Curso De Cejas Con Hilo

John Jay College of Criminal Justice - Bom dia a todos. Hoje, para essa entrevista, receberemos o diretor Gilles Balbastre, autor do documentário "Os novos cães de guarda" de 2012, com Yannick Kergoat, e depois de 2012, ele fez um certo número de filmes dedicados à quebra do serviço público, isso que ele chama de "um grande assalto". E hoje discutiremos as melhores ideias para destruir o planeta. – Faz quase 10 anos que cada um de nós é livre para mudar de fornecedor de energia. Claramente a EDF não detem mais o monopólio. – Depois de 2007, todas as residências francesas podem escolher livremente seu fornecedor. Essa abertura de concorrência começa a beneficiar os consumidores, na Bélgica esse movimento… – Bem, vejamos… – Agora podemos assinar contratos com outros fornecedores que não apenas a Gaz de France. O que fazer se quisermos mudar e pagar menos caro? Resposta… : Ah… David Pujadas, Gilles Bouleau, Jean-Pierre Pernaut são decididamente defensores infatigáveis da liberdade de escolha. Faz mais de 10 anos que eles não esquecem de, como muitos dos seus colegas, exaltar com fervor a liberalização do mercado de energia, em outras palavras, de celebrar a quebra do serviço público. – Então, no seu último filme, Gilles, que você acabou de publicar, de distribuir, que se chama "Roubo da energia", é um verdadeiro suspense. Tem os mocinhos, os bandidos, no estilo dos… – Dos Incorruptíveis! – Dos Incorruptíveis, essa série televisiva dos anos 60. – Não é a ficção, é a série. Os mais jovens como você, é mais a minha geração, mas tem políticos duvidosos, tem os mafiosos, os grandes chefes, os comparsas e tem o Eliot Ness, que é um policial íntegro e que luta pelo bem público. Depois de uma dúzia de anos, o que podemos considerar como um verdadeiro assalto se desenrola, às vezes, sob os nossos olhos e fora da nossa compreensão. Poucos de nós sabem, no fundo, que somos utilizados para encher os bolsos de uma ínfima minoria, e que o setor de energia se transformou, mais ou menos, em um folhetim de série de terror. – 2 milhões de dólares, nunca vi tanto dinheiro sob essa mesa desde que o lado sul nos pertence. ♫ Ah ! Se tivesse um franco e cinquenta ♫ ♫ Em breve terei dois francos e cinquenta ♫ – Nessa cena do suspense, você descreve isso que chama de um grande assalto. Você poderia nos explicar o que você entende por isso? – O que pode ser interessante é também falarmos sobre a gênese desse filme. Por quem foi feito esse filme, como ele pôde se realizar. Porque são, ainda assim, coisas importantes. Não fazemos documentários sem dinheiro, é uma realidade. Na verdade, como você dizia, teve o documentário "Os novos cães de guarda", isso em 2012. "Os novos cães de guarda", paradoxalmente, teve duas consequências. A primeira, as emissoras de TV se afastaram de mim. Antes, eu trabalhava bem regularmente para o canal France 5. Fazia documentários televisivos que passavam às quintas, às 14h. Então, era a democracia. Mas então… "Os novos cães de guarda" na lista negra de um lado. Contudo, isso me abriu um outro horizonte. Esse dos sindicatos, principalmente o da CGT. Eu me explico. Disse que fiz filmes sobre a quebra do serviço público porque os sindicatos do serviço público, porque eles ainda são um pouco importantes, porque eles ainda têm um pouco de dinheiro, vieram me ver. Eles entraram em contato comigo para fazer filmes com os trabalhadores ferroviários, com os CE. Uma que se chama: "Verdades & Mentiras sobre a SNCF" (empresa ferroviária) . Uma segunda era: "Transporte de mercadorias, mudemos de era! ". E aí, a Federação de Energia veio me dizendo: "Então, nós queremos fazer um filme também. Queremos fazê-lo unicamente com a CGT, porque queremos ser livres para dizer o que queremos e como dizê-lo. Enquanto que, com o Comitê de Empresas… eles são sérios. Você tem sindicatos não muito ruins, mas você tem sindicatos não muito bons. Você tem a CFDT, a UNSA, sabe? Eles são mais frios. E decidimos passar um pouco dos