pouco difícil porque seus incentivos são mais confusos. O Facebook tem... Na verdade, se voltarmos ao Facebook Coin, por exemplo, a razão porque eles gostariam de supervisionar... seu principal incentivo será aumentar a receita de anúncios, creio eu, esse é o seu modelo de negócio, então, minha aposta é que a forma como tentarão reconciliar, caso façam algo assim, tentarão reconciliar com a anonimidade, da mesma forma que eles, teoricamente, anonimizam seus dados nos dias atuais. Eles teriam de equilibrar a questão do trade-off. A maior preocupação é que criaria, creio que seria adotado quase que imediatamente, esse grande repositório de informação para os governos que têm relacionamento com o Facebook, pressão essa que aumentará cada dia mais, sem dúvida. Haverá governos autoritários, que sabem exatamente a implicação daquela informação, e haverá grupos anticapitalistas que querem quebrar empresas, e que clamarão por acesso àquelas informações, ou mesmo tomar o controle daquelas informações, formando essas "alianças". E não só nos Estados Unidos, mas ao redor do mundo. Para mim, a preocupação... Os CBDC ainda estão, o "fiat cripto" ainda me preocupa muito porque os incentivos são claros para o controle de cidadãos, enquanto, pelo menos, existem forças concorrentes de mercado para algo como uma Facebook Coin. Porém, gostaria de dizer, e fiz uma publicação no Twitter, as vantagens potenciais, as oportunidades financeiras de imprimir seu próprio dinheiro como uma Facebook Coin são tão óbvias que, para mim, coloca o discurso pró-Bitcoin, pró-Lightning de Jack Dorsey convencido que está que é a moeda digital da Internet, torna isso ainda mais marcante. Posso ver o ponto em que tais declarações voltarão para atormentá-lo, de parte de Wall Street, porque "o Facebook ganhou milhões de dólares com sua criptomoeda, por que o Twitter não faz o mesmo?" Em termos de valorização na bolsa... Exato. Mas creio que é uma posição tão clara em princípios, e é produto de sua análise. Creio que, também, no longo prazo da economia poderia ser uma posição muito superior em termos do valor de integrar o que provavelmente será, em minha opinião, o sistema que irá prevalecer, o sistema sem atrito que as pessoas adotarão. Existem tipos de benefícios de primeira e segunda ordem em ser esperto na integração do sistema correto de pagamento desde o princípio, em vez de correr e lançar a sua própria criptomoeda. Creio que a Signals Coin será um grande fracasso, da mesma forma que a Kin é inútil. O Facebook tem escala, em especial, se integrar Facebook, WhatsApp e Instagram, como parece querer. Parece claro que, seja lá o que estejam planejando na questão de criptomoedas, querem conectar os três serviços de mensageria. É uma escala monstruosa, quem sabe? Teremos que esperar e ver o que acontecerá. Você diria que o Facebook Coin ou pagamentos via Facebook é um benefício líquido ou um prejuízo líquido para o mundo cripto? É uma boa questão. Penso muito nisso. O argumento do benefício líquido é que ele cria ampla exposição para ativos cripto e alguma % daquelas pessoas sairão da toca, buscando o conhecimento de outras coisas. O prejuízo líquido é que é perturbador, controlável, vigiável e esse tipo de coisa. Minha aposta é que não seja nenhum dos dois. Eu não gostaria de dar uma resposta vaga, mas creio que existam coisas fora de controle, que, em especial, pessoas na mídia ou no espaço educacional cripto têm de tornar a questão mais positiva do que negativa. Se você considera a cripto, ou algo como o Facebook Coin como um "fiat on-ramp" para o mundo do Bitcoin, como você liga esses dois pontos? Creio que existam caminhos importantes, talvez pela exposição da mídia a novas perspectivas, mas também podem surgir negócios muito interessantes que convertam Facebook coins em Bitcoin, facilitando a transferência de dinheiro, estou sendo teórico agora. Estou do lado do benefício líquido, embora torcendo que eles apenas integrassem o Bitcoin, o que não creio ser impossível. Digo que, no caso do Facebook, a receita de senhoriagem de uma moeda é muito diferente do seu modelo atual de negócio. E existem muitos caras espertos que conheço nesse meio que estão convencidos de que o envolvimento do Facebook e muito mais provável de girar em torno sobre como potencializam uma nova fonte de dados em termos da experiência do consumidor de fazer transferências, integrando-a com o Facebook Connect para melhorar seu modelo de anúncios, do que de tentar