Elmira College - Mostramos também uma maneira Possível de expressar a vontade E finalmente falamos da distinção Entre os verbos "Ser" e "Estar" Formas de tratamento Terão provavelmente notado Que no início do diálogo As formas de tratamento usadas Entre o António e o João diferem Daquela que surgem Entre o António e a Ana É possível sentir-se que há uma Maior familiaridade entre os dois rapazes Porque estes se conhecem a mais tempo E têm uma relação de amizade mais longa Vamos rever Que bom Ainda bem que estás aqui Que bom voltar a ver-te Como estás? Estou ótimo obrigado Claro que me lembro Como está? Que prazer voltar a vê-lo Lembro-me perfeitamente Para mim também É um prazer voltar a encontrá-la Ah, mas por que vocês não se tratam por tu? Deixem de cerimônias Vemos que são usadas duas formas Que diferem ligeiramente entre si E revelam dois modos de uso da língua Um uso informal e um uso formal Informal Que bom voltar a ver-te Como estás? Formal Que prazer voltar a vê-lo Como está? Estruturalmente estes dois processos Mostram a utilização do verbo Na segunda pessoa, no primeiro exemplo E na terceira, no segundo Informal Estás Tu Formal Está Você, o senhor, a senhora Por isso, é enviada a Intervenção do João Perguntando naturalmente por que razão Eles não se tratam por tu Irá bifurcar uma uniformização das formas de tratamento Usadas por estes três jovens amigos Por que que vocês não se tratam por tu? Deixem de cerimônias Na situação analisada Surge a diferença entre O uso de tu e de você De fato, ainda que de forma breve A percebermos já de alguma diversidade Quanto a sua utilização Não só pela forma verbal selecionada Como pelo grau de familiaridade Que envolve A segunda pessoa do singular do verbo Com ou sem a explicitação do pronome tu Contém uma marca de familiaridade É usada normalmente entre amigos E colegas de trabalho De faixas etárias iguais ou próximas A terceira pessoa do singular Do verbo é usada com você E apresenta um grau maior De formalidade Em relações de trabalho, entre colegas Ou entre as relações sociais Entre pessoas sem proximidade familiar As opções como o senhor Ou os senhores São formas de cortesia Bastante mais formais do que tu E mesmo mais formais do que você Ocorrem quando não Existe qualquer Grau de familiaridade Entre os interlocutores Olá, eu sou o António Silva Olha o António! Este é o meu amigo António E tu, lembras-te da minha prima Ana Paula? Sim Pra Ana todas as viagens são cansativas Podemos verificar que informalmente Nos dirigimos ao nosso interlocutor Usando o nome próprio precedido do artigo definido Mas, quando em português Os nomes de indivíduos fazem parte Da nossa memória histórica Ou cultural coletiva Então o artigo definido é Geralmente omitido São exemplos Pessoa escreveu A mensagem ou Os Maias foram escritos por Eça de Queiroz Sra Dona Ana Paula? Sim! Que está com o quarto 806 E a reserva em nome do Sr Tavares o quarto é 817 Quando os interlocutores Têm um contato profissional ou circunstancial O uso da língua torna-se formal Recorre-se a outros processos Como fazer antes ter o nome próprio ou apelido De expressões que indicam gênero O senhor e o respectivo apelido No caso masculino E a Sra Dona com nome próprio No caso feminino Pode-se acrescentar ainda a indicação De algumas profissões como, por exemplo Sr Doutor, Sr Engenheiro, com ou sem apelido Apresentar-se Quando alguém se apresenta Fala freqüentemente de modo mais informal No entanto, pode haver também Processos mais elaborados Em função de situações específicas Em que o artigo é omitido Informal Ola, eu sou o António Formal O meu nome é António Silva Chamo-me António Silva Apresentar alguém Este é o meu amigo António Olá! E tu, lembras-te da minha prima Ana Paula Sim! Vocês já se encontraram Lembram-se? Informal Este é o meu amigo António E tu, lembras-te da minha prima Ana Paula Vocês já se encontraram Lembram-se? Formal