limites, de montar… Estamos sob realidades políticas, econômicas que são no fundo assaltos, extorções. Na maior parte do tempo legais, porque existe corrupção. Existe a fraude fiscal, própria do liberalismo, dos grandes patrões etc. É o de vociferar os três princípios: 1) Existe muita tributação; 2) Existe muito código do trabalho; 3) Existem muitas normas e códigos. E 4, é preciso a todo custo baixar o tarifa da energia, principalmente indo fazer gás de xisto nessa época porque… Então, existe realmente uma vontade de legalizar as coisas que poderíamos considerar ilegais. Nosso amigo Jean-Louis Borloo nos deu um grande presente. – E então? – Champagne. – O filme, nós o construímos em série, existem episódios. Fizemos como esses outros aqui, em 6 episódios, permitindo postá-los na internet em episódios de 15 minutos, para que as pessoas lhes assistam assim. E o filme, você pode colocá-los uns após os outros, totalizando 1h20min. Existe, por exemplo, um que fala sobre a energia eólica. E então eu fiquei surpreso. Todos os amigos que trabalharam, que são os caras mais ou menos da CGT, mas como agora somos mais antinuclear e pró-energia eólica… a grosso modo. E bem, os caras ficaram surpresos. Existe uma extorsão. A disposição da energia eólica e das energias renováveis na França são uma verdadeira extorsão. E nós mostramos isso por meio de uma investigação próxima, por meio de coisas precisas, com as empresas, os fundos de pensão, que se metem dentro da energia eólica e que enchem, me desculpem a expressão, o rabo de dinheiro, de dinheiro que somos nós quem pagamos. Existe um pequeno detalhe em nossa fatura de eletricidade que se chama CSPE, Contribuição por um Serviço Público de Eletricidade. – Ah, sim, é preciso efetivamente virar a fatura para ter acesso a essa pequena linha bem discreta intitulada: Contribuição ao Serviço Público de Eletricidade (CSPE) . Precisamente nesse caso, a conta aumenta em mais de 88 euros, quase 16% da fatura. Não podemos avançar, por agora, se não sabemos para o que serve justamente essa CSPE. Bem, ela permite tão simplesmente reembolsar a EDF, que tem a obrigação, como determina a lei, de comprar toda a eletricidade produzida pelas energias renováveis, precisamente, como vimos, os 82 euros o MW/h de nossas energias eólicas. Em 2018, essa contribuição sobe para não menos do que 8 bilhões de euros, nos quais 69% são gastos em custos adicionais relacionados às energias renováveis pagos, para resumir, por cada um de nós. – Trouxe justamente a minha última fatura de eletricidade. – Toma, vou olhar contigo porque conheço de cor. – Moro num pequeno imóvel de 30 m². – Essa é a advertência, você não a pagou há tempo. – Não a paguei há tempo. – Então, é isso. Opa, aqui em caneta fluorescente, mas se você vir o filme, você verá o mesmo. Contribuição ao Serviço Público de Eletricidade, CSPE. – Então, é uma pequena linha. – Então, por exemplo, você teve uma fatura alta de 131 euros. – Inacreditável. – 16%. – Que não foram pagos. – Ah, sim, sim. Mas são 16% da fatura toda vez. – 16%, mas ao que isso corresponde? Isso corresponde ao fato de que a EDF tem a obrigação de compra de eletricidade eólica, mas também detoda capacidade que é produzida. Isso quer dizer que, quando as turbinas eólicas têm vento, elas produzem, e você é obrigado a comprar tudo, mesmo se não precisar muito. É por isso que no filme nós o mostramos no mercado da bolsa de valores de energia. A energia, por exemplo, em 1°. de janeiro de 2018, está a menos 15 euros. – Tarifa negativa? – Sim, tarifa negativa. Você é obrigado, para se livrar da sua energia, a pagar. E a EDF tem a obrigação, esse foi um decreto renovado desde Yves Cochet, em 2001, que fixou, em mais ou menos, a 82 euros o megaWatt. E no mercado tradicional, a energia custa em média 40 euros, então, o dobro. É obrigação de compra e garantia de compra. Assim, como é garantida a compra, os caras que possuem as turbinas eólicas têm sempre 82 euros pelo megaWatt, qualquer que seja a energia