Franciscan - O processo docente educativo na capacitação da família campesina, mediante a metodologia agroecológica "de campesino a campesino", se converte em um processo de ensino-aprendizagem, onde logramos a interação de todos os atores do movimento com a família. Quando falamos dos atores do movimento, está o coordenador agroecológico, o facilitador e o camponês promotor. E o resto dos camponeses que começam a inter-atuar dentro do movimento e começam a se incorporar. É uma capacitação que se baseia nos princípios do pensamento criador, e se baseia nos princípios de aprender fazendo, com muita prática. Agora esta metodologia ainda que seja uma metodologia de aprendizado participativo, deve de regir-se por passos. Primeiro devemos diagnosticar a família campesina que vamos trabalhar. Devemos conhecer suas necessidades, devemos conhecer suas expectativas. É importante também neste processo o planejamento. O planejamento ainda que o levemos de antemão, deve ser aberto. Ou seja, tem que estar aberto às mudanças segundo as necessidades que virmos no ponto do desenvolvimento de determinada capacitação. Sim é necessário incluir novos temas, abordar outros aspectos. Nos damos conta imediatamente que nos reunimos com os produtores e produtoras e fazemos o diagnóstico. Bom, e então é necessário Mudar os objetivos, incluindo os conteúdos que nos havíamos proposto, e realmente este intercâmbio entre eles nos permite aperfeiçoar a capacitação. O terceiro passo deste processo é a aplicação. A aplicação não é mais que levar à prática esses objetivos mediante conteúdos, e com determinados métodos e determinadas técnicas. Por último está a sistematização ou evolução. é importante quando fazemos um projeto de capacitação levar-lo até poder valorizar o efeito que teve entre os que receberam a capacitação. Portanto, este projeto deve ter uma sistematização, um controle sistemático, e devemos chegar a conclusões sobre a efetividade desta capacitação. Agora, havíamos dito que dentro deste planejamento temos que ter em conta as necessidades dos produtores e produtoras em seu sistema produtivo. Portanto, temos que partir de um objeto que cumpra com as necessidades, que nada mais é que o problema que tem a família campesina e que é importante que se capacite para resolver seu problema. À parte deste objeto, temos que ter em conta e caracterizar muito bem os objetivos que vamos a nos propor na capacitação. Os objetivos e os conteúdos. O conteúdo responde aos objetivos que nos proporemos. E o objetivo responde ao problema. O seja, solucionar o problema de capacitação que necessita a família para melhorar seu sistema produtivo. Uma vez que já tenhamos os conteúdos em função dos objetivos, há algo muito importante, que é o método. Como iniciar esta capacitação tendo em conta as características dos membros da família que vão receber a capacitação? Nos apoiamos então no diagnóstico que já mencionamos onde já temos uma caracterização das pessoas que vão receber a capacitação. Então utilizamos técnicas participativas, porque esta metodologia é uma metodologia que necessita muito intercâmbio, que haja uma participação e uma elaboração conjunta dos conhecimentos, do coordenador e/ou do facilitador com os promotores ou promotoras. O seja, temos que lograr esse rico intercâmbio de conhecimentos para poder lograr na verdade que a capacitação seja efetiva, que cumpra as expectativas dos membros da família que recebem a capacitação, e que ao final este projeto se possa levar à prática exitosamente. e que os produtores e produtoras possam generalizar-lo em seu raio de ação com os outros camponeses da zona. São importantes também aqui os meios que vamos utilizar. Para isso teremos que ter em conta onde iremos realizar a capacitação. Em que lugar? Com que condições? Quem vai participar desta capacitação? Porque existem produtores que são capazes de captar o conhecimento imediatamente e reproduzir-lo e levar-lo à criatividade e por em prática, mas existem produtores que necessitam mais tempo para realizar este processo. O meio fundamental que devemos escolher para realizar estas capacitações é a própria propriedade dos produtores e produtoras. Que eles utilizem sua propriedade como meio de ensino, como sala de aula. Isto lhes ajuda a identificar, conjuntamente com os facilitadores e os coordenadores, todos os problemas que têm em seu sistema produtivo, as possíveis causas e possíveis soluções, segundo as condições que tenham em sua propriedade. Se deve trabalhar com técnicas de grupo, criar conhecimentos ou levantar conhecimentos coletivos. E isso também ajuda muito ao produtor, porque o produtor analisa seus problemas em sua propriedade com a ajuda dos facilitadores e dos coordenadores de nosso "Movimento Agroecológico Campesino a Campesino". Que lhe dá uma continuidade, uma evolução que começa desde que fazemos o diagnóstico com a família campesina, até o desenvolvimento da própria capacitação, até colocar em prática dos aspectos que eles aprenderam na teoria e que já estão realizando na propriedade, para poder fazer uma boa evolução deste projeto de capacitação..
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