Artigo 852 B Clt Planalto

Technical Career Institute College of Technology - Olá Desde que comecei esse projeto, acabei com muitas fotos assim. De mim nesse tipo de quadro maluco do Francis Bacon. Ou variações desse reconhecimento de padrões. Esse é com certeza meu preferido, sou eu jogando xadrez com um robô-gato. A função de reconhecimento facial trabalha no seu humor e muda o estilo de jogo O gato muda seu estilo de jogo de acordo com o que ele.. pensa que você está fazendo? E tipo, esse sou eu o tempo todo Eu fico olhando para o tabuleiro absorto em interesse ou principalmente confuso O que mais me lembra é uma das minhas frases preferidas no mundo que é o epitáfio do Man Ray, ele tem na sua lápide: "Despreocupado, mas não indiferente" É isso que o gato está encarando em mim: "despreocupado, mas não indiferente" Eu quero começar falando de livros, porque é desse mundo que as coisas vêm E porque tudo isso aconteceu comigo pelo menos? Eu sou um editor por profissão, fui por um longo tempo. Ainda sou de alguma forma. Eu era um editor de literatura, publicava ficção contemporânea. Publicava ficção antiga porque não tem direitos autorais e eu não precisava pagar por ela. Enquanto eu publicava, isso foi anos atrás As pessoas começaram a notar que e-books estavam vindo E isso foi nos dias dos papéis tradicionais, uns quatro anos atrás... ...antes dos e-books. E o pessoas da área, pessoas que amavam livros e pensavam muito neles... ... você falava de e-books com eles e eles ficavam "não, não".. "isso nunca vai acontecer, não podemos deixar isso acontecer. Eles vão ser péssimos e ninguém vai gostar" Essa era a suposição pública, porque além de editores somos leitores que amamos livros. A certeza de que livros quando ficam digitais seriam... eles não seriam.. Não nos interessaríamos por isso. Isso seria errado. E sabe, todos estavam muito, muito errados sobre isso Imagino que uma parte grande de pessoas aqui tem um kindle ou lê e-books de alguma forma... ... ou conhece alguém que faz isso, já notou alguma pessoa mais velha que começou rapidamente. Tipo, meu pai comprou um Kindle antes de mim. Meu pai tem 60 e poucos e só lê ficção militar... ... digo, história militar. Deus sabe que ficção ele lê.. Mas isso aconteceu! Aconteceu muito, muito rápido. E confundiu todo mundo. Pelo menos confundiu pessoas do mercado editorial... ... que achavam que entendiam de leitura, de literatura. Mas por um tempo eu tenho dito pras pessoas do mercado: Isso vai acontecer e talvez devêssemos nos preparar.. .. talvez devêssemos pensar no que significa, como uma indústria. Porque vai ser intenso como foi, a Amazon está comendo todo mundo e blablabla. Mas nessas conversas eu tentava entender com as pessoas... "Por que você não acha que e-books vão acontecer? Por que não? É óbvio... ... não precisa mais carregar livros o tempo todo, e eles vêm do ar e é ótimo." Você tem conversas interessantes com pessoas sobre.. sobre por que acham que não aconteceria. E sempre tem as mesmas respostas, basicamente.. Respostas completamente preocupadas com a fisicalidade do livro. Pessoas falavam sobre o peso do livro, a sensação do papel, longos discursos sobre o cheiro do livro. Se olhar pra trás, é meio óbvio daqui que ninguém falava do cheiro do livro até se preocuparem com ebooks Tipo, quem liga pro cheiro de um livro? Ou ler na banheira, alguns dizem, é quase válido. Mas não devemos estar longe de um Kindle à prova de água. Mas tem esse foco insano na fisicalidade.. ... e são as mesmas pessoas que te diriam "não julgue um livro pela capa" O texto, a história é o que importa. Mas assim que você digitaliza isso elas surtam. E isso é estranho.. Pessoas ainda fazem isso, praticamente todo mundo que não gosta de e-books vai te dizer isso. E ainda assim, nós mudamos pra e-books. E estamos na transição, mais e mais cada ano... ... praticamente uma subida. Então o que aconteceu? E a minha opinião pessoal é que não tínhamos as metáforas para entender a transição ocorrendo. Não tínhamos como processá-las, então embutimos inteiramente essas ideias sobre o físico. Falamos incessamente sobre o toque do papel, o cheiro do livro, mesmo sendo coisas completamente irrelevantes. Porque não tínhamos onde colocar nossos medos do que iria acontecer... ... essa desmaterialização do livro. Nós identificamos a importância cultural da literatura tão