produzida, quer precisemos ou não. E somos nós quem pagamos, reembolsando por meio dessa taxa à EDF. Se necessário gostaria, se me mostrassem, se cabe ao serviço público organizar a instalação das turbinas eólicas e dos painéis solares. Se é bem feito, fundamentado etc. Mas se é a selva ultraliberal onde os caras enchem o "c" de dinheiro. Por exemplo, tem uma cara que se chama Pâris Mouratouglou. O sujeito se tornou a 58° fortuna francesa em 10 anos, graças à energia eólica. – Esse politécnico, de origem grega, é um pioneiro em energias renováveis. Desde os anos 80, ele faz fortuna nos Estados Unidos. Em 1990, ele funda a SIIF (Sociedade Internacional de Investimetos Financeiros) . A empresa explora energia eólica, primeiro em Guadalupe e depois na Córsega. – O apoio do governo nos oferece os meios para concretizar nossas ambições. – Você é feliz, Pâris, apenas quando você empreende? Você é um empreendedor em série, não é verdade? – Eu sou, efetivamente, feliz o tempo todo, porque empreendo o tempo todo. É verdade, é verdade. E depois, nós vivemos uma grande aventura com a EDF, que foi uma parceira absolutamente excepcional. Vivi uma linda aventura com eles. O que mais me orgulho na vida foi ter vivido 11 anos com a EDF, nos quais 6 em parceria com exatamente 50/50 sem a menor discussão. – A 58° fortuna da França. – Ah, sim, a Bouygues Energie, por exemplo, que é a 30ª. fortuna francesa, e a BTP Energie são super ecológicas. A fachada é super ecológica. Eles estão em fazendas solares e em empresas offshores de energia eólica, um grande prêmio! E então eles enchem o bolso. Por exemplo, coloco no filme um negociante de cereais do vilarejo de Ain, porque eu fui à região de Aisne, perdão, à região de Hauts de France, existem muitas turbinas eólicas por lá. O cara é vendedor de cereais. Isso quer dizer que ele tem muitos caminhões, de 38 toneladas, é ecológico… 38 toneladas… Ele tem uma caixa de insumos, quer dizer, de fertilizantes fitossanitários etc., glifosato. Então, o vendedor leva os insumos aos agricultores. – No caminhão. – No caminhão, e ele traz de volta os cereais depois no caminhão. E o cara converte para a energia eólica. E agora restam apenas as palavras "renovável e ecológico" na boca. Então, ou você é louco, idiota e diz: "oh, que bom; oh, ele mudou! " Ou você diz: "hummm, extorsão, ele entendeu o prêmio." E isso, o editor com quem eu trabalho, que é, portanto, um cara mais pela "diminuição" e muito ecológico, eu pensei, toma, a gente vai talvez se lesar aqui! Tá brincando! Ele ficou surpreso. Todos os camaradas ficaram surpresos. – Os caras, é ganhar o prêmio da loteria! – Sim. – A energia eólica é um econegócio. Eu acho que, se nós quisermos realmente desenvolvê-lo, que ele seja um negócio. Se não for um negócio, então, não haverá nenhum investidor industrial no setor eólico. – Encontraremos o equilíbrio, mas não deixaremos de lado a tecnologia eólica. Nós seremos os únicos no mundo. – Essa reunião de trabalho sobre a evolução dos mecanismos de apoio às energias renováveis é muito, muito importante. É muito, muito importante que o conjunto das operadoras de energias renováveis acelerem a transição energética. Somos nós quem determinaremos o sucesso da transição energética e do crescimento verde, e ninguém mais. – De Ségolène Royal a Jean-Louis Borloo, passando por Yves Cochet ou Nelly Olin, todos os ministros da Ecologia, há 17 anos, fizeram a escolha pelo econegócio. – Entre os bandidos, você considera absolutamente todos os ministros da Ecologia? – Então, os bandido são os… No quadro dos incorruptíveis estão os políticos podres. Ou seja, que no melhor dos casos são covardes, no pior, favorecem. Enfim, existem muitos assim, eles o são predominantemente. – Então, nos exemplos você cita Ségolène Royal, Lionel Jospin. – E de Cochet! – Então, Yves Cochet, nele o que é interessante é que ele fazia parte daqueles que decidiram a legislação… – Foi ele o primeiro que estipulou o KW a 8 centavos, o que soma 82 euros