Temas De Monografia Sobre Infanticidio

Lehman College - Consegue cantar afinado? Ben, estava aqui pensando. Antes não podia dirigir uma lambreta sem fazer um exame. Fabuloso, não é? Fabuloso. Ali, Ben. Olha! Saiam da frente, seus grandes estúpidos... Credo! Ele ia em excesso de velocidade. Olha para a estrada. LIGA DE UNIDADE NACIONAL JOBILA NO PODER Este abuso de poder descarado tem que acabar já! DEUS DIZ JOBILA Para nos libertar. Para libertar... Liberdade para o povo! Lamento, não são permitidos passageiros. Ben, o que acha que estão tramando? Não sei. Livraram-se do nosso governo. Talvez queiram livrar-se do deles. SEGUNDO BATALHÃO ATIRADORES AFRICANOS BATASI QUARTEL - GENERAL POSIÇÃO DE TIRO 'K' Vamos, rapazes, andando. Fez uma boa viagem, sargento? Poeirenta. Eles que se virem para descarregar, cabo. -Sim, sargento. -Cabo, cabo. Quando isso estiver acabado, eis o correio para a casa dos oficiais. -Há correspondência para mim? -Quem te escreveria, Dig? Esqueci-me do cheiro das mulheres. De onde é? De Sydney. Ben? -Ben? -Não há nada, Músculos. Lamento. Vamos, mexa-se. Um, dois. Um, dois. O nosso chefe é o primeiro-ministro. -O vosso chefe é... -Presidente. O nosso primeiro-ministro trabalha no Parlamento. O vosso chefe trabalha na... -Na Assembleia. -Muito bem, esplêndido. Um dos membros do Parlamento vem a este acampamento. -Ela deve querer falar com você. -”Ela”, senhor? Sim, uma mulher. Um membro feminino. As mulheres têm a sua utilidade no Parlamento. Que utilidade, senhor? Servem para carregar a água? Sim, bem, não vamos falar disso agora. Aula terminada. Fogo. Olá, Ben. Isso é para mim? Sim. O que é? Ótimo. É o meu curso superior. Já não tem educação suficiente? Vamos, Abou, então onde está a caneca? Estou aqui com sede. Ben? Schoolie? -Só uma rápida. -Estiveram nas estradas? 130 quilometros de pó. O suficiente para perder o juízo. Tem qualquer coisa estranha em Batasi. Passamos agora pela praça principal, estava cheia de africanos correndo e gritando por todo lado. Enche, Abou. -Tentaram nos parar. -Deviam estar comemorando. -Talvez um daqueles cerimoniais. -Não, me parecia coisa séria. Estavam bastante empenhados. Tinham estandartes e tambores! Cuidado. Aí vem o superior. Temos que mudar de roupa. Se ele entra e nos encontra assim, ainda passa. Vem cá! Quando passar por um oficial com patente, não levante a mão como se fosse um pinguim grávido. A saudação deve ser feita da seguinte forma: Levanta a mão até o segundo dedo estar 2,5cm acima do olho direito. Olha para o oficial. Quando passar pelo oficial, olha para a frente e põe a mão para o lado. Entendido? Sim, senhor. Pois bem. Vamos ver isso, rapaz. Vamos, vamos. Saudações por números. Um. Dois. Um. Dois. Põe isso no arquivo, por favor. -Uma mensagem do Comando, senhor. -Obrigado. -É melhor esperar. -Senhor. Espera. QG SEGUNDO BATALHÃO Entre. Mensagem prioritária do Comando, senhor. -Pode ler, Tony, por favor? -Sim, senhor. Há notícias de graves motins políticos na capital. Enquanto os distúrbios durarem, o pessoal britânico deve retirar-se para as respectivas casas, e não tomar parte em atividades regimentais. Os oficiais britânicos que comandam batalhões africanos deverão entregar o comando a um oficial africano, e esperar por instruções do seu quartel-general. -Está tudo bem, conseguimos. -Ele ainda está lá. Um. Dois. O caminho mais longo... O que vai querer, Dodger? -Uma caneca, por favor. -E o de costume para o Ben. Vai ser o meu último jantar de Aniversário da Rainha. Vai mesmo embora? Não te dão um adiamento? -Não. Estou muito velho. -Vamos te levar ao aeroporto. Entornamos umas canecas nesse dia. Acho que o Ben arranjou um grande emprego lá. Não, não têm tempo para soldados velhos na vida civil. Vai correr tudo bem. Quando te virem reto como um espeto, -bem composto, vão dizer... -Dêem um pontapé neste homem. Por que não se torna porteiro? Conheço um cara -que ganha 16 libras por semana. -Espetado numa porta o dia todo cumprimentando todos os patifes que entrarem e saírem? Não me parece que ficará feliz com isso. O grande público britânico vai exigir que seja recompensado. Bata o pé! Bata o pé com força! O superior está entusiasmado. Está três minutos e meio atrasado. A esta hora já deve ter partido um cotovelo. Ele não se deixaria atrasar por uma coisa dessas. Não vai se safar disso. Ele vai reparar num instante. Quer apostar? Canecas para toda a gente. -Muito bem. -Ok. Não há nada para você, homem forte. Saia daqui. Por que não me chama de Músculos como os outros? Músculos? Nota algo diferente? O que é? -Boa noite, cavalheiros. -Boa noite, senhor. O que vai ser, senhor? -Um uísque para mim. -Senhor. Como estão as perspectivas de casamento, cabo Abou? Muito boas, obrigado. Muito bem. Dodger, não devia ter consertado o cortador de grama? Tentei esta tarde. Lamento dizer que nem manteiga consegue cortar. Temos de trazer mais toalhas de mesa do quartel do Comando. Têm umas novas com as armas do regimento estampadas. As velhas estão esfarrapadas. Estão uma desgraça. A prataria também precisa de ser polida, cabo Abou. -Senhor. -Alguém tem fogo? Sim, senhor. Quem foi o estupor que tirou o retrato de Sua Majestade? Fui eu, senhor. Apostei com o Ben -que o senhor não reparava. -Pendure-o de novo! Sim, senhor. Quero respeito nesta casa. Podem achar que me conhecem, cavalheiros. Podem achar que sou previsível. Mas vou dizer uma coisa! Não há alteração, comemoração, argumentação ou qualificação nesta casa que não percebo! Leiam, aprendam e digiram interiormente. Eu estive em Calcutá! Comi caca de camelo, os meus joelhos estão castanhos, o meu umbigo está no meio, a minha consciência está limpa. E o meu testamento está com os meus advogados, Short e Curly. Depressa, Dodger. Virar. Padrão. S. OFICIAL DE COMANDO Entre. Mandou me chamar, senhor? Sim, capitão Abraham. Dê uma olhada nisto. “Graves motins políticos na capital. O pessoal britânico não deve estar em atividades regimentais.