próxima de seu objeto físico ... que só podemos atrelá-la a sua fisicalidade. Acontece que o que realmente importa nos e-books... ... são coisas como a habilidade de discuti-lo, de se achar nele, algo não resolvido, a navegação no texto. Coisas como poder marcar a página, sensações de posse são importantes. Sentir que o livro é seu e entender o que acontece com ele depois que você lê. Os livros são souvenirs, colocamos nas prateleiras e isso é uma parte importante. Ainda estamos descobrindo como fazer essas coisas com e-books, mas tudo isso são efeitos completamente cognitivos. Quando falamos da fisicalidade dos livros. E quando você começa a mergulhar nessas dissonâncias cognitivas... ... você entra na transformação, acha outras coisas estranhas também. Estou obcecado com muitas coisas. Especialmente com a infra-estrutura por trás de livros. A infra-estrutura por trás desses sistemas que estão sendo posicionados. Esse é o depósito da Amazon em Wales, o maior depósito da Europa, acho, ou um deles. Em uma escala verbal: grande pra caramba absolutetely ramb...----------- Esse é o tipo de estrutura necessária para suportar algo como a Amazon. E quando você começa a pensar na infra-estrutura digital por trás disso, tem ainda mais. Essa é só a infra-estrutura física, para mandar coisas pelo correio. E é massiva e estranhamente... inumana. Em escala humana e em outras escalas que são invisíveis. Esse depósito é organizada via algoritmo. Você não conseguiria encontrar nada nele do jeito que você encontra coisas numa biblioteca Nada está perto de nada.As coisas estão armazenadas de uma forma que para um humano parece aleatória. Porque basicamente se alguém compra um livro e um DVD, você não quer que quem atenda o pedido... ... tenha que andar da seção de livros até a de DVDs em outro canto, isso leva tempo e tempo é dinheiro. Então você armazena essas coisas distribuídas igualmente Para que alguém que precise pegar um livro, encontre um DVD na prateleira do lado. Essas coisas são armazenada de um jeito não-humano, você precisa de um dispositivo que diz onde estão. Não adianta passar o dedo pelas prateleiras, isso é basicamente uma coisa de seleção randômica. Não é aleatório, só parece aleatório para humanos. Então se esse programa falhar, se der errado, se perdermos tudo... não tem jeito possível de recuperar nada desse lugar, seria um depósito transformado em porão. Mas isso torna o espaço interessante, porque é um espaço para humanos que entram pra achar coisas... ... mas que precisam ser orientados para achar algo. Isso é o que algumas pessoas, teóricos de softwares... como Rob Kitchin and Martin Dodge... ... chamam de "espaço código". Espaço produzido por humanos e códigos. Arquiteto e código produzindo juntos. Kitchin e Dodge dão exemplos de "espaços códigos", como um saguão de aeroporto, a área de check-in. Você entra lá, um espaço grande com muita gente. Você é processado através desse software... ... e funciona bem se o software funciona. Se ele parar, deixa de ser um aeroporto e vira um galpão com gente brava. A arquitetura é uma função do software da mesma forma que o software se conecta com a arquitetura. É uma junta.. Espaços codificados ou espaços-código. É um conceito útil. E não acho que isso é o bastante. Porque eu acredito que ler literatura agora é um espaço-código. Tem uma função no nosso entendimento de cultura que é uma função da tecnologica do software por trás dele. Acho que o conceito de código-espaço pode ser extendido muito além da ideia de arquitetura ou espaço. Isso é Gurgaon, na Índia. Aqui é onde livros são digitalizados. Essa é outra coisa estranha que acontece com livros. Quando você transforma um livro em e-book, ainda mais se for antigo e você não tem uma cópia eletrônica... O que você muitas vezes não tem se ele tem mais de cinco anos... ... você só tem impressos em algum lugar e o próprio livro material e quer fazer um e-book. Então normalmente você manda pra Índia, é aqui que isso é feito para a Europa Oeste e América do Norte... ... então maior parte da língua inglesa é mandada pra Índia, onde vai pra lugares assim... ... onde cortam a lombada do livro e alimentam um scanner com as folhas. O scanner lê o texto, faz o reconhecimento gráfico e o transforma em informação legível para um computador. Às vezes tem imagens e o reconhecimento gráfico mostra as