pelo megaWatt. Foi ele quem o determinou em 2001. – Duas vezes mais caro que a anergia tradicional. – E, sobretudo, a obrigação de compra durante 15 anos. O cara que emprega uma turbina eólica vende toda a sua energia a 82 euros o mW, durante 15 anos. Ele é assegurado pela obrigação de compra. – É isso que cria as conjunturas de renda onde os bancos, os fundos de pensão se despedacem. A energia produzida pelas turbinas eólicas, que será sempre comprada, graças a Yves Cochet, pelo dobro do preço normal. – Pelo valor mínimo. – Pelo dobro do mínimo. – E Cochet, em 2015, num dos programas do "Complément d'enquête" disse que alguns enchem os bolsos de uma forma desonesta etc. No fundo eu não concordo, mas isso não me surpreende. É isso, é o liberalismo. Nós ganhamos dinheiro com tudo e qualquer coisa. – O fato de que podemos ganhar dinheiro, mesmo que de uma forma um pouco distorcida com as energias renováveis, mas o fazemos com tudo. Então o fato de o termos feito com o renovável, em condições que não são claras e que escapam um pouco às autoridades públicas, me escandaliza mas, ao mesmo tempo, não me surpreende. É um fenômeno geral do neoliberalismo, ganhar dinheiro com tudo e qualquer coisa. – Ei, idiota, você está brincando comigo ou o quê? Foi você quem colocou isso para funcionar! E agora você faz parecer que: "Ah, isso não é bom". Não mas, você acredita nisso? Ou você diz que ele é ingênuo, ou que ele é idiota, ou que ele é desprezível. Vocês têm o direito de responder, é um quiz! Então, você vê, essa organização aqui que descrevo, vocês podem ver o filme, é bastante impressionante. A energia eólica é a mesma, a energia solar é a mesma. Isso é o segundo episódio, o primeiro é a privatização das barragens. Eles estão privatizando as barragens. ♫ Ah ! Se tivesse um franco e cinquenta ♫ ♫ Em breve terei dois francos e cinquenta ♫ ♫ Ah ! Se tivesse dois francos e cinquenta… ♫ - O governo elabora um vasto plano de impulsionamento de energia hidráulica. As concessões de 400 barragens serão renovadas e agora a concorrência está aberta. – Vamos convocar os melhores, com duas regras: 1) nós queremos aumentar as energias renováveis na França, 23%, e a hidráulica faz parte da renovação de concessão, pelo menos mais 10% de performance energética. – Com uma boa mecânica, a usina foi renovada em 2010-2011 a nível elétrico, então estamos relativamente tranquilos. – Ok, aquele que possui essa usina tem uma boa usina técnica, em bom estado? – Bem, ele não tem grandes coisas a fazer para que ela funcione. – Para que ela funcione e para que ela colha rutos. – E para que ela colha frutos também. – Certo, continuemos. – Para explicar o contexto, o governo de Édouard Philippe decidiu privatizar as maiores barragens francesas… – Isso sempre me parece estranho "Édouard Philippe". Tenho a impressão de que você está falando sobre a restauração… – Sim, bem, é o seu nome. … tenho a impressão de voltar a 1840. – Bem, de agora a 2022, 150 das maiores barragens francesas devem ser vendidas a uma potência de 4, 3 gigaWatts… – Elas não são exatamente vendidas, elas ainda nos pertencem, mas damos a concessão às concessionárias privadas. – Isso, é concedido. – Nós o concedemos. Até o momento, foi concedido ao serviço público por 70 anos. E aqui, vamos abri-lo à concorrência, e então a concessão das barragens, quer dizer, a grosso modo eles recolhem a eletricidade saída das barragens. Então, as barragens são uma eletricidade que poderia ser… em torno de 16 a 17% da eletricidade. É, sobretudo, uma eletricidade que é disponibilizada bem rapidamente, de 3 a 5 minutos. Você aciona uma barragem e tem eletricidade em seguida. É o meio mais rápido de gerar eletricidade. E além disso, com verdadeiros armazenamentos. Ou seja, que nós temos água nas barragens, tem a neve, tem tudo isso. Mesmo que haja o aquecimento global, este é o único meio até o momento de armazenar eletricidade, nós armazenamos a água que vira eletricidade. E como demandamos isso rapidamente e que em 