“ Alguns problemas políticos, senhor. “Deverão entregar o comando a um oficial africano. “ Vai assumir o comando deste batalhão a partir de agora, 19:00h. 166 Isto é uma grande surpresa, senhor. Vou reunir os meus oficiais. Está bem. Agradeço os seus conselhos, senhor. Claro, tudo o que eu puder. -Obrigado, senhor. -Muito bem, Abraham. Anda, Charlie. Saiam! Depressa! Saiam, saiam! Mais depressa, mais depressa! Fora daqui! Não parecem gostar muito de nós. É claro que gostam. É a forma como se expressam. Era orgulhoso como um pavão. Saudava como um soldado da guarda. Senti-me de volta à instrução. Se não fosse a cor dele, claro. Isso que é preciso no exército. Não acha, Ben? Orgulho! Lembra das paradas da igreja em Singapura antes da guerra? Toda a gente marchando pela cidade no domingo de manhã? Com a banda e os tambores. Era só presunção. Católicos, anti-Batistas. Toda a gente. Havia um homem chamado Smith, 279, que recusava ir à igreja. Era ateu. Chicoteei-o em frente ao coronel. O velho coronel Killingback. Era um grande velhaco. Quando o Smith disse que era ateu, o velho Killingback pediu-lhe os documentos. “Disse que era da Igreja...“ “Disse que era da Igreja Anglicana quando se alistou”. O Smith disse: “Eu sei, senhor. Mas mudei de idéia entretanto.“ “Neste regimento,” disse o velho Killingback, “só os oficiais é que mudam de idéia. E até eles tem que ter autorização por escrito.” Esteve 28 dias na prisão, que era coisa pouco desejável na época. Singapura era um belo posto. Qual foi o seu posto preferido, Músculos? O melhor posto que já conheci foi Malta antes da guerra. A Marinha ia em manobras e deixava as mulheres para trás, todas suaves, rosadas e solícitas. Garantíamos que não se sentissem sozinhas. Nem tínhamos tempo para polir as botas. Mas isso não bate a Índia, Ben. Chamavam de a Jóia do Oriente. Foi uma pena terem abdicado dela. Cavalheiros, compreendem a nova situação? Sim, senhor. Só quero que se lembrem de uma coisa. O vosso dever é cumprir as ordens do governo eleito. Não devemos nos preocupar com política. -Estamos entendidos? -Sim, senhor. Muito bem. Quero-os amanhã de manhã às nove horas em ponto. É tudo. Boniface? Senhor? -A tua companhia está de serviço. -Sim, senhor. Triplica todos os piquetes, põe guardas nos depósitos de armas. Não usem munições a não ser que eu mande. Podem matar alguém. Reúne as Companhias A e B. Aqui está a ordem. -É tudo, senhor? -Por enquanto. Volta mais tarde e fazemos as rondas juntos. O batalhão parece estar em mãos muito competentes. Vou pôr o Sr. Lauderdale no comando, e depois podemos mudar de roupa para a festa. Alô? Sim? Sim, ele está aqui. É para o senhor. Obrigado. Fala o coronel Deal. Sim, posso estar aí daqui a algumas horas, mas... Não pode esperar até amanhã? Muito bem, Sr. William. -Diabos! -O que se passa, senhor? O comissário-adjunto quer falar comigo esta noite. Diga a Sr. Lauderdale que ligo quando estiver a caminho. Sim, senhor. Deus! Quase me esquecia. A senhora Barker-Wise. Ela quer passar uma noite na casa dos Sargentos. -Prepare o transporte, por favor. -Com todo o prazer, senhor. É uma pena ter de viajar esta noite. As enfermeiras vêm ao jantar tambem. Sim, é uma pena. Para você também, Tony. Você vem comigo. Nunca achei que uma mosca tem cérebro. Mas esta besta pousou nos meus ombros três vezes. -Bem domada, senhor. -Como sabe que era a mesma? -Dava para ver, não é? -Casa dos Sargentos Europeus. Um momento, senhor. Sargento-mor Lauderdale, é para o senhor. Vamos ver se conseguimos. Fala o sargento-mor do regimento. Vê se consegue rir disso. Muito bem, senhor. O O.C. vem a caminho. Ben, oferece-lhe uma bebida assim que passar por esta porta. -Boa noite, Sr. Lauderdale. -Boa noite, senhor. -Quer beber alguma coisa? -Não há nada que desejaria mais, mas receio que não. O Ministério da Guerra está desorientado. Outra vez, senhor? PERIGO NÃO ENTRAR Alto! Entretanto, ficará responsável pela segurança dos elementos da casa. Não deve haver complicações se ficarmos sossegados até estes problemas passarem. Depois, podemos voltar ao normal. -Muito bem, s... -Não se esqueça do que te disse sobre a Sra. Barker-Wise. É um membro do Parlamento, por isso, têm que ser diplomáticos. Seremos, senhor. Mal consegue andar direito. Agora está com soluços. A sacana me mordeu. O que era? Se o coronel aqui estivesse, eu te metia na ordem. Esteve lá fora tanto tempo que nem sabíamos o que pensar. O coronel traz boas notícias da frente? Sim. Notícias fabulosas. Notícias que vão deliciar os vossos ouvidos. Prestem atenção. Estão todos confinados em casa até ordem em contrário. -O que fizemos, senhor? -Não é nada disso. -É devido à situação política. -Até quando é que pode ser? Neste caso, até a ordem ser restaurada na cidade. Que maravilha. Dois escarumbas atiram tijolos um no outro -e imobiliza o Exército britânico. -Devo lembrá-lo, sargento Brown, eles não são escarumbas, são africanos. E você não representa o Exército britânico. Graças a Deus. -Cabo Abou? -Senhor? Quero mais um lugar ao jantar. Vamos receber uma senhora. -Uma mulher? -Não é uma enfermeira? Vamos receber a Sra. Barker-Wise da Câmara dos Comuns. Quero este lugar arrumado. Põe essas garrafas vazias no bar. Músculos, se livra desses retratos na parede. Schoolie, esconde estas revistas nojentas. -Dodger? -Senhor? Seja útil. Ajuda. Agora lembrem-se! Se eu apanhar alguém desta casa falando sobre as dificuldades da vida de soldado a um certo membro -do Governo de Sua Majestade... -Certeza que não é da oposição? Não me interessa se ela é membro do Ballet Real. Se eu apanhar alguém se queixando, será pior quando ela for embora. O Exército é uma bela vida e não se esqueçam disso. Muito bem. Ela chegou. Quero que se comportem todos bem. Nada de blasfemias, obscenidades, acima de tudo, nada de palavrões. Quem é você? Boa noite, sargento-mor. Entre. Vamos ver isso. Boa noite a todos. Como se chama, rapaz? Wilkes. Soldado Wilkes. Mas não serei soldado Wilkes durante muito mais tempo. Sério? Então, o que será? Marechal de campo Montgomery? Endireite-se quando falo com você! Cartão de identificação. Sim. Bem, “Soldado Wilkes, 714.