palavras, essas coisas. E eles são mandados de volta. E um monte de coisas estranhas acontecem no processo de digitalização, mas... ... só esse processo. O que parece isso que estamos formentando? Todo o cânone da literatura inglesa indo para a Índia e voltando? Porque pra mim não parece nada além do que a transmissão dos clássicos. Que foi o processo pelo qual durante mil anos nós transferimos a cultura europeia pelo Oriente Médio. E voltou pra nós e passou pelos clássicos gregos e romanos sairem pela Idade das Trevas e passarem um tempo.... ... em lugares como a Casa do Conhecimento em Bagdad, transferido, traduzido e transcrito por escribas. E voltava para nós mudado, em outro formato e deu início ao Renascimento. Tem uma mudança fundamental que acontece quando transmitimos coisas nessas redes. E agora acontece em semanas e não em mil anos. Mas ainda, o que está acontecendo? Aqui outra coisa...A autoridade do texto se foi. Vamos concordar? Acontece com livros impressos. Esses são dois livros que meu amigo Andrea Frank trouxe do Peru. São duas cópias de romances espanhóis populares. Para jovens. E são duas coisas que a sobrinha dela tem lido. São edições diferentes e coisas diferentes acontecem. Alguns personagens tem nomes diferentes. Um capítulo perdido é diferente. Uma ou as duas são edições piratas. E a pirataria acontece, particularmente na América do Sul por muitos motivos como estar longe da cadeia do mercado de livros na Espanha. Mas como esse texto se forma e muda, não sei. Uma das duas pode ser uma tradução totalmente pirata. O livro começa em outra língua e tem várias formas de ficar em espanhol. Ou pode ser uma cópia roubada... ... ou uma versão primária do manuscrito. Pode ter muitos motivos pra isso. Mas texto digital vai ser obviamente ferrado, e isso pode ser provado por existir esse tipo de pirataria em impressos. São coisas diferentes acontecendo com texto.. O maior best-seller do mundo é um trabalho de fanfiction. "50 tons de cinza" começou como fanfiction de "Crepúsculo" e é o livro mais vendido do mundo.. ... e o maior acordo para adaptação pro cinema de todos os tempos. Literatura tem sido radicalmente transformada por comunidades de interesse formadas online. Você tem pessoas escrevendo romances de sexo com vampiros baseados no mundo de outra pessoa... ... e mudam o nome, publicam e vira um best-seller. Pra mim, o incrível é a aceitação de mergulhar no mundo de outras pessoas. Que sempre foi o caso em literatura, sejamos claros. Muitos efeitos que eu descrevo sempre existiram. Mas a Rede os revela para nós de uma forma interessante e radical. E não temos que empatar com isso. Temos que nos acostumar e ser mais receptivos a isso. Não podemos fingir que não ocorrem. Pessoas escrevem ficção sobre robôs transando online. Esse é uma das minhas séries preferidas. Tem muitas de transformers por aí. Por quanto tempo podemos fingir que essas formas radicais e diferentes de desejo não existem? Quando pessoas escrevem grandes textos online, é ridículo.. Eu acho a parte do Megatron gritando levemente estranha? Mas o ponto é que está lá fora em vastos volumes. E isso é o que acontece com literatura, é o que acontece com escrita, com como pensamos no mundo. E também acontece não só com livros, mas com tudo que fica digital. Nós já tivemos pelo menos uma menção ao Instagram Mas vale repetir, porque tudo de que falo, que acontece com literatura, acontece com outras formas também. E acontecem com fotografia. Eu vou ser um pouco mais direto. A questão é a natureza da nostalgia nessas fotografias. É certo dizer que é apenas... É muito superficial dizer "isso é horrível, é só nostalgia. Pessoas são idiotas e não sabem o que fazem" Claramente tem algo acontecendo com essa nostalgia. A nostalgia não é apenas uma recusa do presente... ... e uma abdicação do futuro. Então o que está acontecendo? Pra mim, a gravação dessas fotos, literalmente gravurando essa ilusão do passado. É um ato deliberado para comprometê-las à memória. Porque estamos todos profundamente confusos... ... pela natureza leve dessas coisas. Pelo fato de que sabemos que essas fotos digitais que tiramos não possuem o poder duradouro... ... que as fotos como costumávamos pensá-las. Claro que ninguém volta e olha de novo seu álbum de fotos de papel. Claro que as fotos que tirávamos eram tão transitórias como essas novas. Mas