York College, City University of New York - Meu nome é Etelvino Novotny e eu sou pesquisador da embrapa solos do Rio de Janeiro. eu trabalho com química ambiental e estudos de solos, ciência do solo essencialmente. O trabalho que a gente desenvolve aqui exatamente é um trabalho muito interessante que envolveu vários grupos de pesquisadores: arqueólogos, antropólogos, químicos, físicos, biólogos e tudo mais. Surgiu a idéia toda do estudo de uns solos muyito especiais que tem na floresta amazônica que são as Terras Pretas de Índio, que são solos muito férteis enquanto que os solos adjacentes não são tão féteis assim. E não só são mais férteis, como são mais resilientes, ou seja, ele resiste mais, ele mantém a fertilidade mesmo quando sendo cultivado. A gente fez esse estudo desse solo e descobriu que as populações pré-colombianas, os índios pré-colombianos, tinham por hábito carbonizar os resíduos. Eles não jogavam em lixões ou no rio. Eles carbonizavam tudo o que eles consumiam e sobrava. Então, ossos de animais, espinhas de peixe, carapaça de tartaruga. Tudo eles tinham por hábito jogar nas fogueiras que eles tinham e carbonizavam. E eles retornavam isso ao solo. E isso tornou o solo muito fértil. Então a gente começou a estudar isso, o efeito desses carvões, não só vegetal, mas também de origem animal na fertilidade do solo tendo por idéia reproduzir esse tipo de solo, essa técnica, hoje em dia. E um desses seria a questão da carbonização de ossos animais. Antigamente se usava farinha de ossos para ração animal, mas com os problemas sanitários, especialmente da vaca louca, hoje é proibido em muitos paises usar farinha de ossos animais na ração animal. Então isso passou a ser um problema, um passivo ambiental. O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de carne suína. Então a gente tem um passivo ambiental, um volume muito grande de resíduos animais, que não tem mais uma utilização ou tem outro tipo de utilização. Uma das idéias é pirolizar esse material, carbonizar ele, que não é uma queima mas é o tratamento térmico com pouco oxigênio e com isso a gente pode produzir o que a gente chama de bio-óleo que é um combustível e os resíduos sólidos seria esse bio-carvão que poderia ser usado no solo. A gente teve evidências por ressonância magnética nuclear que dependendo da condição de pirólise você muda a composição química e a cristalinidade desse material isso é importante para a agronomia porque o solo brasileiro ele tem uma capacidade muito grande de reter, de fixar, esse fósforo forma que não fique disponível para a planta. Você aplica o fetilizante, O solo retém ele tão forte que a planta não consegue aproveitar. Então a idéia é desenvolver um fertilizantede liberação lenta, ou seja, em que o fósforo seja liberado lentamente de acordo com a necessidade da planta. Então a gente deduz que dependendo da condição de pirólise, a gente pode ter um um fosfato mais solúvel quee vai estar disponível rapidamente ou um menos solúvel que vai sendo liberado aos poucos de acordo com a necessidade da planta. Só que pra isso é muito importante conhecer o material, ter uma caracterização química muito boa e também cristalográfica. As técnicas normais, ordinárias, de determinar a cristalinidade é a difração de raios X. Só que como os cristais dos sossos são muito pequenininhos, você não consegue ter padrões de difração muito bons, eles são muito alargados. Então por isso o Síncrotron é fundamental pra gente confirmar essas evidências que a gente tem, para ter uma boa caracterização desse material ter uma boa idéia do que estes tratamentos que a gente faz fazem nesse material para posteriormente fazer teste agronômico e ver se ele realmente funciona no solo como a gente espera. Já temos esses experimentos em andamento e tem respostas muito interessantes mas, realmente, a questão do uso dos laboratórios do Síncrotron é fundamental pra realmente a gente ter uma resposta definitiva sobre isso..
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Teresópolis:
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Jean Gardner, Otsego County. Araguaína: School of Law; 2015.
Beatrice Forman, W 137th Street zip 10030. Abaetetuba: Clarkson University; 2020.