“ -O que faz aqui? -Vou para a Inglaterra. -Senhor! -Senhor! O que é isso? Olá. Esta é a Sra. Eriksson, senhor. Vai de viagem para Paris. Ficou retida no aeroporto, tal como eu. Não há aviões. Isso mesmo. Sr. Wilkes teve a bondade de tomar conta de mim. Isto é altamente irregular. Isso é uma instalação militar, não é um hotel. Eu não podia fazer grande coisa, senhor. A senhora é das Nações Unidas e nós temos de apoiá-los. Bem, eles estão do nosso lado. Não estão? Vim como secretária de uma equipe de observadores da ONU. E fiquei passando umas férias. Sim, falamos disso mais tarde. -Deve estar precisando se lavar. -Sim, por favor. Vamos ver o que se pode arranjar. Ben? -Ben! -Senhor. Mostra-lhe o lavabo. Por aqui, senhora. O resto, endireite-se depressa. -Quando vai de licença? -Depois de amanhã. Não me parece que vai conseguir, não é? É pouco normal termos um soldado raso na casa dos Sargentos. É melhor ficar no armazém. Sim, senhor. -Wilkes? -Senhor? Ande sempre com o cartão, rapaz. Nunca saia sem o seu B-2601 . Queixo para cima, queixo para cima! Ouça bem, Wilkes. Aturo sempre um bom soldado, sejam quais forem os seus defeitos. O que não aturo são vagabundos, maltrapilhos, e advogados de gentinha. Já me fartei de dar cabo dessa gente. Se eu gostar de você, rapaz, serei seu amigo e conselheiro. Se me ofender, te arranco os intestinos e penduro em volta do seu pescoço, e torço até parecerem salsichas! Boa noite. Boa noite, senhor. Sargento-mor Lauderdale. É a Sra. Barker-Wise. Espero não interromper em nada. Não, senhora. Estávamos só discutindo disciplina. Permita-me apresentar-lhe o sargento Prideaux. Sargento Brown, sargento Drake, sargento Dunn, 1º sargento Smith. E este é o solda... -O soldado raso Wilkes. -Como vai? Tire a boina. -Sente-se, senhora. -Obrigada. -Que tal uma caneca? -Posso beber um uísque? Cabo Abou? Um uísque bem servido. E você, Wilkes? Obrigado pela simpatia, senhor. Também quero um uísque, por favor. -E os pedidos de costume, cabo. -Senhor. Vamos, rapazes. Vamos. Muito informais. É a primeira vez que temos a honra de receber senhoras nesta casa. -Senhoras? -Sim, vamos, rapazes, sentem-se. Sim. Deve estar chegando a outra. Secretária. Ficou retida no aeroporto. Que grande ocasião. De fato. Também é uma grande ocasião para mim. É raro uma pessoa poder ver as coisas com os próprios olhos, especialmente o novo Exército africano. Depois do jantar, podíamos sentar para eu fazer umas perguntas. Sim. Bem, desde que não se infrinja a Lei de Segredos Oficiais. Acho que não vamos fazer isso. Não, estou mais interessada na forma como se dão com os vossos camaradas africanos. Quando vão estar prontos para tomar posse absoluta? Esse tipo de coisas. Senhor. Entre. Boni. Pronto para as rondas? Mas o que...? Capitão Abraham, está preso em nome do novo Governo. É isso mesmo. Disciplina. É preciso disciplina para tudo, seja para gerir um bar ou o Exército. É esse o problema do mundo. Não sabem o significado da palavra. Na minha 1ª parada numa igreja, desmaiei na frente do general Ironhead. O que ele fez? Não me deixou sair do local da procissão sem autorização. Seção 40 da Lei do Exército. Nunca mais voltei a desmaiar. Agora aboliram a parada nas igrejas. O general deve sentir-se muito frustrado. Morreu. Caiu de uma falésia em Ramsgate por causa do vento. Partiu o pescoço. Uma tristeza. -Está mais fresco aqui fora, não? -Não. Já recuperou da viagem de táxi? Quase, mas estou feliz por estar aqui comigo. Não teria feito muito se não tivessem aberto a porta, -a não ser refilar. -Estavam muito zangados, não? Sim. E desataram a rir depois. Presumo, sargento-mor, que não acredita que todos os homens são iguais? Iguais, minha senhora, mas diferentes. Sim, vejamos o cavalo e a zebra. São mais ou menos iguais. Mas se os criarmos lado a lado e dermos a mesma comida, no mesmo clima, um deles estica o pernil, não é, minha senhora? Mas há milhares de africanos vivendo no nosso clima, comendo a nossa comida e não esticam o pernil. O meu grupo entretem dúzias todos os fins-de-semana. O próprio tenente Boniface já esteve em minha casa em várias ocasiões. E quase sugere que ele seria incapaz de inventar a roda. Ninguém está autorizado a abandonar as imediações da casa. -Estamos entendidos? -Quem é você para dar ordens? Tenho um batalhão armado cercando o edifício. Não tenho que lembra-lo da pena por motim armado, Sr. Boniface. Não, não tem. Mas isto não é um motim. -É uma mudança de estrutura. -Pode chamar do que quiser. Aconselho-o a voltar para a festa e esperar por ordens. O que acha? Liga para a casa Sul. Alô? Não há linha. Nos tem nas mãos. Não temos armas, estamos cercados e temos aqui uma dúzia de enfermeiras. Ele pode manter-nos aqui durante dias. Que bela idéia! Um jovem Masai. Vivia de leite e sangue de touro. Bom guerreiro. Este janota vem do Norte, é um chefe Turkana. Bem, este... Sim, bem. Está na hora do jantar. Dodger, diz ao corneteiro para dar o sinal. Senhor. Que maravilha, Wilkie. Como se chama? É o Archie, mascote da nossa companhia. Vamos, faça-o falar. Não queria interromper a diversão, Wilkie, mas viu por aí um corneteiro? -Um quê? -Um corneteiro, Wilkie. Um homem que toca corneta. Só está aqui o Wilkie... O soldado Wilkes e eu, sargento. Certo. Bem, obrigado, senhora. Obrigado. Aquele soldado vai pegar primeiro se ninguém se apresentrar. -O corneteiro não se apresentou. -Não se apresentou? Ponha-o nas regras da companhia logo pela manhã. Sim, senhor. Soldado Wilkes, entre outras habilidades, por acaso não toca corneta? -Não, senhor. -Não. Mas toco muito bem harmônica. Está brincando? Não, senhor. O prestígio do Exército britânico tem decrescido nos últimos anos. Não ao ponto do toque de chamada ser dado com uma harmônica! Ainda assim, não podemos ir jantar sem a chamada. -Músculos! -Senhor. Ponha o disco Chamadas de Corneta do Exército Britânico. Tem as chamadas lá. Há muitas outras primeiro. A “Jankers”. A “Last Post...