elas tinham o peso de algo físico. Então transferimos o peso de algo físico para essas coisas, pela natureza de fazer isso. E aí compartilhamos elas. E acho que compartilhar em si é essencialmente uma forma de memória. Não é só terceirizar para a Rede, mas meio que terceirizar para todo mundo... ... para que assim possamos ficar ok com isso. A mesma coisa se for uma mensagem. E tudo bem. Não é o único efeito na fotografia.. Eu estou obcecado com essas fotos de antes e depois. Você vê elas em todos os tipos de sites de notícias. Você pode usar seu cursor para agarrar aquela coisa no meio e deslizar pros lados pra ver o antes e depois. Nem todos são como esse. Essa é uma imagem do Google Street View. A imagem de 'antes' foi coletada por um sistema de câmera automatizado. É uma colaboração fotográfica entre o desastre e a máquina. Temos os fotógrafos algorítmicos lá saindo e construindo uma versão da história para nos referirmos quando coisas acontecerem. E essa habilidade de ver através do tempo. Sendo cada vez mais usada para essa criação de camadas... .. de História sobre as coisas, a natureza de sobreposição, o físico e o digital entrelaçados em camadas. Assim é qualquer percepção de História, produzida por uma grande gama de imagens e coisas desse tipo. E tem uma descrição amável. Esse é outro jeito de pensar as coisas que eu gosto... O romance de Chine Miéville, "A cidade & a cidade". Ele descreve duas cidades que são completamente sobrepostas e cria uma linguagem brilhante para descrever. Ele fala como você "desvê" a outra cidade da qual você não é cidadão, mesmo que esteja bem ali. Mas há momentos em que você cria uma brecha e acidentalmente vê a outra coisa. E momentos como esse são como ver através da História, são momentos de "brecha". Isso é literalmente algo pendurado no ar na sua frente em que você pode ver a História. E não estamos acostumados com isso e está causando algo estranho pra nós. E ainda assim, vemos o mundo assim o tempo todo. Como camadas de Realidade Aumentada, imagens uma sobre a outra Escolhemos fazer isso o tempo todo. Se você já foi em um show ou algum evento público... ... você vê pessoas criando essa vista para si o tempo todo. De volta à literatura, quando William Gibson, um dos meus autores preferidos... ...foi perguntado se ele precisava 'desconectar' enquanto escrevia um romance... "Quando você senta pra escrever seu romance, você desliga a internet para se concentrar na escrita?" E ele disse "Não. Não trabalho assim. Eu abro o Word em cima do Firefox". Adoro essa frase. Ele literalmente escreve em cima da Rede. E puxa grandes pedaços da Rede sobre sua escrita. Assim como nós o tempo todo, andando com esses pequenos quadrados brilhantes na nossa frente... ... literalmente criando essa camada de realidade digital sobre o mundo real. E estamos acostumados agora com todos esses ponto-de-vistas estranhos. ESCONDERIJO DE OSAMA BIN LADEN - É, eu não sei se isso estava lá antes de acontecer. A habilidade de ver através de satélites pelo seu celular. É outra alteração radical de ponto de vista que é totalmente nova e ninguém parece se empolgar mais. Estava no primeiro filme do Homem de Ferro. Ele liga a armadura e fica "Eu posso ver por satélites". Nós todos podemos fazer isso, eu tenho um celular. Ainda parece meio radical e extraordinário pra mim, e produz essas mudanças bizarras em comportamento. Como John mencionou, a Apple foi gentil e liberou uma das maiores obras de Nova Estética. Duas semanas atrás, com os mapas do iOS. Tem duas coisas sobre isso... A primeira é esse senso de dissonância cognitiva. É engraçado, mas realmente aterrorizou muitas pessoas. Porque você vai se perder. E estamos esquecendo como é ficar perdidos. Quer dizer, a maioria nunca teve a habilidade de se recuperar de estar perdido. Possivelmente, uma daquelas ocasiões em que a Rede revela mais do que traz coisas novas. Mas é meio claro que o horror profundo foi causado pela ideia de que... ... nossa habilidade nos encontrar por dispositivos ia se degradar quando estavam melhorando. É um símbolo de algo assustador acontecendo. A outra coisa interessante sobre isso... Foi mencionado o artista Clement Valla... ... eu sou fã dele. Ele procurava no Google Maps para achar coisas como essa. Apple acaba de lançar um planeta delas. O que significa que...Se você era uma startup ou empresa