Apresento-lhe o senhor doutor João Tavares Tenho o prazer de apresentar A senhora D. Ana Paula Martins Agradecer Embora nem sempre se Verifique na prática A fórmula básica de agradecimento Varia em gênero e número De acordo com a pessoa que fala Como vemos no exemplo O João agradece dizendo obrigado Enquanto a Ana diz obrigada Então não vos incomodo mais Amanhã telefono Mas ficam com o meu número de telemóvel Ok. Não te preocupes conosco, António Obrigado por tudo Obrigada António Sujeito Nulo Será útil fazer aqui uma breve Chamada de atenção Para uma característica freqüente Do português europeu Trata-se da omissão lexical Do sujeito em frases finitas Isto é, em frases cujo verbo se encontra no modo indicativo ou conjuntivo Que bom, ainda bem que estás aqui. Lembro-me perfeitamente Temos uma reserva de dois Quartos individuais Ainda bem que estás aqui. lembro-me perfeitamente temos uma reserva de Dois quartos individuais Ainda bem que tu estás aqui. Eu lembro-me perfeitamente Nós temos uma reserva de Dois quartos individuais Expressar vontade Os dois jovens amigos chegam a Lisboa Cheios de curiosidade E mostram a sua intenção de querer Ver e saber o que existe E o que acontece aqui Usam por isso os verbos Querer mais o verbo no infinitivo Trata-se de um verbo principal Que seleciona um complemento infinitivo Quero ver tudo Ah João, tudo é impossível Olha, eu quero passear Quero conhecer um bocadinho Da historia portuguesa E também quero fazer compras Mas sobretudo Sabe o que quero fazer mesmo? Comer aqueles petiscos Que meus pais tanto falam A expressão de vontade é aqui feita Através da utilização do verbo querer Mais infinitivo de outro verbo Quero ver... Quero passear... Quero conhecer... Quero fazer... Quero comer... Ser - Estar Quem fala português desde que nasceu Provavelmente não se percebe Da existência de dois verbos com Significados bem distintos Mas correspondem a um único verbo Em outras línguas É o caso dos verbos "ser" "estar" Vamos observar alguns exemplos retirados do diálogo Ocorrido entre os nossos Jovens amigos Eu sou o António Silva Este é o meu amigo António A viagem correu bem? Tudo bem, foi boa Mas só um bocadinho cansativa Claro, pra ela todas as viagens São cansativas É natural Eu sou o António Silva Este é o meu amigo António A viagem foi boa Todas as viagens são cansativas É natural Estou no aeroporto à espera De um grande amigo meu Olha o António Está ali Como estás? Estou ótimo, obrigado Nós estamos de férias Está tudo tão diferente Estou no aeroporto Olha o António! Está ali! Como estás? Estou ótimo Nós estamos de férias Está tudo tão diferente É possível perceber a existência De uma propriedade De caráter permanente Por exemplo Eu sou o António Este é o meu amigo Que ocorrem com o verbo "ser" E de outra propriedade Transitória e temporária Por exemplo Estou no aeroporto Nós estamos de férias Que ocorrem com o verbo estar Nestas frases facilmente Se compreende de que se trata De contextos que não permitem A troca do verbo Seria agramatical Dizer que Eu estou António ou Este está o meu amigo António Assim como também seria Agramatical proferir Eu sou no aeroporto ou Eu sou de férias No entanto, apesar da clareza Destes contextos É possível que ocorram situações Em que só pelo uso do verbo É possível interpretar a frase Neste exemplo Lisboa está muito diferente Encontramos nesta frase propriedades Transitórias ou temporárias E a cidade está diferente porque mudou, tem prédios Tem prédios Que são novos Que apresentam alterações Em relação a um estado anterior Lisboa é muito diferente do Porto Aqui percebemos propriedades Permanentes Que são contextualizadas por "ser" Trata-se de uma propriedade Duradoura Lisboa é diferente do Porto É única Bom, aqui despeço-me Até o próximo programa Convidando-os a conhecer Um pouco mais do nosso país E da nossa história.
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