3 minutos temos a eletricidade, então essa é ainda a maior pilha que conhecemos. E sobretudo, essa é uma particularidade importante, é preciso saber que a energia que não é armazenada, existe a necessidade de equilibrar, a todo tempo, a produção e o consumo. Quando você tem um pique de consumo, 98.000 teraWatts de consumo, é preciso que haja tanto quanto de produtos, tanto quanto, porque se não houver o bastante, é o que nós chamamos de blackout, tudo desmorona. Nós não sabemos o que é isso há não sei quantas décadas, e, felizmente, porque a maior parte das pessoas não sabe nem mesmo o que isso significa. Somos "crianças tão mimadas", apertamos um botão, precaridades energéticas à parte, e nós temos eletricidade. – Os americanos conheceram alguns blackouts. – Em 2001, na Califórnia. E sobretudo que, no limite, eles cortam a corrente elétrica da casa das pessoas porque elas não têm como pagá-la. Elas são pobres. Eiste um aumento da precaridade energética que atinge 13 milhões de pessoas na França, que sofrem com os cortes, mas dentro de suas casas. Então, quando elas vão à rua, ela está sempre iluminada. Eles vão ao supermercado, eles vão ao hospital etc. Aqui, isso significa que não há mais nada. Então, em um dia em cidades como Paris, todo o ciclo de alimentação estará comprometido. Nos supermercados, você pode jogar tudo no lixo, e então, não haverá mais nada para comer, em um dia. Se isso durar 2 ou 3 dias, imagina o transtorno. Nos hospitais, haverá mortes. O metrô paralisado. Com o que vamos procurar as pessoas? Nada mais de água, porque a água funciona à eletricidade: as bombas d'água. Não imaginamos o que poderá vir a ser. Então, há sempre essa necessidade de equilibrar a rede. E a energia hidráulica é um meio, se realmente estivermos um pouco ferrados, de sair da barragem e de salvar a rede. E, então, você coloca isso para alguém do privado. Você imagina a especulação que ele pode fazer? Ele pode reter a água, esperar que haja um limite para o blackout e dizer: "Eu, eu tenho os kW/h que vão salvar a rede". Bem, antes da vírgula, ele colocará o número de "zeros" que ele quiser. Ou seja, que os pedágios não têm qualquer valor. – Senhor ministro, como o senhor explicaria que a França seja o único país europeu a abrir suas barragens hidráulicas à concorrência e a desistir também ao controle público desta ferramenta? O senhor pode se comprometer de que não haverá privatização de nossas barragens, que, eu lhe lembro, são propriedade da Nação? – Ségolène Royal se reuniu, diversas vezes, com a comissária europeia que se ocupa dessa questão, para explicar o que nós havíamos feito dentro da lei de transição energética. No qual eu lembro que ela decidiu selecionar os melhores projetos energéticos por uma concorrência de operadores industriais. Por meio dessas reformas, Ségolène Royal pretende favorecer o investimento e o desenvolvimento da hidroeletricidade, primeira fonte de eletricidade renovável na França. Essa reforma é uma oportunidade de preservar e de melhor valorizar o patrimônio hidroelétrico francês. – Você já se deu conta, né? É oferecer o roubo certo de alguma coisa que nos pertencia. As barragens são uma herança para 66 milhões de franceses. Nos é dito na mídia sobre a herança de um cara que se chama Johnny Hallyday. Um, apenas. Mas sobre as barragens, nada. Esse é o primeiro ponto. Em segundo, as barragens são a segurança nuclear. Existem linhas dedicadas para resfriar as centrais nucleares, se elas tiverem problemas de resfriamento, como em Fukushima. Se é privado, privatizada é a segurança nuclear. O cara não tem mais água, ele jogou, ele especulou, "Ah, nós precisamos que você nos deixe para resfriar." " Ah, bem, não tenho mais água, fiz uma besteira, ganhei muito dinheiro". Em terceiro: a água não é eletricidade, é um bem da Nação. A região de Gorges du Verdon, por exemplo, no verão, é o turismo. As barragens com seus lagos, a canoagem, os esportes aquáticos ganham força em toda região. E a EDF, o serviço público