independente de software, você tinha medo... ... que o Google, a Apple ou o Facebook pudessem lançar uma função, um pequeno projeto paralelo... ... que acabaria com seu negócio. Eles fazem isso com artistas agora. O Google pode comer sua prática artística lançando uma funcionalidade nova. E tem mais sobreposições estranhas... Alguém me mandou essa notícia hoje. O governo de Taiwan reclamou da Apple... que o Google estava sendo legal... O Google é o da esquerda. Ele tem sido legal e pixelou as instalações militares. E eles ficaram chocados e tristes com a Apple que liberou todas as instalações militares de Taiwan por satélite. Como se o governo chinês usasse Google Maps. Que tipo de ficção estranha estamos propagando onde o governo chinês está tipo.. "Olhe, os novos mapas da Apple" - não queria fazer um sotaque aqui. "Novos mapas" E que isso seria normal. Exceto que isso é verdade. Porque lembram disso? De novembro de 2010? Quando.. Isso realmente aconteceu. Costa Rica.. Ou melhor, Nicarágua invadiu a Costa Rica. Porque o Google Maps desenhou a linha no lugar errado. Um comandante militar da Nicarágua que viu o Google Maps e disse: "Espera, aquela parte é nossa" E pegou sua unidade e os costa-riquenses viraram tipo "Perdão? Que porra é essa?" E foi uma disputa diplomática séria que poderia ter ficado pior. Então parece que às vezes isso é verdade, infelizmente para os taiwaneses. Esse é meu outro mapa lindinho favorito. Vocês podem conhecer exemplos disso. Acontece que o governo holandês não deu permissão para o Google tirar fotos de satélites.. O governo controla essas coisas. E o governo proveu suas próprias imagens para o Google usar. Que alguém do Ministério de Segurança holandês havia previamente jogado um filtro mosaico no Photoshop... ... em muitas localizações. O que significa que é a mais bonita... A censura mais bonita acontecendo, basicamente. E você pode rolar pela Holanda inteira e encontrar esse grandes filtros do Photoshop na paisagem. E você tem alguém como Mish Kahenner, que é um artista... ... que também entra no Google Maps, assim como Clement Valla... ... e encontra esses exemplos e publicou um livro com isso chamado "Paisagens Holandesas". O que é bom. Mas também, o quanto está acontecen- mas aí teve... E aí teve toda uma briga sobre recontextualização, que eu achava que era velha.. Mas aparentemente as pessoas ficam bravas se você publica screenshots. Mas nesses termos, o quanto está acontecendo aí? Essa é uma colaboração entre quem? Essa uma colaboração entre o artista, o governo holandês, satélites e o Google. Tem uma enorme e linda variedade de coisas acontecendo na construção dessa imagem. E eu sou fascinado por imagens em que muitas coisas acontecem mediadas por humanos e tecnologia. Como essa, que é a culpada por tudo. Essa é uma das imagens originais que desencadeou muitos pensamentos sobre essas coisas. Eu a vi no jornal - no site do jornal, outra coisa estranha. Vi no site do Guardian, e estava numa galeria de imagens de agricultura. Uma galeria de "Olhe campos do espaço", era isso que era. E esses são um grupo de campos na fronteira da Namíbia e África do Sul. E estava apresentada assim. "Esses são alguns campos na fronteira entre Namíbia e África do Sul." Um projeto de irrigação. Mas eu desafio qualquer um nessa sala a olhar pra isso e não ver pixels. Essa imagem parece digital para nós. O que aconteceu nos nossos cérebros para nos fazer ver o digital tão claramente no mundo? Não dá pra negar isso, é uma imagem inerentemente tecnológica, mesmo sendo campos vistos do espaço. É o quão profundo estamos agora. Esse é um prédio que eu realmente vi andando por Londres. Eu estava andando na rua, perto das docas, Zona Leste de Londres. É um grande centro financeiro, com muitos alojamentos. Eu estava andando e vi isso. E pensei "O que p-. O que é isso? O que está acontecendo aqui?" Porque essa é uma criação arquitetônica estranha. É um prédio massivamente pixelado e sem janelas. E essa não é uma área com indústria pesada e estações de luz, então o que é isso? Eu pesquisei um pouco e acontece que é, óbvio, um data center. É um dos vários edifícios em um tipo de campus, de uma empresa chamada Telehouse... ... um dos maiores pontos de provedores de internet do mundo... ... centros de servidores de rede ('carrier hotel'). O que é basicamente, um ponto em que pedaços da internet