“ -Deixe estar! Ponha-as todas! -Senhor. -A minha mala. -Está ali. Que maravilha, não é? Os soldados ficam com medo e os oficiais olhem. Olhem o que nos calhou. Não sei. Ela me parece melhor a cada minuto. Não se acanhe, Músculos. Aumente para as pessoas ouvirem. Sargento-mor, leve estes homens para o calabouço. Quero-os duplamente vigiados. Amanhã serão levados para Batasi e acusados. -Acusados de que, Sr. Boniface? -Traição! -Contra o novo Governo do Povo. Sargento. Todos tem bebida nos copos? -Sim, obrigada. -Ótimo. Esta é uma ocasião muito especial. Quietos! Vamos, sentem-se. O que é, sargento-mor? Exercícios de tiro, senhora. Como eu estava dizendo, é uma ocasião especial. É a primeira vez que temos senhoras na casa por ocasião do aniversário de Sua Majestade. Não devemos deixar a conversa interferir na refeição, mas, antes de começarmos, como oficial superior desta casa, tenho a honra de propor o brinde real. Assim, se os vossos copos estiverem cheios, façam o favor de se levantarem. Senhoras e senhores, Vossa Maje... Faça o que puder por ele, Ben. Ajude-o, Músculos. Schoolie, o kit de primeiros-socorros. Senhor. Abou, e os outros não apareçam. Fiquem aí. -Vai, anda. -Senhor. Digger? Ajude os rapazes. Veja se as traseiras estão livres. Posso ajudar? Eu tive treino. Obrigado, senhora. -Dodger, apague as luzes. -Senhor. -Wilkes? -Senhor. Traga a sua espingarda. -Tenho uns binóculos no meu saco. -Muito bem. Vá buscá-los. Ótimo. Siga-me. Não consigo reconhecer o filho da mãe. Estão debandando. Deve ser da companhia do QG. Muito bem, Wilkes, fique aqui. Se ver algo se mexer, grite. Não tem que ser educado e esperar que eu acabe de falar. Grite. Sim, senhor. -Seu veículo ainda está lá atrás? -Sim, senhor. Afaste-se daquela janela. Ligue o motor silenciosamente. -O que é? -Viu alguma coisa? -Viram alguma coisa nas traseiras? -Não, senhor. -Está? -Ele está muito ferido. -Está? Disse quem foi? -Nem um pio. Ainda está inconsciente. Um motim, Ben. É como o Monstro do Loch Ness. Já tinha ouvido falar, mas nunca tinha visto ele. O que vai fazer, senhor? Antes de mais nada, vamos arranjar armas. Como vamos fazer isso? Vamos até o depósito e pegamos. -Sem mais nem menos? -Sim. Pegamos. -O motor está ligado, não percebo... -Não é preciso. Vai dirigir. -Como estamos de batatas? -Temos muitas. Coloque no bunker. O Schoolie ajuda. Soldado Wilkes? Ben, antes de ir, preciso das suas chaves. Músculos, Digger. Vêm comigo. Agora, rapaz, fique atento. Vai ficar sozinho por um bocado. -Sim, senhor. -Calculo que saiba usar isso. Sei como usar, mas nunca disparei numa ação. Meu Deus, que Exército. -Venham comigo, rapazes. -Sim, senhor. Não estamos aqui fazendo castelos na areia. Vamos. Vamos, depressa, vamos ficar aqui a noite toda. Dá isso aqui antes que desmonte todo. Eu cavo e você grunhe. Devagar, Dodger. Cabo Ntimba, saia da frente. Já viu a minha cara antes. -O tenente Boniface disse... -Vamos, vamos! Arranca. Era o cabo Ntimba. Nunca vai chegar a sargento, não tem iniciativa. PERIGO NÃO FUMAR Alto! Quem vem lá? Homens. Abre, Digger. Tira o dedo da cavilha, soldado Juma. Quantas vezes já te disse? À vontade, rapaz. Não pode entrar aí, senhor. -O tenente Boniface deu ordens. -Vamos ver isto. Não me parece limpa. Lubrificou esta cavilha? Tem de fazer melhor do que isto, Juma. Cabo Ntimba. Arma primeiro, Digger, três delas. Músculos, as munições. Senhor. Chaves. -Digger, Sterlings. -Aqui, cartucheiras. Dodger. Dá uma aqui. Esperem um minuto. Podem continuar. E tranquem a porta. GRANADAS Atrás de você. Cabo Ntimba. Se aproximar, leva chumbos na goela. Pronto. Vamos voltar. O velho perdeu o Cerco de Tobruk. É esse o problema dele. Nada de estarem desocupados. Tirem esses sacos do perímetro. Isto não é um acampamento individual. Muito bem, mexa-se. Vamos, vamos. Olá. -Fique com ele, Sra. Eriksson. -Sim, claro. Não se canse. Estão de volta? Vamos limpar as armas, rapazes. Dodger, quero essa primeiro. -Músculos, traga as granadas. -Senhor. -Como está o capitão Abraham? -Exijo saber o que se passa. O que estão fazendo ao certo? Neste preciso momento, estou carregando uma metralhadora. Já pensou que os rebeldes nos deixaram em paz porque não estávamos armados? Que o que fazem pode causar mais derramamento de sangue? É uma questão de opinião. A senhora me surpreende. Pensei que acreditasse que todos os homens são iguais. É claro que sim. É exatamente isso. Eles tinham armas e nós não. -Isso não é igualdade, não? -Senhor? -Soldado Wilkes. -Senhor? Para a próxima ponha em segurança, Dodger. Sabe o que é isto? É uma Sterling SMG. Já disparei uma. Isso não é raro. Todos aqui já dispararam uma. Exceto a Sra. Barker-Wise. Volte lá para fora. Deve haver uma forma de parar esta loucura. Por que não tenta contatar a outra parte? -Já fiz isso, senhora. -Já? -Outra caixa de 9 mm. -Por que não disse o que aconteceu? -O que se passa? -Este cano está avariado. Deixa ver. Dê mais um puxão. -Pode dizer o que se passa? -Nada de mais, senhora. Encontramos os homens do tenente Boniface na casa das munições. -O Boni? Ele está no comando? -Ferrugem! Vou responsabilizar alguém quando isto acabar. Dodger. O tenente Boniface está no comando? Deu essa impressão, senhora. Sim. Graças a Deus, graças a Deus. Eu não diria isso. Deixe-me falar com ele. É um homem civilizado e culto. Vai mr ouvir. Por favor, me arranjem transporte. -Está mais segura aqui. -Mais segura? No meio desta conspiração de pólvora? -Muito bem, vou a pé. -Músculos, vigie a porta. Pretende me manter aqui à força? Ouça bem, senhora. Agora não está no Parlamento. Isto não é a Inglaterra. Eu conheço estas pessoas melhor do que a senhora. E não pense que sou movido pela cor da pele deles. O que temos de bom, eles também tem. Mas o que tem de mau é tão mau quanto o nosso e isso é péssimo. Sou responsável pela sua segurança enquanto estiver nesta casa. Enquanto estiver aqui, obedece às minhas ordens! -Se não gostar, vai ter de aguentar. -Isto