não desiste. Ele não esvazia ou enche para não fazer mover suas margens e de não ter mais praias ou de perturbar os esportes aquáticos etc. Então, eles retêm a água etc. O setor privado: "mas espera, vocês estão brincando? Vocês viram o preço do megaWatt? E eu vou reter, quando ele vale isso? Eu desisto. Os caras lá embaixo, eles que paguem, se quiserem que eu não desista." Então, todos os multiusos da água, tudo o que é irrigação para a cultura, de tudo que é turismo, mesmo as usinas. Na Vallée de la Maurienne, você tem usinas alimentadas, é importante. E bem, tudo isso será colocado em questão também. Então, existe uma enorme onda ressonante para 66 milhões de franceses. E bem, Nicolas Hulot a reconduziu. Então, os grandes shows de sapateado de Nicolas Hulot, eu desconfio. – Eu teria um colega que te teria dito: "Você escuta, o barulho? O barulho dos euros que entram! " Esse é o barulho dos euros que entram, percebe? – Sobre as concessões hidrelétricas, aqui arriscamos entrar nos contenciosos que são pesados. Então, será preciso que tomemos um certo número de decisões, tentando proteger nossos direitos, e principalmente aqueles de nossa grande empresa. Então… mas também tem um momento onde… … nós não poderemos prorrogar continuamente o prazo, exceto se esbarrarmos, novamente, com consequências econômicas que serão inquietantes. – Você também explica que as energias renováveis não são, talvez, toda essa entusiasmante alternativa às energias nucleares ou às energias tradicionais, e que elas são talvez, na verdade, uma espécie de cassino, um open bar como você diz. Vamos assistir a um trech sobre a possibilidade de que as pessoas têm de escolher uma energia verde, limpa. E é a empresa Enercoop, da qual muitas pessoas são assinantes. – Em todo caso, um certo número de pessoas que nos frequentam ou que nós frequentamos. – E você não hesita em dizer que essas pessoas são claramente cúmplices da quebra do serviço público. – Então, vou dizer isso de outra forma, porque não quero assustar uma grande parte dos telespectadores do Le Média. Até porque, aqui, eu vou tomar um sermão da Aude. – Você explica que uma parte da… – Não, não, não, mas… Você não pode bater assim no seu pblico. Não, mas podemos falar a respeito e existe honestidade por detrás disso. Mas existe, às vezes, uma falta de informação, uma dificuldade, primeiramente de informação. – Não, mas você diz que uma parte da sociedade civil valida o fim do serviço público de energia. – Mas indiretamente. E eu vou te explicar por quê. Vamos assistir e depois eu digo. – Depois que o mercado de eletricidade está aberto à concorrência, em 2004 para as empresas e em 2007 para as pessoas físicas, cada um é livre para escolher seu fornecedor. Enercoop é, então, um fornecedor ecológico que compra exclusivamente junto a uma centena de produtores de eletricidade hidráulica, eólica, solar e de origem no biogás. – Enercoop, eu vi, é interessante. Até o momento, enfim, os últimos números de um ou dois anos atrás, eles produziam 2.500 megaWatts em nível nacional. 2.500 megaWatts correspondem ao consumo da região de Paca-est e de Nice-Cannes no inverno. Então, com 2.500 megaWatts, não vamos bem longe. Assim, se eles adicionam mais clientes, eles vão consumir sobre o quê? Quando eles têm centrais que param de funcionar, eles não têm energia o bastante para alimentar por causa das paradas de funcionamento. Os clientes não são cortados, então eles se aproveitam dessa rede. Eles se aproveitam da energia dos outros, de todas as formas. É um misto de energias! Isso é preciso dizer. Depois, com relação à Enercoop, eu, a progressão… não me desagrada essa progressão em dizer que não queremos a energia nuclear e tal. Mas eu digo por que criar uma outra empresa se nós temos um serviço público, e que vale mais defender esse serviço público do que cuspir em cima dele, porque é o nosso bem comum a todos. – Então, isso é importante. É que essa desregulamentação do mercado de energia, a quebra do serviço