se encontram. E isso é parte do LINX (London Internet Exchange). Que é o terceiro maior ponto de troca de tráfego da internet do mundo. E disso, eu comecei a ficar obcecado com infra-estrutura de data centers. Mas olhem para a arquitetura dessa coisa. O que está acontecendo aqui? O que o design desse prédio está tentando fazer? Por que você... Pra mim... Data centers tem essa infra-estrutura... Arquitetura de infra-estrutura... a infra-estrutura da internet.. Representa essencialmente um novo tipo de arquitetura cívica. Se você pensar em 50 anos atrás.. Arquitetura cívica eram bancos, edifícios do governo e correios.. ... e hospitais. Mas a maioria dessas funções agora acontecem aqui - não hospitais.. Mas correios, edifícios do governo, bancos... Você faz isso em prédios assim, mas não os vê. Exceto que esse cara tentou fazer uma declaração. Acontece que essa arquitetura... Esse arquiteto, os que construíram isso.. - ele construiu principalmente estações de força nuclear, o que é preocupante. Querem criar uma estética do digital aqui. Porque eles também sabem que essa é arquitetura importante do futuro. E eles querem representar o digital. Então é lógico que o fazem pixelado, porque é o que temos hoje. Mas nós temos que pensar nisso... Eu também brinco bastante... ... que isso é onde os robôs vivem. Porque é! Eu não quero dizer robôs do espaço. Eu nem sempre quero dizer as coisas que digo metaforicamente, às vezes. Esse é essencialmente o lugar onde os robôs vivem. É onde trabalham. E isso é importante, porque como eu disse, nós colaboramos com eles bastante. Esse é um dos meus exemplos preferidos de colaboração com robôs. Essa é uma lista, de um cara interessante chamado Stuart Geiger, vocês deveriam ler. Dos Top 30 Editores da Wikipédia em inglês. Os grifados em amarelo são bots. Então, eles são... Dois terços dos Top 30 editores são bots, robôs. "Bots" é abreviação de "robots", mesma palavra. São agentes automatizados que realizam mudanças na Wikipédia inglesa. Eles fazem funções básicas: adicionam datas, procuram páginas frequentes e as apontam. Eles trancam páginas se tem brigas acontecendo. Mas eles estão contribuindo para o esforço de codificar todo o conhecimento humano que é a Wikipedia. E tem agentes automatizados atuando no sistema. Eles estão co-criando esse sistema com a gente. Assim como os 'espaços-códigos' que falamos antes. Espaços físicos.. Esse é o espaço de conhecimento cultural humano em que máquinas estão atuando. E tínhamos metáforas para isso antes. Esse é o Turco Mecânico. O Turco Mecânico é interessante. Porque é uma das primeiras ideias de algo automatizado, que na verdade era pessoas. Que é por isso que a Amazon usa... Quando criaram seu sistema "Mechanical Turk". Porque é um sistema que usa pessoas como flash-bots, basicamente. Essas risadas são de pessoas lembrando o que é "flash-bot", desculpa por isso. É uma rede feita por pessoas. Trata pessoas como se fossem maquininhas, dividem tarefas e dão... ... essas tarefas pra fazer. E é uma completa extensão da metáfora original. Porque a palavra "computador" em si é uma metáfora, certo? "Computadores" eram pessoas. Computadores eram secretários. Eram as pessoas que faziam os cálculos no escritório. Você dava contas pra uma pessoa fazer e ela devolvia e era o computador. Pegamos essa palavra e aplicamos paras as máquinas quando surgiram. Então o "Mechanical Turk" está retornando isso a elas. E isso é ótimo, é uma metáfora que ajuda muito. Até você extender a metáfora até a esfera social e aí fica bem estranho. TaskRabbit é fodido. É muito perturbador. É tipo.. Eu quero ver o branco dos olhos delas. Te revela o tipo.. Que código no mundo... Com que tipo de perspectiva de engenharia de relações sociais se parece? Já acho estranho que desenhamos um monte de relações sociais usadas por um bilhão de pessoas... ... baseadas no que alguns brancos ricos de Harvard acham interessante. Como um modo útil de interação humana. Mas ter estranhos fazendo suas compras, porque você tem muito dinheiro e pouco tempo? Eu acho isso estranho. É um jeito esquisito de codificar o mundo. Mas é o que acontece quando extendemos essas metáforas que aplicamos pra tecnologia.. ... talvez demais ou no lugar errado, usamos as erradas na hora errada. Nós falamos sobre...drones aparecem muito. Porque eles são... incríveis. E interessantes de