é intolerável. Concordo, mas não me culpe. Culpe os seus africanos inofensivos. Culpo-os? Quem pôs as armas nas mãos deles? Quem os ensinou a atirar? O senhor. Se não fossem as pessoas como nós, a senhora não poderia andar por aí com as suas idéias ridículas e mal preparadas. Esse comentário, sargento-mor, pode custar sua patente. Fique com ela até se acalmar. Não a deixe sair da casa. Que grande chata. Não admira que os oficiais a tenham deixado conosco. Aposto que as enfermeiras não se importam de ficar trancadas um ano. Desde que alguém possa tricotar. Tem de admitir que a sacana tem fibra. Só espero que não chegue à primeira-ministra. -Russell. -Coronel Deal. Ainda bem que chegou. O Sr. William está à sua espera. -Esta noite vai ser longa. -Temo que sim. Uma mudança de Governo afeta muita gente. -Já chegámos a isso? -Sim, penso que sim. Mantenha-me informado. -Olá, John. -Sr. William. -Tony. -Olá, senhor. -Veio depressa. -Pareceu-me sério. Sim, é. As coisas aconteceram depressa desde que falamos. -Uísque? -Sim. Obrigado, senhor. Digamos que a situação é delicada. Ouvi dizer que o Presidente vai sair do país. Vai levar as mulheres com ele. Isso vai deixar o caminho livre para os rebeldes. Acho que devíamos deixar de chama-los de rebeldes. De manhã, podem muito bem ser o novo Governo. Fantástico. Em menos de 36 horas. Sim. Não há dúvida que foi bem planeado. O Harry Jobila tratou de tudo. Parece que agora não há como botar a mão nele. Desculpem. Sim? Quando soube disso? Está bem. Ligue-me mais tarde. As Minas Afro-Bretanha. Os novos líderes acabaram de tomar posse. Sabem o que isso significa? A riqueza deste país. E o Harry Jobila não é bobo. Não faz sentido. Cinco anos na cadeia. A seis meses de sair, vai a caminho do palácio presidencial. Passou aqui seis meses como jardineiro. Conheci-o bem. Um mau jardineiro. Espero que dê um melhor Presidente. Ir para a cadeia é considerado um atalho para o poder hoje em dia. Espero que isso nunca aconteça no Exército. Entre. Uma mensagem via rádio da base aérea. -Os do Jobila estão no comando. -Há baixas? -Não, senhor. -Ainda bem. Ligue para o acampamento, Tony. Pode ser? -Sim, sim. Use este. -Quero falar com o capitão Abraham. Passe-me ao acampamento Batasi, por favor. O que vai acontecer? No futuro, quero dizer? Penso que, assim que a situação estabilizar, irão querer que continuemos como de costume. O Jobila irá precisar de todo o apoio e conselhos que conseguir, se quiser cumprir algumas das promessas que fez. Agora é preciso aguentar. E, acima de tudo, ficarmos quietos. Com licença. Aconteceu alguma coisa com a linha do acampamento. Não conseguem estabelecer contato. Dá isso aqui. Alto. Quem vem lá? Esquadrão, alto. Sargento-mor? Grupo armado, uma dúzia de homens. Quem vem lá? Tenente Boniface. Avance desarmado para ser reconhecido. Vocês dois, venham comigo. -Músculos. -Sim, senhor? Vá para dentro e vigie bem a Sra. Barker-Wise. Veja se ela não aparece até essas pessoas irem embora. -Entendido? -Sim, senhor. Boa noite, sargento-mor. Espero que isto não seja muito inconveniente. É um prazer, tenente. Espero que assim continue. Ok, tenente. Boa noite, cavalheiros. -Boa noite. -Boa noite. Bem, senhor. Sargento-mor, venho informá-lo que tomei o comando do batalhão do capitão Abraham. Por isso, irá considerar-me como o seu oficial no comando. Só conheço um oficial no comando. É o coronel Deal. Pelo que sei, o capitão Abraham tem o comando temporário do batalhão. Pelo que sei, o capitão Abraham é um traidor. E além disso, está morto. Só acredito quando ver a lista das baixas. Entretanto, retire a sua boina enquanto estiver nesta casa, -e peça à sua escolta que o faça. -Muito bem. Não estou interessado em etiqueta neste momento. Sr. Boniface, sou membro desta casa há 23 anos. Nesse tempo todo, nunca vi ninguém, homem, mulher, criança, sargento, graduado, marechal de campo ou primeiro-ministro, entrar nesta casa de chapéu na cabeça. Também não o verei agora. Muito bem. Se isso o preocupa. Bem, posso ajudá-lo? Quero que compreenda, sargento-mor, que te dou proteção se cooperar comigo. O seu futuro no meu país é muito limitado, convenhamos. Disse “limitado”? Isso é uma palavra muito elástica. Será enviado de volta ao seu país, de acordo com as regras. Neste momento, o novo Presidente está pensando no assunto. Qual é o seu papel, Sr. Boniface? Como oficial leal. -Qual é o seu papel? -Leal a quem? Aos lacaios corruptos que o seu Governo deixou para nos liderar quando nos concederam a nossa pretensa independência? Então, acha que os soldados não deviam ser revolucionários? O vosso Cromwell era um soldado, não era? Não se apoderou da Irlanda, sargento-mor? Sabe bem que foi só para o bem deles. Os irlandeses sempre foram obstinados. Muito obstinados. Quanto a mim, sou um soldado. Não entendo de política. Bem, eu entendo, sargento-mor. Devido à educação política, tenho obrigações com a sua compatriota, Sra. Barker-Wise. Não vim aqui para discutir política. Vim dizer a todos que deverão ficar aqui até ordens em contrário do novo Governo. Os meus homens irão cercar a casa e disparar contra quem tentar sair. Entretanto, vou tomar posse do acampamento em nome da nova república. Sargento-mor, irá me entregar todas as vossas armas e munições. Serei responsável pela vossa segurança. Estamos entendidos? Também retiro os vossos criados, que terão de andar armados. Cabo Abou. Soldado Daniel. Recolham toda a prataria da casa. E o vosso kit. E se apresentem na sala de serviço. Entenderam? -Sim, senhor. -Sim, senhor. Bem, sargento-mor, se deixar as suas armas na varanda, enviarei homens para recolherem. -O informo dos desenvolvimentos. -Só um momento, senhor. Se fizer favor. Então? Agora ouça, Sr. Boniface. Sou um soldado profissional, nascido do outro lado da rua do quartel de Wellington. Alistei-me aos 17 anos. Aos 24 já era sargento, ao serviço na fronteira Noroeste da Índia. Às vezes, ficava acordado na minha tenda com uma lanterna, por vezes numa tempestade de neve, lendo