público, que começou depois de 2007, 2004 com as empresas, 2007 para o grande público, e eles o dizem no comercial que mostro da Enercoop: "De agora em diante você tem liberdade de escolha". Dizer isso é uma frase ultraliberal. É o princípio mesmo da quebra do serviço p úblico. – A concorrência livre e perfeita, é o tratado de Maastricht. É o dogma dos ultraliberais, "liberdade de escolha". Então, os caras se aventuram recitando palavras, então agora, eles são a parte apaixonada pela desregulamentação. Eles fazem parte de um ator da desregulamentação. Então, tem a EDF que representa um sério problema. Será que a EDF é ainda um serviço público? Mas a ideia de serviço público está ainda aqui. E, então, eles se enfiaram lá dentro e os caras acharam: "Minha pequena empresa não conhece a crise". Eles encontraram um sistema onde eles mesmos são pagos, onde eles têm salários etc. E no fundo, eles são a parte apaixonada dessa desregulamentação dos serviços públicos. Ele diz isso claramente, Yves, porque ele diz ainda que o espírito antinuclear não o incomoda muito. Por que não, enfim, mas… por que ir contra um serviço público, de colocar qualquer coisa que vai ajudar a quebrar o serviço público, se não é esse serviço público que precisa ser protegido, reformado, reformado? Os caras que pensam que é dentro do quadro de um sistema ultraliberal que nós vamos resolver o problema da energia nuclear na França e das energias renováveis, eles estão enganados. Mas eles estão completamente enganados. Ser á um massacre. Nós vimos isso bem no Japão, o resultado é Fukushima. Não estou dizendo que é uma grande alegria a energia nuclear na França mas, pelo momento, o serviço público era o fiador, em todo caso social, de alguma coisa. Então é preciso que discutamos uma energia para amanhã, de qual energia para amanhã, que tudo isso é um debate. "o roubo da energia", não fizemos isso para defender a energia nuclear. Eu disse a ele, ao camarada da CGT-énergie, é defender o serviço público. O serviço público de energia está ameaçado. E é dentro do quadro de um serviço público que poderemos falar amanhã das energias do amanhã, em 30 anos. Será preciso um serviço público certamente mais democrático, com usuários etc, para que possamos refletir em uma energia. Mas não é indo até a Enercoop. Aliás, entre parênteses, agora, recentemente, a estação de rádio France-Inter apresentou um estudo do Greenpeace, aqueles que fornecem uma forte energia ecológica: Engie, EDF etc no primeiro ranking. dentro do ranking Greenpeace, a Enercoop. Greenpeace: um dos acionários da Enercoop. Um dos acionários, não é um apoio! Acionário, criança. Então, isso é uma coisa extremamente importante. Então, o último ponto sobre a Enercoop, apenas sobre as barragens: A Enercoop se serve da energia hidráulica, de um sujeito que se chama Franck Adisson. Franck Adisson tem uma empresa que obteve a primeira abertura de concessão de uma barragem hidráulica no curso d'água de Sèveraisse, que se encontra na região de Hautes Alpes, em 2008. Essa foi a primeira concessão permitida e foi uma empresa privada que a ganhou. Depois da reforma de 2004, de abertura, de Sarkozy, os sindicatos de energia conseguiram lutar para que o estatuto fosse mantido para todos os eletricistas, contrariamente aos dos transportes. Os concorrentes privados da SNCF não têm, não tinham o estatuto. Então, agora, ele acabou. Mas os caras do setor privado têm o estatuto. Ou seja, têm condições de trabalho, de salários e de possibilidades de falar sobre o trabalho etc. Franck Adisson ganhou as barragens que nós lhe demos, ele não fez nenhum trabalho em cima. Ele ganhou apenas um grande prêmio em dinheiro. É uma renda. E ilegalmente, não paga os sujeitos conforme o estatuto. Cada um deles recebe 1.200 euros por mês, os dez assalariados dessa barragem. E a Enercoop faz propaganda para Franck Adisson. – Porque para ter sua energia ecológica, com sua pequena cenoura bio e sua bicicleta, é preciso explorar os caras nas barragens