muitas formas. Os "faça-você-mesmo", os.. Os que.. Jornalistas podem usar. Isso é bom. Drones civis no geral, estamos com eles. E achamos que isso está dando poder para pessoas normais fazerem coisas. Mas sejamos claros, isso é o que drones são na maior parte das vezes. Drones são uma tecnologia militar. Isso é alguém queimando tecnologia em uma efígie. Acho que não vemos muito isso. Tudo que estamos construíndo tem esse espelho escuro pra si. Estamos desenhando sistemas que podem ser usados pra todas essas coisas... Se errarmos um pouco as metáforas pra eles.. - essa é a única vez que vou usar uma figura de um trabalho meu. Isso é algo que fiz essa semana em Istambul. Eu desenhei um grande desenho na rua. Teve uma equipe grande de pintores de estrada turcos que me ajudaram. E acharam meio estranho. A razão de eu ter feito isso.. É porque.. Eu não tenho as metáforas boas pra essas coisas. Ainda estou tentando descobri-las. Tudo isso que eu falo.. São jeitos de tentar encontrar essa coisa esquisita. E tentar achar qual é a metáfora útil. Isso não é uma metáfora. Isso é quase, talvez uma símile. É uma sombra, certo? Deveria ser a sombra de um drone. E faz dele visível. Porque a tecnologia drone é altamente invisível. E ainda assim, ela age no mundo. E extende nosso alcance no mundo, assim como a rede faz. Para mim, além de serem horríveis aspiradores de morte... ... drones também são representativos da Rede em si, da tecnologia, a habilidade de atuar na distância. É, isso, basicamente. Eu tinha que botar essa alguma hora, estamos quase lá. Esse é o código para um lado da Nova Estética, certo? E é o código para a parte da Nova Estética que é só isso. É só banal. É só os pixels. Mas não importa. Não importa que muito disso já é banal, esse é o ponto. As coisas muito óbvias são importantes como o resto. Porque significa que essas coisas já estão muito avançadas no mundo. Que todas essas tecnologias com que estamos jogando já meio que estão cansadas. E nós que temos que nos atualizar com elas. Nós que temos que mudar pra entender a vida nesse mundo. E tem vários jeitos de embarcar nisso. O que eu gosto de pensar desse processo é que ele é quase científico. Eu uso esse gráfico porque uma amiga, Jennifer Brooke... ... que fez muitas coisas, mas uma das mais interessantes foi ser uma artista de livro. Ela produziu esses lindos e primorosos livros de uma única edição. E ela trabalhou no app para iPad do New York Times. Que são dois lados bem diferentes do espectro. Ela disse isso: foi o mesmo processo, mas a velocidade do material era diferente. Eu amo essa frase: a velocidade do material. Mas quando eu falo de um método científico. Eu quero dizer que ao invés de pegar algo e perfurar inteiramente... ... eu tento achar essas ocorrências estranhas. E tentar encontrar qual será o ponto de tensão entre elas. Temos essa tecnologia estranha emergente aqui e essa esquisita desse lado. Vai ter algo que acontece aqui no meio. Algo vai emergir aqui. E pode ser simples como muitas vezes é mesmo. Como botar duas palavras vagamente relacionadas no Google e ver o que sai. Porque se você consegue amarrar os termos de busca, há chances de que isso esteja acontecendo no mundo. E isso pode ser considerado um problema para pesquisa. Tem dois pontos sobre isso. O primeiro é que tive uma conversa com uma curadora e... - eu não sei nada de arte. E sobre o mundo das artes, galerias e curadoria. Mas eu estava conversando com uma mulher que conheci em Belém. E ela estava se aposentando como curadora. Porque ela disse que a forma como ela via curadoria, como tinha sido ensinada... ... era uma forma de ter uma opinião forte sobre algo. E que você tinha que construir essa opinião, segurar e defender. E a única forma de ter uma reputação de longo prazo era mantendo fortemente a opinião. E mesmo mudando um pouco, você tinha que manter seu ponto. Ela disse: "Estou saindo, não acredito nisso. Acho que opiniões são não-contemporâneas" Adoro essa frase: opiniões são não-contemporâneas. Eu não ligo pra opiniões sobre essas coisas. E é importante descobrir como proceder nessa base sem perder todo tipo de criticismo. Porque acho criticismo muito importante. Mas acho que estamos nesse ponto em que temos... ... ótimas metáforas instrumentais pras coisas. Todos os livros de software e você pode seguir usando as palavras... ...mas somos