sobre as façanhas de outros soldados britânicos. Às vezes, ficava na minha tenda gelada suando. Gotas de suor escorrendo pela cara por uma batalha com 200 anos. Mais tarde, também fiz serviço ativo. Onde quero chegar é a isto: toda esta experiência de guerra, imaginária e não só, me dá certa liberdade para encarar este mal-entendido com algum sang-froid. Isto não passa de uma mosquinha. De uma rebelião sem importância. -Não, me recuso a... -Quanto às armas, tenho ordens superiores para as manter e matar moscas com elas. E até receber ordens em contrário da mesma fonte, pretendo ficar com elas. -Ouça... -Quer fazer o favor de me ouvir? Parece que se apoderou deste batalhão num ato de insubordinação. Tem direito aos criados da casa, porque são seus compatriotas, não meus. Tem direito aos bens da casa porque ela está no seu território. Mas se, por algum momento, acha que vou entregar as vidas destas pessoas à custódia de um mestiço enervado, de um triste guerreiro de fantasia como você, está muito enganado. Entendeu? Completamente, sargento-mor. Sempre soube que esse ia ser um rapaz servil. Isto já o amansa por um tempo. Desde que os criados não digam que temos o Abraham. O Abou não diz. O Abou é da mesma tribo que o Abraham. O Boniface vem da costa. O povo do Abou considera todas as tribos costeiras muitos níveis abaixo de uma ratazana. Esperamos que tenha razão. Sargento-mor, que direito tem este homem de me manter presa naquele quarto? A minha autoridade, minha senhora. Então, estou presa? Ainda não, minha senhora. Ainda não. Sargento-mor, posso acabar com este disparate ridículo em cinco minutos, e levar o capitão Abraham para um hospital. Imploro, por favor, me leve até o Boniface. Não, minha senhora. Por uma razão muito boa. Seria uma perda de tempo. Ele já veio aqui visitar-nos. Aquele rapaz? Quer dizer que ele esteve aqui? Saiu há alguns minutos. Queria me dizer que tomou o controle do batalhão por meio de motim. E se fôssemos todos bonzinhos, garantia que nada nos acontecia. Mandei-o embora com a pulga atrás da orelha. Fez o quê, seu idiota? Por que não me deixou falar com ele? Conheço o Boniface como o meu próprio filho. -Disse-lhe sobre o capitão Abraham? -Não. -Porquê? -Se me dá licença, minha senhora, -tenho que cumprir as minhas ordens. -Se ele não vai a um médico, morre. Todos morremos algum dia. Se o entregasse ao Boniface, não haveria esperança que o salvasse. Besteira. Ele é muito humano. Os seus princípios são sólidos. Todos guardam alguma coisa na manga. Deixa eu dizer que a sua estupidez está pondo nossas vidas em perigo. Falar de princípios com algo na manga, isso é um exemplo perfeito da sua mentalidade. O senhor é uma arma viva. Transformaram-no numa espingarda humana. Tiraram-lhe a personalidade, pouco a pouco, ao longo dos anos, e substituíram-na por uma espécie de recheio militar. “Esquerda, direita, volver, obedecer, lutar, matar!“ -Não seja impertinente, senhora. -Só sabe isso! Um instrumento, pronto para pôr no ombro de alguém. Um gatilho à espera de servir. Pois então, tenha cuidado para eu não disparar. Como é a sua vida? Uma rotina chata, lamber botas à espera de uma guerra. A única maneira de ter satisfação pessoal é morrer em serviço. Por que não para de cacarejar como um bando de galinhas? Wilkes, volte para a vigia. Schoolie, arrume as munições. Sra. Eriksson. -Cozinha? -Sim. Acho que o jantar está estragado. Talvez possa fazer alguma coisa? Sim, senhor. Músculos, Digger. Arranjem a mesa. É o aniversário da rainha. Mesmo que tenhamos de comer sanduíches de parafina e farinha, vamos comemorar: Com ou sem a nossa distinta convidada. Dodger, não fique aí parado olhando! -Arranje-me uma bebida. -Sim, senhor. BATASI - 8 QUILOMETROS Mas o que acham que estão fazendo? Façam o que eu mandar e não têm com que se preocupar. Larguem os vossos revólveres, os dois. -Não. Por que autoridade? -A autoridade do novo Governo. Ouça bem. Este revólver vai ficar onde está até ver uma ordem assinada por um membro legal do vosso Governo. Muito bem, coronel. Agora andando. Entretanto, é melhor mandar os seus homens trocar o pneu. -Soldado Wilkes. -Sim, senhor? É melhor ouvir isto. Já alinhavei os pormenores da vigia e as ordens de amanhã para o batalhão. Quanto às dormidas, a Sra. Eriksson ficará no seu quarto, Dodger. Você fica com o Digger. A primeira vez que tenho uma garota no quarto, me tiram de lá. Ben, Sra. Barker-Wise fica no seu ninho, -e você fica com o Músculos. -Que felicidade. Schoolie, a postos. Estou aqui dentro. Dormem todos vestidos. Isso inclui as botas. Se alguma coisa acontecer, não quero ninguém apanhado desprevenido polindo as botas. Alvorada à hora de costume, seis horas. O último homem de vigia pode descansar mais meia hora. Ben, assim que mudar o kit, rende o Wilkes. À vontade. -Anda, querido, vamos dormir. -Sai daqui. Calculo que saiba que isto é contra os Regulamentos da Rainha. É melhor eu voltar. Boa noite. Já sabe o que fazer se fizer calor no seu quarto. Não. O quê? Bem... Deixa a janela aberta. Muito bem. Venho te render, Wilkes. Coloquei um colchão na despensa, é melhor ver se dorme. Está bem. Acho que vou só dar um passeio -antes de me deitar. -O quê? Dar um passeio? Anda passeando há duas horas. O que se passa contigo? -Insonia. -O quê? -Insonia cronica. -Espera. É melhor ir a um médico, sabia? Ainda fica com olheiras. Boa noite. Boa noite. Boa noite. Seu sacana matreiro. Quem é? Não há problema. Sou eu. -Olá, Wilkie. -Olá. Espera um minuto. Schoolie? -Tudo sossegado, Schoolie? -Como num cemitério proverbial. Deixa os provérbios. Não consegui esta patente com provérbios. A não ser que fosse “Deus ajude os que se ajudam.