dos Alpes. Os camaradas, é preciso que eles me digam, e a Enercoop é preciso que ela se posicione. Eu como as cenouras bio e tenho uma bicicleta, mas não em detrimento da sorte dos assalariados. E então isso, Enercoop, gostaria muito que nos debates que virão, vocês me respondessem. E que os ecologistas, haverão alguns aiatolás, eu os conheço, que eles me respondam em cima disso, e se eles me responderem "pouco me importa", saberei, politicamente, quem eu tenho na minha frente. Existe uma ecologia de direita, mesmo de extrema-direita na Alemanha, nos USA A ecologia não é fiador de tudo o que é formidável. Então, é preciso ir devagar, essa não é a carta coringa. "É ecológico, então é bom", tsc, tsc, tsc. Sim, efetivamente o planeta é importante Estamos destruindo-o, é importante mas… – Sim, porque existe uma tendência pesada nesse momento de… – De etnocentrismo, de pequeno ego. … não apenas de etnocentrismo, mas também sobre essas questões ecológicas, de uma individualização e de um aspecto muito comportamentalista… – Quebramos o serviço público de energia dizendo: "Vou colocar meu painel solar na minha casa ou minha turbina eólica no meu jardim." – É isso. – Então, a gente se lixa pra rede energética. E nas cidades, onde eles vão colocar as turbinas eólicas? E os painéis solares, onde eles vão colocá-los? Então, e os mendigos, os 30 ou 40% de mendigos que existem na França? Quando digo mendigos, digo com todo amor a essa palavra aqui. Moro em Nord-Pas-de-Calais, moro num bairro de mendigos, Wazemmes, em Lille, você conhece. Bem, onde os mendigos poderão colocar sua pequena turbina eólica? Então, é legal pensar apenas em si, eu não tenho televisão, vejo os filmes de Balbastre, escuto o Le Média, como minhas cenouras raladas bio etc. Eu digo, "camarada, ok, ok, mas abra seus olhos também, hein? " E você tem amigos, vá aos confins de Pas-de-Calais, você também vai ver como estamos tratando 30 ou 40% dos caras. Então, é um verdadeiro discurso poltico. Uma construção política um pouco diferente também. – Ainda existem ilhas de resistência, cercadas por múltiplas legiões liberais. Não, não, não a oeste, não na metrópole. Em territórios e países ultramarinos, e aqui, na Córsega. – A especificidade insular faz com que nós continuemos a existir como existia a EDF-GDF há alguns anos. Antes da separação das empresas, e antes que elas fizessem concorrência no continente, hoje. – Ainda temos sorte, dizia isso há pouco, de ser um centro integrado que tem sob comando uma mesma direção regional, a produção, o transporte, a distribuição, a comercialização do gás e da eletricidade. É preciso lutar para preservá-los. Porque em palavra córsega, não queremos esse sistema de merda. Não queremos isso. A lei da selva, não a queremos. Porque na selva, não somos nós os leões. Individualmente, somos os antílopes! Os leões são hoje os patrões, mas coletivamente os leões somos nós. Então, num dado momento, é preciso que a gente se mobilize. Estamos numa fase onde além de nos preocuparmos com a nossa situação, de nossas conquistas, essa é uma certeza, porque não somos bastardos, sabemos de onde viemos. Sabemos que foram os mais velhos que nos construíram isso, não vamos desistir. Mas mais do que isso, vair ser preciso que a gente chacoalhe os usuários. Nós lutamos pelos usuários, pelos primos, pelas tias, pela família. É por esses aqui que a gente luta também. Gostaria que os amigos tomassem a palavra, os jovens. Os jovens que têm os joysticks na mão e que estão nos campos. Que eles digam um pouco o que eles pensam, e sobretudo com palavras, palavras simples, se você entende o que eu digo..

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Terri Maddox, Schenectady: New York Film Academy, Battery Park, Manhattan. Alvorada: Jesuit; 2014.

Сhris Jordan, Ontario County. Araras: Helene Fuld College of Nursing; 2017.

Dale Doyle, Post Avenue zip 10034. Caraguatatuba: Webb Institute, Glen Cove; 2016.

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