pouco apreciativos com métodos pra elas. Nós não entendemos como essas coisas estão funcionando no mundo. Conseguimos descrevê-las, mas não temos processos cognitivos para lidar com elas. A Rede, para mim, é uma forma de construir nossa visão de 1-pra-1 do mundo. A rede está incorporada no Google Street View, que tenta construir um mapa do mundo de 1-pra-1.... ...mas a rede quer construir um mapa 1-pra-1 de tudo. E é incrivelmente revelador. Não só das formas básicas que eu disse, que nos traz novos comportamentos. Mas revela o que nossos comportamentos mais íntimos são o tempo todo. E se usarmos metáforas inimaginativas pra essas coisas, vamos nos revelar muito inimaginativos. Quando fizemos o painel que falei antes, do começo do ano, coloquei um slide do poeta Alester Crowley. Poeta e mágico. Porque eu estava falando sobre palavras de poder, o poder de nomear coisas novas como a Nova Estética. E quando tudo aconteceu, eu não estava muito feliz por um tempo... ... pensei que talvez tivesse invocado Crowley e isso seria algo estúpido de fazer. Se conhecem o Crowley, sabem que ele não deve ser invocado em gesto. E estou fazendo de novo, estou botando fotos de tarot, porque sou idiota. Estou colocando o tarot por um motivo. É porque o tarot é.. O tarot é a mais extraordinária e incondicional concentração de conhecimento cultural. Ou especificamente de histórias. Nesse deque de cartas existe uma tentativa de... ... de codificar todo conhecimento humano em um número de histórias... ... que podem ser rearranjadas e recombinadas. E isso é incrível. Se você acredita que ele é mágico ou não, não importa. Ela é uma máquina de narrativas. E um dispositivo de armazenamento de narrativas. E você embaralha, rearranja as histórias e faz algo. Eu acho que tecnologia é como isso. Acho que é uma máquina de compressar e de escrever para histórias. E para as histórias que queremos escrever com ela, importante. Finalmente.. Prometo... Li essa citação outro dia, é brilhante. É do matemático Harry Reed. Escrevendo sobre o desenvolvimento do ENIAC, um dos primeiros computadores. Desenvolvido na Universidade da Pensilvânia, no final dos anos 40, um dos primeiros. E era massivo como eram os computadores da época, ocupava várias salas. E ele escreve... Ele está falando de como pensamos nos computadores como pessoais hoje, e diz: "O ENIAC, estranhamente, era um computador bem pessoal. Agora pensamos que computador pessoal é um que você carrega com você. O ENIAC era um em que você vivia dentro." Eu amo a ideia de que um computador pessoal é um que te cobre completamente. E isso me faz pensar em William Gibson de novo, eu sempre falo dele.. Quando ele fala da origem do termo 'cyperespaço', que ele inventou... .. para descrever esse mundo que ele viu chegando e que talvez agora chegou. Ele fala de quando ele desenvolveu o termo. Ele estava andando em Vancouver. E tentava achar um mundo para ambientar sua fição científica. Porque ficções científicas até aquele momento eram principalmente em espaçonaves. E ele pensou ... "Não acho que em espaçonaves, porque não é esse meu futuro." "Mesmo sendo ficção científica, minha história não acontece no espaço." E ele andava lendo J. G. Ballard, que escreveu ficção científica ambientada na Terra. Ele tratava esse planeta como o alienígena. Era como Ballard escrevia e Gibson não queria escrever assim também. E andando na cidade ele viu uma casa de fliperamas pela primeira vez, cheia de máquinas. E viu essas crianças brincando com as máquinas e viu como era a interação. Viu o quão intensamente elas brincavam e viu que de alguma forma elas estavam dentro da máquina. Ele descreveu como um "espaço teórico". Foi o termo que ele criou antes de 'cyberespaço': espaço teórico. Ele disse que aquelas crianças viviam dentro de um 'espaço imaginário' dentro da máquina. E talvez seja onde todos estamos vivendo em algum ponto. E foi onde ele ambientou suas ficções. Eu tento repetidamente metáforas diferentes pra esse tipo de coisa.. Mas pra mim a melhor agora está em algum lugar entre.. O "espaço teórico" de Gibson e o "computador mecânico" de Reed. Essas coisas estão ao nosso redor. Estamos vivendo dentro da máquina agora e é melhor começarmos a ficar bons nisso. Muito obrigado..

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Bahia:

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