substituir o Bitcoin como moeda. Não sei qual é a probabilidade de tais coisas acontecerem, não conheço tanto assim do Facebook, mas creio que, sim, as empresas... É fácil, de fora, dizer: "seria uma ótima linha de receitas". Mas essa é uma coisa muito difícil para uma empresa daquele tamanho e escala, quando tudo que ela faz gira em torno dos anúncios. Mas o Facebook pode optar não apenas pela senhoriagem, mas também pagamentos, duas novas fontes de receitas. Mas é uma fonte tão distinta de renda. Sim, o Facebook poderia fazer. Essa é a grande questão: o Facebook quer diversificar o fluxo de receitas ou prefere consolidar o seu fluxo de receitas, e isso é díficil de dizer, desde a minha perspectiva. Meu ponto é que, olhando de fora, é fácil dizer "por que não tentar?" Há uma questão de custo, creio eu, para lançar um tipo de receita advindo de pagamentos do que normalmente consideramos. Então, não sei, certamente penso que existem incentivos claros, a ponto de pensar que é inevitável que o Facebook vá criar algo, mas o diabo está nos detalhes, como, por exemplo, com quem estão competindo? Em termos de, você mencionou a narrativa dos pagamentos e sobre quando você começou no mundo cripto em 2012, a narrativa dos pagamentos era muito mais presente, mas ela ainda está, e existem discussões com respeito à questão: "Bitcoin é um sistema de pagamento, uma moeda global ou moeda forte, e os pagamentos são secundários, ou, pelo menos, na camada 1 (layer 1)? Qual a sua opinião com respeito ao Bitcoin e seus imitadores, digamos, Bitcoin Cash, Bitcoin SV, etc? Bem, eu penso... Tenho algumas opiniões. Penso que a narrativa da moeda da liberdade de expressão, da moeda forte global, reserva de valor, etc, consolidou-se nos últimos dois anos. Contudo, ela não descarta, é um tipo de sequência. Ninguém que defende essa narrativa diz: "Bitcoin nunca será usada", quer dizer, algumas sim, mas a maioria das pessoas diz que não há sistema ou aplicações de pagamento, só que acontecerá na camada 2 (layer 2) ou depois. -É uma questão de como fazer. -Sim. Penso que existem muitos fatores que convergem para que tal narrativa esteja se arraigando nesses últimos anos. Creio que o uso do Bitcoin é um tipo de salvação em vários lugares do mundo contra a inflação. Nós estamos presenciando o início desse tipo de coisa. É importante, e considero tal ponto muito fundamental, é importante não superestimar que a Venezuela será salva pela existência de Bitcoin, mas ele oferece um meio que não existia, para um pequeno número de pessoas. De certa forma, é incrível que esse dinheiro da internet foi uma ferramenta de liberdade para qualquer número de pessoas. Isso não existia! Como eu disse, passei toda minha faculdade discutindo conflitos, e eu pensava que trabalharia em Ruanda, Uganda ou nos Balcãs, etc. E em nenhum desses lugares, desses estados falidos havia alguma coisa parecida para transferir riqueza, obter riqueza em troca. Isso não existia... E é uma diferença fenomenal. Não temos que superestimar quão prevalente, frequente ou fácil ainda ficar extasiado com o que as pessoas foram capazes de fazer e, mais importante, como será no futuro. Então, creio que ver isso reforça aquela narrativa, pois é, de fato, real, não é mais uma "narrativa" em muitos lugares do mundo. Há tantas coisas... Penso também que, com a emergência do Lightning como um canal viável, está ficando mais fácil... Você pode destruir a dicotomia, dizer que é uma falsa dicotomia. Bitcoin... É possível separar, dentro de suas mentes, um pouco mais todas essas coisas. Parte da razão do porque tal narrativa ter tido atenção foi a política por trás da possibilidade do Hard Fork. Os incentivos do Bitcoin Cash em divulgar tais narrativas como fundamentalmente opostas, até mesmo o nome, "a visão de Satoshi". Penso que parte da razão da concorrência de narrativas é que, sempre que as pessoas discordam entre si, pergunte: qual é o incentivo? Que motivação existe para a oposição de narrativas, para a oposição de grupos? É muito raro que "surjam do nada". É muito provável que exista alguém com interesse financeiro na competição de duas coisas, ou numa delas sair vencedora, mas frequentemente em competição... Então, penso que, respondendo a sua pergunta sobre como tal conflito de narrativas está no momento, você vê pessoas que estão acima da dicotomia, você vê os STARTS, mas os STARTS são casos de uso em ambos. Quando analisamos o resto, deixemos o Bitcoin para trás. O que lhe