Artigo 194 Do Codigo Civil Brasileiro

Schenectady County Community College - Hoje, estamos desvendando os segredos do cosmos. A explosão de estrelas... ...buracos negros gigantescos... ...e poderosos jatos de gás. Através do mundo e no espaço, telescópios de alta tecnologia estão captando os sinais, os quais revelam um universo oculto. Um cosmos quase incompreensível em tamanho, idade e violência. Os telescópios continuam a abrir janelas cada vez maiores no universo. Os cientistas agora correm para desvendar novos segredos. com telescópios maiores... ...mais altos... ...e mais avançados do que nunca antes. Toda vez que você tenta explorar uma nova parte do universo, temos essas grandes descobertas, essas grandes surpresas. Desde o começo do Século XX, os telescópios nos levaram para além dos nossos planetas, e para além de nossa galáxia, para ver coisas que jamais sonhamos. Eles nos mostram o próprio nascimento de nosso universo. Matéria invisível. E o mistério da energia escura. Irá a próxima geração resolver o maior enigma de todos: nosso derradeiro destino? A energia escura é uma das chaves para entender o destino, o derradeiro destino do universo. Em busca do limite do espaço, agora, em NOVA. No alvorecer do Século XX, nossa galáxia - Via Láctea - era todo o universo conhecido. EM BUSCA DO LIMITE DO ESPAÇO O Universo em Expansão Infinita Mas agora vivemos na era de ouro das descobertas cósmicas. Os telescópios estão abrindo nossa compreensão do cosmos. Maiores do que nunca e trabalhando em grandes redes, através do globo e no espaço, eles estão desvendando segredos que nos chocam e nos impressionam. Os planetas de nosso sistema solar em detalhes surpreeendentes - os majestosos anéis de Saturno, e nuvens tempestuosas na superfície de Júpiter. Mas, muito além de nosso sistema solar, nós, agora, estamos descobrindo exoplanetas... ...orbitando outros sóis... ...e, além de nossa galáxia, outras centenas de bilhões de galáxias, como Andrômeda... ...Sombreiro... ...e Redemoinho, cada uma abrigando centenas de bilhões de estrelas. Nós detectamos buracos negros gigantescos, girando violentamente no próprio centro das galáxias, incluindo a nossa própria. Nós testemunhamos supernovas: a explosão de estrelas, a milhões de anos-luz de distância, lançando gás superaquecido a 965.000 km/h. E nas entranhas de nuvens de gás e poeira, espalhando-se por trilhões de quilômetros de altura, podemos vislumbrar o nascimento de novas estrelas. Os telescópios continuam a abrir janelas cada vez maiores no universo. Agora, os telescópios mais recentes estão revelando os mistérios invisíveis do espaço, os quais apenas estamos começando a entender: a matéria escura - a plataforma oculta sobre a qual nosso cosmos é construído; e a energia escura - uma força poderosa e invisível, a qual está estendendo o nosso universo. Toda vez que você tenta explorar uma nova parte do universo, temos essas grandes descobertas, essas grandes surpresas. De volta ao começo do Século XX, o universo parece ser um lugar bem menor - Sol, Terra e os planetas que compõem nosso sistema solar e, além deles, existem milhões de estrelas que compõem o restante de nossa galáxia: a Via Láctea. Mas é só isso. Esse é nosso universo. E, para os astrônomos, uma questão maior permanece. Uma pergunta-chave, no começo do Século XX, era se nossa Via Láctea era tudo que existia. Era o universo todo, ou havia outras galáxias? Então, o que aconteceu? Como os telescópios revelaram tanto de nosso cosmos, e alcançaram seus próprios limites? A revolução começa no início dos anos 1900. Um novíssimo telescópio está sendo construído. Ele irá alterar nossa percepção do universo para sempre, explodir os limites do cosmos, e nos lançar em uma jornada de descobertas que ainda acontece até hoje. Aquele telescópio é um dos mais importantes na história da astronomia. Os primeiros passos na revolução: um astrônomo está escalando o Monte Wilson - um pico de 1.700 metros, sobre Pasadena, Califórnia. Ergue-se acima das nuvens e da neblina da atmosfera baixa, a qual distorce as imagens dos telescópios. Ele quer ver se é possível construir um observatório no próprio pico da montanha, onde o ar é fino e claro como cristal. Havia uma sensação crescente de que, para