Iona College - Olá! Se você estiver assistindo a este vídeo, está de parabéns! A sua visualização estimula a produção acadêmica científica no Brasil e você já pode se considerar um apoiador oficial. Pois bem, deixa eu te fazer uma pergunta: quantas pessoas do seu círculo social ou que você conhece somente por aquele "oi" tímido já foram diagnosticadas ou acabaram de receber o diagnóstico de câncer? Diversas, não é?! O câncer é uma das doenças mais veiculadas na atualidade e que apresenta índices de mortalidade preocupantes. Mesmo com as inúmeras pesquisas no assunto, ainda não se tem uma noção completa de todos os processos que envolvem o desencadeamento, a progressão do câncer. Foi pensando nisso, que eu lhes apresento uma pesquisa de aproximadamente um ano e meio que foi realizada por mim e grandes feras do Laboratório de Patologia Bucal da UFSC. O trabalho foi uma "Avaliação imuno-histoquímica das proteínas HDAC1, HDAC2 e HAT1 em carcinoma epidermoide labial e em epitélio de revestimento não neoplásico adjacente". Nosso objetivo foi analisar a presença dessas proteínas, que são classificadas como enzimas por sua função metabólica como biocatalisadoras, no carcinoma epidermoide labial (que vamos abordar neste vídeo como câncer de lábio) e no tecido epitelial adjacente às áreas de invasão tumoral que não apresenta características neoplásicas (que não são células cancerosas). Mas, primeiro, para contextualizar, vamos elucidar alguns pontos importantes: O DNA que está presente em nossas células é configurado como cromatina devido à sua interação com proteínas denominadas histonas. Os processos de acetilação e desacetilação destas proteínas, realizados por enzimas como as HDAC1, HDAC2 e HAT1, são responsáveis por alterações na expressão gênica, devido a mudanças na conformação da cromatina. Cientistas acreditam que algumas dessas alterações podem levar à tumorigênese, assim como comprovam a exposição de luz solar, com alta incidência de raios ultravioletas, estar associada a modificações epigenéticas que podem levar à fotocarcinogênese. A Epigenética estuda as modificações na expressão gênica que não levam a alterações da sequência de bases nitrogenadas do DNA, sendo a acetilação e desacetilação de histonas exemplos. Por nosso país estar situado numa região entre trópicos, ou seja, com elevada exposição a radiação ultravioleta, a nossa população está bastante sujeita à ação desses raios que podem levar ao surgimento de neoplasias malignas, principalmente, a pessoas que não utilizam filtro solar ou exercem alguma profissão ao ar livre. Voltando à parte laboratorial da pesquisa: Como nossa equipe pôs a mão na massa para atingirmos o objetivo do trabalho de avaliar a presença dessas enzimas no tecido canceroso e no tecido epitelial adjacente não neoplásico? Bem, utilizamo-nos da técnica imuno-histoquímica, que envolveu a aplicação de anticorpos com coloração diferenciada e específicos para cada tipo de enzima, o que permitiu a contagem do percentual de células coradas. 13 biópsias de diferentes indivíduos (em sua maioria, homens e de aproximadamente 57 anos) passaram por um exaustivo protocolo de preparação para análise, à risca! Importante lembrar que todos os indivíduos estavam de acordo com a participação na pesquisa por terem voluntariamente assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, sob aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos desta universidade em 2015. Os casos foram transformados em lâminas histológicas, passíveis de observação num microscópio óptico acoplado a um sistema de captura de imagens digitais. Então coletamos seis sítios consecutivos do epitélio não canceroso e cinco campos equidistantes do câncer de lábio e contamos todas as células com o auxílio do software ImageJ. O que encontramos de resultado foram médias bastante semelhantes do percentual de expressão das enzimas tanto no epitélio não neoplásico quanto no câncer, mesmo este primeiro não apresentando características celulares sugestivas de malignização. Apesar do número amostral reduzido pela dificuldade da obtenção do epitélio não neoplásico devido à técnica de biópsia incisional, pudemos concluir que inexiste diferença estatística significante da expressão das enzimas nos dois grupos estudados. Estes resultados são interessantes quando pensamos nas possíveis alternativas de tratamento do câncer, como já podemos encontrar evidências indicando as vantagens da terapia com inibidores de HDACs. Assim, reforço a importância desta pesquisa e o quanto eu aprendi e me envolvi com diferentes métodos de pesquisa científica a partir da realização deste trabalho. E se você gostou deste vídeo, por favor, "dê um like" aí abaixo..
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São Luís:
Meredith Grant, Orleans County: CUNY School of Law (at Queens College). Ibirité: SUNY Canton; 2020.
George Sampson, Albany. Garanhuns: Rensselaer Polytechnic Institute, Troy; 2013.
Victoria Cramer, E 89th Street zip 10128. Duque de Caxias: Marist Brothers; 2005.