deixa empolgado sobre o potencial de outras tecnologias ou produtos sendo desenvolvidos? Penso mais em categorias do que em projetos. Posso citar uma área... E também penso em termos de inevitabilidade, de coisas que claramente parecem estar faltando. Tenho interesse em DAOs, organizações decentralizadas, tipos distintos de formas organizacionais, em parte porque existe um grande abismo entre um grupo informal que surge no Facebook e interage entre si, e uma ONG, ou uma empresa tradicional, e muito de nossa organização social, produtiva, econômica não se encaixa facilmente em nenhum desses paradigmas, mas me parece muito provável que o livre mercado desenvolverá coisas que se encaixam nessas lacunas, realizando arbitragem regulatória, oferecendo diferentes mecanismos, e não faço ideia de que forma tomariam na prática. Creio que, de certa forma, é algo que não ouvi muito vindo de outras pessoas, penso que o DAO Hack foi útil para o espaço DAO... ICOs foram grandes e empolgantes para tantas pessoas, um token para X, token utilitário, etc, mas DAOs já tinham explodido, perdido muito dinheiro. As pessoas estavam totalmente fora das DAOs, e creio que se isso não tivesse ocorrido, provavelmente haveria DAO por X, DAO para Y, uma DAO para tudo. E, em vez disso, o que ocorreu é que houve um pequeno número de companhias como DAOstack, Colony e Aragon... Embora o foco estivesse, de certa forma, noutro lugar, na construção de infraestrutura, lançando códigos e realizando testes interessantes. Hoje, em vez de construir 1000 ideias estúpidas para DAOs, há pessoas construindo infraestrutura que poderá ser usada. Há algo como um módulo de votação da Aragon, e alguém pode adotá-lo, unindo-o a outro sistema de financiamento, etc. Foi um acidente histórico que, talvez, DAOs como conceito evitou o pior da empolgação e exuberância excessiva do biênio 2017-2018, porque tal hack ocorreu, e as pessoas ficaram desnorteadas com o fato. Não levantará muito dinheiro sendo uma DAO para X, pois só poucas companhias foram capazes de buscar recursos para tal infraestrutura. Hoje, muitas pessoas realizam experimentos interessantes. Essa é uma área que estou estudando. O que mais? Não sei... Estou analisando a questão do "open finance", da DeFy, como um observador passivo, mas, ainda estou na categoria de estudante, aprendendo, logo não estou preparado para fazer prognósticos, mas creio que seja... Eu não sei... Penso que seja um benefício líquido para o "espaço cripto", no que entendemos por ele, que muita atenção seja dada ao grande Ethereum, à área dos smart contracts, chamamo-na assim, foi para outras formas de trocar valor, versus token utilitário, token de pagamentos, etc. Há muito mais coisas legais que serão encontradas lá que não foram encontradas nos últimos anos. E como você vê a competição do espaço Ethereum? Há EOS, Infinity Tezos, Polkadot... O que você acha delas? Creio que seja interessante analisar pela perspectiva da narrativa geral, houve esse período estranho em que, como o Ethereum era a única coisa que estava on-line, era Ethereum e o resto. Hoje existem esses sistemas on-line, e há pessoas querendo construir seus DApps, ou como são chamados, e eles querem construí-los. Elas estão encarando um mercado racional, uma tensão entre afiliação à comunidade, mas querem tentar tudo que há de novo. E essas outras plataformas de smart contracts estão tentando tirar proveito disso. Veja a TRON tentando recrutar desenvolvedores para a sua sede em São Francisco. Pelo que ouvi, a TRON está rodando São Francisco tentando contratar desenvolvedores. E leve em conta que ela fez gestão de tesouraria nos últimos anos e tem muitos recursos para contratar pessoas. Faz muita diferença nos dias de hoje... Sim, é loucura as decisões que as pessoas fizeram de converter cripto para moeda nos últimos 18 meses tem um grande impacto sobre sua habilidade de moldar e interagir com o mercado agora, é bem louco! Mas, creio que será interessante tanto da perspectiva da narrativa como da tecnologia, e creio que muitas dessas comunidades lidam com a perspectiva da narrativa e percebendo que coisas que pareciam serem complementares podem ser concorrentes, onde a divisão entre as camadas 1 e 2 podem ficar confusas. Creio que, no final das contas, as pessoas, em dado momento, se permanecerem no sistema, construirão o que quiserem, decidindo quais trade-offs aceitar nessa base. Haverá um impulso, a execução... A execução sempre vence, mas assumirá