“ Sra. Barker-Wise. Diz a estes homens para tirarem as mãos de cima de mim? Tem que desculpá-los. Dei ordens para ninguém sair da casa. -Por favor, sente-se. -Obrigada, Boni. Tinha que falar contigo. -Sobre o quê, minha senhora? -O capitão Abraham. O capitão Abraham? Chegou à casa ontem à noite. Foi ferido. Talvez tenha sido um acidente, não sei. Mas precisa de cuidados médicos imediatos. Não tem problema. Garanto que será levado imediatamente. -Está resolvido. -Obrigada, Boni. Sabia que era uma questão de bom senso e de razão. Vou preparar o capitão Abraham para a ambulância. Lamento, não posso permitir isso. Tenho que pedir para ficar aqui. Não compreendo. Esquadrão, alto! É assim que vai buscar o capitão Abraham? Se necessário. O que vai acontecer-lhe? Vai ser acusado de traição. Se for culpado, será fuzilado. Mas o que ele fez? Sabe-se que ele se opôs ao Partido de Unidade Nacional. É tudo? Me esqueci, é membro do Parlamento. Fazemos as coisas de forma diferente. Talvez tenhamos mais pressa. Boni? Eu... Não compreendo. Você... Quando esteve na Inglaterra, era... ...tão diferente. Sim. Na época, era mascote africano, não era? Sentava aos vossos pés, para te ouvir falar. Meu Deus, como vocês falavam. Ninguém fala melhor que os britânicos. Drogam-nos com conversa. Quando acordamos, ainda têm os pés no nosso pescoço. -Agora, se me dá licença. -Mas, Boni! Ouçam. Devido a uma grosseira negligência, a Barker-Wise escapou da casa. Não culpo apenas um, mas todos. Têm andado por aí na hora do sono, por isso, cuidado. Podem fechar os olhos, mas não desliguem o cérebro! -E confiram as vossas armas. -Desculpe, senhor? Muito bem, dispersar. O que é que você quer? O Sr. Boniface está aqui, senhor. Com um grupo armado. Ele vai entrar sozinho. Não fiquem na janela. Dispersem pela sala. -Digger, Músculos, para o outro lado. -Sim, senhor. Bom dia, cavalheiros. Sargento-mor, vou direto ao objetivo desta visita. Soube pela Sra. Barker-Wise que ela esteve aprisionada. Para sua própria segurança. E agradecia que a devolvesse à minha custódia. Ela insistiu em regressar a Batasi, sargento-mor. Mas temos algo mais importante para discutir. Tem aqui um oficial ferido, o capitão Abraham. Não é? A Sra. Barker-Wise informou. -Ela está enganada. -Mulheres com a inteligência dela não cometem erros assim. Sei que o capitão Abraham precisa de tratamento médico. Se o entregar, assegurarei de que ele... Aqui não tem nenhum oficial com esse nome: Não me faça perder tempo! Insisto que me entregue o capitão Abraham. Ele é obrigado a responder por crimes contra a nova república. Isso é com ele, não é comigo. Está sendo muito estúpido. O assunto do capitão Abraham é assunto do Governo. Entregue-o imediatamente. Sr. Boniface. Suponhamos que o capitão Abraham estava ferido e tivesse recorrido a mim para obter proteção. Nesse caso, não o poderia entregar sem ordem direta do coronel Deal! Entenda que quem dá as ordens sou eu e o senhor obedece! Pela primeira vez, na história do meu país, os africanos estão pondo balas nas culatras, e dando ordens para disparar! Sério, Sr. Boniface? Acho que nunca encontrei um incapaz do seu tamanho e feitio. Desperdiçou a sua vocação. Devia estar em Hyde Park! Se por acaso puser alguma bala numa culatra, espero que se lembre que a parte pontiaguda é para a frente! Correm um grande perigo! Todos vocês! Já se recusaram a entregar as vossas armas. Agora se recusam a entregar um oficial procurado por traição. Sargento-mor, tem uma hora para mudar de idéia. Se não me entregar o capitão Abraham até lá, destruirei a casa dos Sargentos e todos os que estiverem dentro! Uma hora, sargento-mor. Batalhão, sentido! Nos pagam adicional de risco por causa disto? -Ele devia estar blefando. -Blefando! Uma ova que estava! Não podem fazer isso, podem? Não está nos Regulamentos da Rainha. Está lá sim. Têm de tudo ali. Devíamos entregar o capitão Abraham sob garantia de salvo-conduto. -Depois estavamos livres. -Salvo-conduto? -Quanto tempo duraria isso? -Não é problema nosso. Podemos sempre dizer que quebraram as promessas. Não é conosco? Seu idiota... Põe um homem nos braços de um esquadrão de fuzilamento -e diz que não é conosco? -Está querendo, não é? O que ele fez para você? Ou para qualquer um deles? Digo o que ele fez para mim. Uma noite, estava cansado. Às quatro horas alguém me abanou quando eu estava dormindo. Era o Abraham. Sabe o que disse? Eu digo o que ele disse. Ele disse: “Primeiro-sargento, tive um sonho estranho. Sonhei que fui a uma loja e comprei cem mil espingardas.“ Não precisei de mais, fui ao depósito, vi que tinha esquecido de trancar. Se fosse outro que não o Abraham, ia ao tribunal marcial por negligência. Diz um europeu que não tivesse denunciado isso. Diz um que conheça! Obrigado, sargento. Está tudo bem? Não devia andar por aí. Estou bem. Lamento, senhor. Não posso deixá-lo sair da casa. Não pode me impedir, sargento-mor. Não vê que enquanto estiver aqui estou envolvendo-os nos meus assuntos? Isso é ético? Não me interessa se é ético ou não. Ou se é boa política. Bem, tem sorte. Obrigado pela sua hospitalidade. Ben. Antes de ir embora... Sim, sargento-mor? O que foi? Te ofereci a proteção desta casa. Se insistir em ir contra o meu conselho, assina um documento dizendo que fez da sua livre vontade? Muito bem. Mas peço que se mande. Sim, claro. “Eu, capitão... ...Abe... ...Abraham... ...pelo presente meio... ...declaro que... ...deixo a casa... ...de Sargentos Europeus... ...por minha própria... ...insistência. “ Bem, agora podia assinar isto, por favor? Basta aqui. Já assinei muitas coisas no exército, sargento-mor. É a primeira vez que assino por mim mesmo. Ben, Músculos. Ajudem-no. Levem-no ao quarto dele. Houve ali um momento em que pensei que ele se safaria. Não é com vinagre que se apanham moscas. -Acho que vou emoldurar isto. -Senhor? Dê uma olhada aqui. As antiaéreas. Então, era isso que o sacana queria dizer quando falou em pôr balas na culatra. As únicas armas deste batalhão capazes de nos desfazer. Não que o artilheiro seja muito esperto, mas: : : ...não se erra uma casa de Sargentos a 90m, à luz do dia. A forma mais rápida de colocá-los fora de ação... ...