uma visão astronômica realmente boa, você precisava achar bons locais, ao invés de simplesmente construir um telescópio onde você já possuía um observatório antigo. As pessoas começaram a perceber que as montanhas no oeste dos EUA ofereciam reais possibilidades. Cem anos atrás, a simples idéia de pôr um observatório no topo de uma montanha é revolucionária e um enorme desafio logístico. Centenas de toneladas de aço e concreto precisavam ser cuidadosamente levadas pelas estreitas estradas montanhosas. Mas o céu limpo compensava. O Monte Wilson irá se tornar o observatório mais alto na Terra, e um observatório-modelo para todo o mundo. Esse observatório é a visão de um homem: George Ellery Hale. Sua missão? Resolver os maiores mistérios do cosmos, descobrir se há algo além de nossa galáxia. Mas, para Hale, a alta altitude é apenas o primeiro passo. Para ver o cosmos profundo, com incrível detalhismo, ele precisa que o seu novo observatório abrigue o maior telescópio do mundo. Telescópios são como "baldes de luz" - quanto maior o telescópio, mais luz ele pode coletar, trazendo as estrelas mais tênues ao foco. Mas Hale enfrenta um desafio. A maioria dos telescópios da época usam lentes de vidro para focar a luz. Mas quando as lentes de vidro ficam grandes demais, elas curvam-se sob seu próprio peso, causando distorção. As lentes de vidro simplesmente não podem ser maiores. O que Hale precisa é de um design novo e radical: um telescópio gigante que possa captar bastante luz, mas que não use lentes. Assim, Hale recorre a um telescópio inicialmente criado por Isaac Newton, em 1668. O refletor. Esse tipo de telescópio usa um espelho metálico curvado, ao invés de lentes de vidro. Ele foca a luz, refletindo-a em um ponto. Agora, Hale planeja construir um deles em uma escala jamais vista antes. Apenas engenharia revolucionária pode montar o instrumento gigantesco que ele planeja. E o projeto levará 11 anos para ser finalizado. O espelho curvado tem 2.5 m de diâmetro e pesa 4 toneladas. Ele se situa na base de um tubo de ferro de 12 m, abrigado sob um domo com 30 m de diâmetro. Finalmente, em 1917, o maior telescópio já visto pelo mundo desperta admiração em meio ao público. # O olho científico dos EUA: # a essa meca de observadores de estrelas # chegam astrônomos de todas as nações. No panteão dos telescópios na astronomia, o Monte Wilson - não é exagero dizer - é, provavelmente o telescópio mais importante na história da cosmologia. Descobertas que foram feitas aqui realmente o tornaram famoso. Esse enorme telescópio logo é apontado rumo a um dos mistérios mais duradouros da astronomia. Estranhas nuvens difusas de luz, suspensas entre as estrelas, têm confundido os astrônomos durante anos. <b>Elas são as nebulosas.</b> Algumas são redemoinhos ovais; outras são delicadas espirais de estrelas; outras têm tentáculos ramificados. Milhares delas são visíveis através dos telescópios, mas ninguém sabe o que elas são, ou quão distantes estão. Alguns astrônomos acreditam que certos tipos de nebulosa poderiam estar fora dos limites de nossa Via Láctea. Eles se perguntam se poderiam ser universos-ilhas - galáxias como a nossa própria. Se assim for, isso irá abalar os limites do universo e nossa compreensão sobre ele. Mas eles nunca haviam tido a tecnologia para resolver o mistério... ...até agora. Hale convida os melhores astrônomos do mundo para ajudar a desvendar o mistério de uma vez por todas. Entre eles, está um jovem chamado Edwin Hubble. Edwin Hubble foi um dos maiores observadores astronômicos que já existiram. Ele fez uma tremenda série de importantes descobertas. Noite após noite, Hubble examina a nebulosa com o telescópio de 2.5 metros. Ele examina uma em particular: a Nebulosa de Andrômeda, a qual Hubble, agora, pode ver em detalhes sem precedentes. Seria esse telescópio de 2.5 metros que, finalmente, seria poderoso o bastante para deixar a nebulosa dentro de alcance, e que iniciaria uma série de descobertas que simplesmente mudaria completamente nossa compreensão do universo. Hubble pode ver estrelas dentro da Nebulosa de Andrômeda mas, para descobrir se ela realmente é um universo-ilha fora da Viá Láctea, ele precisa descobrir o quão distante ela está. Mas essa não é uma tarefa