Villa Maria College, Buffalo - Nós não temos mais a mesma cabeça como disse o filósofo Michel Serres. Se falamos em internet lembramos de muitas palavras como online, virtual, pesquisa informação, notícias, conhecimento. E quando queremos entender mídias sociais logo nos vem mente, tecnologia comunicação, emails, blogs, redes sociais. Ao citar esta última pensamos em pessoas, grupos, conversas, compartilhamentos, comentários, postagens, aplicativos, sites. As redes sociais estreitam relacionamentos com interesses semelhantes por meio de conexões, ou seja, aproxima pessoas. Não há como negar que elas têm um grande potencial na educação facilitando a comunicação com a formação de pessoas. Você sabia que o conceito de rede social é mais antigo do que a própria internet? No que se refere à era digital, é importante recordar que o Six Degrees, criado em 1997, é considerado a primeira rede social do mundo e permaneceu no ar até 2001. O site possibilitava a criação de perfis e o início da amizade entre pessoas inseridas em grupos. Em 2004 nasceu o poderoso Facebook, que, segundo dados de 2019, possui mais de 2 bilhões de usuários em todo o mundo. No Brasil estima-se que mais de 100 milhões de pessoas possuem um perfil em alguma rede social, e hoje há muitas e muitas delas. As redes sociais aliadas aos smartphones e a outros dispositivos móveis, são, se bem utilizadas, importantes ferramentas de comunicação e de apropriação de conhecimentos. Na educação, as redes sociais facilitam a interação entre alunos, tornam a aprendizagem mais criativa, atraente e motivadora, proporcionam o compartilhamento de informações e temas, otimizam o estudo em grupo, destacam a aprendizagem colaborativa e o compartilhamento de recursos, cria um canal de comunicação entre instituições de ensino, oportunizam a produção de textos colaborativos geram comunidades de aprendizagem por meio de disciplinas, centralizam em um só lugar todas as atividades de ensino de uma instituição escolar, oportunizam que um aluno auxilie o outro. Agora vamos pensar em algumas redes sociais que possuem grande potencial na educação. Vamos começar pelo já citado Facebook, que permite criar uma disciplina para um grupo de alunos e promover a interação entre diferentes comunidades de diversas instituições, e é possível disponibilizar conteúdos, produzir vídeos ao vivo, entre tantas outras funcionalidades, com interação direta pelo Facebook Messenger. Já no Instagram, os alunos podem acompanhar e comentar fotos e vídeos publicados. Com o IGTV é possível criar um canal de vídeos, além dos chamados stories com múltiplas possibilidades visuais e que incentivam a interação entre estudantes e professores de maneira rápida e objetiva. Para a troca de mensagens pessoais ou em grupos o Whatsapp é o mais popular, nele, além da troca de mensagens de texto voz ou vídeo, é possível compartilhar fotos, imagens e documentos. Na educação, ele auxilia na organização de espaços educativos e no compartilhamento e debates em relação aos conteúdos e temas de estudos. Temos também o Youtube que se tornou a maior plataforma para o compartilhamento de vídeos da atualidade. Para você ter uma noção do sucesso dessa rede social, já são mais de 1 bilhão de usuários ativos no mundo, sendo que mais de 98 milhões são brasileiros. Graças ao Youtube é que se tem o fenômeno do youtubers, conhecidos como influenciadores digitais. Muitas universidades escolas possuem seus canais oficiais. Os professores e alunos passam a ser produtores e consumidores de conteúdos. Os vídeos produzidos e distribuídos nos canais são compartilhados por muitos estudantes, facilitando o estudo em diferentes espaços e tempos. Além do mais, as plataformas online de conteúdos de instituições escolares fazem links com canais e playlists do youtube. Este ambiente virtual permite, ainda, realizar webinars, palestras e tutoriais que podem ficar disponíveis de forma pública ou privada. Sem dúvida, o Youtube se tornou o maior portal de estudos de alunos de diferentes níveis de estudo. Mas, além dessas redes sociais existem outras como Twitter, Pinterest, Snapchat, Reddit, que podem auxiliar em processos de comunicação e aprendizagens nos ambientes escolares e também colaborar em processos de divulgação de marketing educacional. Além das redes sociais os Avas (Ambientes Virtuais de Aprendizagem) também são aliados importantes e fundamentais no desenvolvimento educacional de um país. Nesse contexto, ao pensarmos em uma rede social logo observamos como um novo espaço geográfico se constituiu, ou seja, não aprendemos somente em um local físico com as classes, o quadro de giz e os livros didáticos, estamos aprendendo em outros ambientes, os virtuais. Esses novos espaços congregam também uma ruptura com o tempo linear. Você pode aprender em qualquer horário, sem ser aquele estipulado por uma metodologia presencial de ensino. Isso congrega novas possibilidades de formação humana. Significa que aprendemos como em espiral, ou seja, nunca voltamos ao ponto em que começamos. Nesse sentido, Michel Serres tem toda a razão, "Não temos mais a mesma cabeça e nem queremos"..
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Ji-Paraná:
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