é enfiar uma granada 36 na culatra. É simples. Duas armas. Serão preciso duas pessoas. Sei que todos querem ir e ninguém quer ficar. Por isso, vou me oferecer como primeiro voluntário. Vamos, rapazes. Vamos. Não sejam tímidos. O que se passa com vocês? O gato comeu vossa língua? Não devo ter que escolher alguém. Bem, cavalheiros, vocês me espantam. Sinceramente, me espantam. Digo sinceramente que nunca vi nada assim em toda a minha vida de serviço! Diabos! A primeira oportunidade que temos de ação, em vez de ficarmos sentados como uns inúteis, e não tem um homem entre vocês. Nem um só homem que tenha a coragem de admitir que é covarde. Eu digo o que acontece. Na guerra, só precisava de sair, encontrar o inimigo, e derrotá-lo. Mas estes caras deviam estar do nosso lado. Mas não sabemos em que pé estamos. Eu vou. -Vai, tiramos na moeda. -Eu disse que ia. Muito bem, calma, homens. Eu vou. Afinal, temos que admitir. Está velho para este trabalho. -Estou o quê? -Bem, -tem família. -Calado, Dodger. Ben, só te faltam mais dez dias no Exército, e eu estou levando isso em consideração. Se quiser deixar isso com o Dodger ou o Digger, tudo bem. Deixar com eles? Nem de uma constipação conseguiam tratar. -Sargento? -Sim, o que é? Era mais simples atirar a moeda ao ar, não era? Tem alguém contra atirar a moeda ao ar? Muito bem, mexam-se. Ben? Músculos? Dodger? Digger? Wilkes? A Rainha. Que Deus a abençoe. Muito bem. Somos dois. Aqui está a sua oportunidade de se encher de glória. As 36 estão prontas. É melhor levarmos duas cada um, para o caso de um de nós não passar. A disposição da base. Ótimo. Eu e você, Wilkes. A casa de Sargentos é aqui. As armas estão aqui. Se formos pela frente, eles dão cabo de nós. Por isso, saímos por trás e damos a volta. Como é que atravessam a estrada? Enfiam um bumerangue no rabo até estar tudo terminado? Eles estão se preparando. Está bem. Saímos por trás onde tem abrigo, e damos a volta até ali. Esta é a parte complicada. Ben? Dê-nos dois minutos para chegarmos. Depois quero que atraia a atenção deles. Se aguentar cinco segundos, nós atravessamos a estrada. -Que tal fogo de cobertura? -Com duas antiaéreas em cima de nós? Não. Faça qualquer outra coisa. Uma discussão, uma festa. Lá quero saber, pode até dançar. -Wilkes? Tudo bem até agora? -Sim, senhor. Por que será que não chegou a sargento? Uma vez tive uma divisa. Perdi depois de 15 dias. Depois disso acabar, deve revê-la. Não é tarde para desistir. Assim que atravessarmos a estrada, passamos pelos campos de tiro. -E depois? -Tem muitos abrigos ali. Depois improvisamos. Ben, estaremos no fundo do edifício em dois minutos. E depois esperamos que comece a desordem. Ela deve continuar até as armas explodirem. No meu relógio... ...faltam 10 segundos para as 6:33h. A zero de... ...agora. Vamos, Wilkes. Boa sorte. Me ajuda com o piano. Vai, Wilkes. Adeus. Falta um minuto e meio. -Wilkes? -Sim, senhor? Não... Vamos, Wilkes. Rápido. Ali? Ali? Pronto. Vamos. Dez segundos. Digger, abre aquelas janelas. Quero que consigam ouvir todo o coro. Schoolie, vem aqui dar-lhes música! Três, dois, um. -Vai, passamos a trincheira. -A bandeira de perigo, senhor. Então abaixe a cabeça! -Não entram no top dez com aquilo. -Silêncio! Isso já me ensina a não espreitar pela fechadura. Bem. Vamos sair daqui antes que mandem alguém montar outra vez os alvos. É um maroto. O que fazemos agora, atacamos? Isto já resolveu tudo. Melhor era impossível. Vamos continuar, vamos. Bom dia. Sr. Lauderdale está por aí? Ele... Está fazendo uma coisa lá fora. Presumo que tenham ouvido as notícias. Notícias? Quais notícias? Que temos um novo Governo. O antigo já se rendeu. Passamos a crise sem nos envolvermos. Muito bem. Diga ao Sr. Lauderdale que quero vê-lo quando ele acabar. Continue, primeiro-sargento, vamos. Abaixem-se! Abaixem-se! Acho que o sargento-mor acabou, senhor. -Soldado Wilkes? -Senhor? Ponha a boina. Abotoe-se. Sra. Eriksson, muito obrigado pela sua ajuda. -Adeus, sargento-mor. -Bon voyage. Adeus, senhor. Wilkes? Lembre-se que há pessoas com o sono leve. Para a próxima, não pise forte com as botas. -Bom dia, sargento-mor. -Bom dia, senhora. Deixo vocês hoje. Creio que na sua viagem deu para conhecer alguns fatos. Talvez alguns sobre o tenente Boniface. Coronel Boniface, sargento-mor. Se te serve de consolo, desaprovo tanto os métodos dele quanto os seus. -Coronel Boniface? -Sim, Sr. Lauderdale. Vejo que já se vestiu para a parada cerimonial desta tarde. Sim, senhor. Do que se trata, senhor? Bem, é algo inesperado. É para celebrar a tomada de posse do novo Governo. O coronel Boniface vai receber as saudações. Agora é o governador militar da província. Penso que, dadas as circunstâncias, seria melhor encarregar o primeiro-sargento da parada. Muito bem, senhor. Ficará feliz por saber que o novo Governo escolheu ficar na Commonwealth. Por isso, é claro, vamos continuar como antes. Muito bem, senhor. O que vai acontecer ao capitão Abraham, senhor? O novo Presidente deu-lhe um salvo-conduto para fora do país. Ainda bem, senhor. Sim. Mas tivemos que nos comprometer. O general McClellan disse, esta manhã, que o Boniface exigiu que o senhor deixe o país dentro de 48 horas. O general considera o pedido completamente injustificado. Boniface também quer que instauremos um processo disciplinar contra você. O que significa isso? -Tribunal marcial? -Não. É claro que não vai chegar a tanto. Pedimos tempo para considerar o assunto. Mas o general acha sensato você ir no primeiro avião para Inglaterra. Muito bem, senhor. Vou arrumar as minhas coisas. Suponho que não te sirva de consolo, Sr. Lauderdale, mas, no seu lugar, faria o mesmo. Passo por passo. -Músculos? -Senhor? -Digger? -Senhor? Reponham as armas. -Schoolie? -Senhor? -Despeje esses sacos de areia. -Sim, senhor. -Dodger? -Sim, senhor? Verifique as viaturas e faça uma lista das avarias. Sim, senhor. Senhor? Veja o que pode fazer quanto à prataria da casa, por favor. E, Ben? Vai tratar da parada desta tarde. Sirva-me um uísque, por favor, cabo Abou. Senhor? É tudo, rapaz. Legendagem: SDI Media Group.

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