seu lugar de destaque... Poucas pessoas decidirão ficar numa comunidade ou outra com base em filosofia, preferindo estar onde poderão fazer coisas. Como último tópico para essa entrevista. Você acaba de lançar a Liberty Crypto Reader, é um projeto com a CoinMine. Você pode explicar melhor o que é esse projeto, e qual é o objetivo dele? Sim. Primeiro lhe explicarei a ideia por trás dele, e como se conecta com a CoinMine, e o que quero fazer com ela no futuro. Como já disse anteriormente, para mim, o "gancho" para eu entrar no mundo cripto foi a ideia do que significa aumentar a soberania das pessoas sobre seu dinheiro, informação, dados e habilidade de mover tais informações livremente, fazendo o que quiserem com ela. Creio que as implicações são tão poderosas desde uma perspectiva histórica. É um aumento tão massivo na liberdade individual das pessoas ao redor do mundo. Novamente, mesmo o fato de que algumas pessoas foram capazes de mover valor para fora da Venezuela antes do total horror é uma loucura! Então, para mim, isso é parte do espaço Bitcoin, do cripto que creio ser muito importante, e ainda mais no longo prazo, mais que os projetos de curto prazo, mesmo que sejam relevantes. Estou sempre buscando oportunidades para falar disso e conectar os pontos. CoinMine é um dispositivo de mineração "plug and play" e creio que muitas pessoas quando foi lançado olharam para ele e se perguntaram: "qual é a economia, qual é o ROI de mineração caseira, faz sentido, qual é o payback?" Talvez por sorte tenho um histórico em tecnologia e produto, e sei que os mercados não são... Os consumidores não são estritamente... Não tomam decisões com base em ROI a toda hora, mas com base, por exemplo, "quero isso em minha casa". Compramos arte, PlayStations... A sociedade de consumo é predicada na compra de coisas que não precisamos ou que não faz sentido. E quando eu vi a CoinMine, percebi que era um dispositivo esteticamnente atraente que é legal, e me permite sentir que estou participando de algo importante, e é diferente, por exemplo, do que o sentimento de estar participando, de estar construindo a rede como um todo. E não só o CoinMine, mas também o KASA. Creio que o HoneyMiner, todas essas coisas que são "plug and play", construir e participar, vão além do ROI dos tokens que mino. Sua história subjacente é: eu não quero apenas ser um membro nessa rede, importante e valioso que possa ser, eu quero construí-la, sentir-me construtor. Eu conheci Farbood Nivi, o CEO, por muitos anos. Ele costumava construir empresas de tecnologia educacional em São Francisco, e eu o conheci quando era um investidor de risco. Quando falei com ele sobre o objetivo de CoinMine, tratava-se totalmente dessa ideia de liberdade, participação, etc. Era o espírito. E quando ele, e seu cofundador, um cara que desenvolveu o Pebble Watch, grande designer de produtos nos EUA, e eles queriam construir algo que fosse incrível, que fizesse as pessoas se sentissem incríveis e conectadas com o mundo. Eles não queriam contar uma história normal de marketing de qualquer coisa, mostrar um ROI, esse não era o propósito deles. Eles são muito alinhados filosoficamente comigo. Eu lhes trouxe a ideia desse Liberty Crypto Reader. Eu quero fazer isso, ser capaz de gastar tempo nisso, e a ideia do Liberty Crypto Reader é... Você disse que adoto uma abordagem imparcial à publicação no Long Reads Sunday. Na Liberty Crypto Reader, eu queria uma abordagem totalmente diferente, tendo um formato mais longo para dizer o que quisesse. Então, eles aceitaram e começamos há poucas semanas. Basicamente, monitoro histórias relacionadas à cripto, pessoas usando cripto para fugir do caos da Venezuela, mas também a história mais ampla, as questões que nos rodeiam: as criptos serão usadas como meio de vigilância ou meio de privacidade? Os CBDCs que têm todas essas potencialidades, sairão vencedores? Ou será tecnologia que permite às pessoas fugir da repressão? Creio que seja importante que todas as pessoas possam participar disso, estando ciente das coisas. É isso que estará no Liberty Cripto Reader. Ele não tratará apenas de coisas cripto, mas do contexto macro onde a cripto opera. Muito obrigado..

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Billy Webb, Herkimer County. Simões Filho: Colgate University; 2018.

Kathlyn Jeff, Greene Street zip 10003. Campos dos Goytacazes: St. Lawrence University, Canton; 2015.

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