fácil. Estabelecer distâncias na imensidão do espaço é um dos maiores desafios para os astrônomos. As estrelas, assim como faróis de automóveis, parecem mais brilhantes quando estão mais próximas. Se você conhecer seu brilho verdadeiro, você pode calcular sua distância. É como saber a potência de uma lâmpada. Se você não a souber, você tem um problema, como a astrofísica da NASA Kim Weaver explica. A aquela distância, o farol daquele carro parece ser tão brilhante quanto a lanterna dessa bicicleta. Mas conforme o farol se aproxima, fica óbvio que seu verdadeiro brilho é, na verdade, maior do que o da lanterna da bicicleta. O mesmo ocorre com as estrelas. Se soubermos o quão brilhante uma estrela é, intrinsecamente, podemos descobrir a que distância ela está de nós. E é isso o que nós chamamos de "brilho de referência". Felizmente, para Hubble, os astrônomos haviam recentemente descoberto um tipo especial de estrela, com um brilho autêntico que poderia ser calculado. É chamado Variável Cepheid, e ela é reconhecível porque ela pulsa durante um período de dias. Tudo que Hubble precisa fazer agora é encontrar uma dessas estrelas em uma nebulosa, como Andrômeda. À noite, ele varre os céus com o espelho de 2.5 metros. Durante o dia, ele analisa as fotografias que ele tirou, em busca de quaisquer estrelas que tenham mudado de brilho. Então, em 6 de outubro de 1923, após meses de trabalho, Hubble encontra o ouro: uma variável Cepheid nos limites de Andrômeda. Eu estou olhando para a placa original de descoberta de Edwin Hubble, onde ele encontrou uma Cepheid na galáxia de Andrômeda. E ele, na verdade, marca nessa placa, entre duas linhas pretas, a posição da Cepheid. Ele escreve "Var!" - uma marcação exclamativa, quando ele percebe que é uma Cepheid. Assim, ele comparou duas placas diferentes, e ele descobriu que essa coisa está, na verdade, mudando de brilho. Hubble agora pode fazer uma medição que mudará a história: a distância até uma das nebulosas. Ele descobre que Andrômeda está a cerca de 800.000 anos-luz de distância. Isso é mais do que 8 vezes a distância para as estrelas mais longínquas conhecidas na Via Láctea. Significa que Andrômeda deve estar fora da Via Láctea - toda uma galáxia nova além da nossa própria. Essa é uma evidência irrefutável. Ele fica muito animado. Ele a escreve com uma marcação exclamativa, porque percebe a importância da descoberta. A descoberta de Hubble derruba as fronteiras de nosso universo. Nossa Via Láctea não é mais tudo o que existe no cosmos. Hubble, a seguir, descobre que Andrômeda não está sozinha. Ele revela que dezenas de nebulosas são, na verdade, outras galáxias. A pesquisa de Edwin Hubble com telescópios mudou profundamente nossa visão do universo. Os mais poderosos telescópios atuais ainda exploram o cosmo mais amplo primeiramente descoberto por Hubble. Olhando através de bilhões de anos-luz, eles descobriram 100 bilhões de novas galáxias, além da nossa própria - cada uma composta por 100 bilhões de estrelas. Multiplique um pelo outro, e você obtém mais estrelas do que todos os grãos de areia, em todas as praias e em todos os desertos da Terra. Foi exatamente assim que o universo se tornou cem bilhões de vezes maior. A descoberta de Hubble de que havia outras galáxias, além da nossa própria, expandiu o universo como nunca. Mas o que ele descobre a seguir será ainda mais extraordinário. Vários anos antes, outros astrônomos haviam descoberto que muitas das nebulosas, agora identificadas por Hubble como galáxias, estavam se afastando de nós. Agora, Hubble quer descobrir o porquê. E ele fará isso analisando a própria luz. Ele usa um método descoberto nos anos 1800. Esse é um espectroscópio, construído em cerca de 1880. Uma das primeiras gerações de instrumentos usadas para analisar a luz vinda do Sol. É um instrumento, como esse, que transformou a astronomia, porque você pode decompor a luz de uma forma que você jamais teria imaginado. O espectroscópio decompõe a luz branca em seu espectro de cores do arco-íris. E, oculto, nesse espectro, estão as pistas para o comportamento das estrelas. A luz é composta de ondas. E cada cor tem o seu próprio comprimento de onda. A luz azul tem um comprimento de onda curto. A luz vermelha tem um comprimento de onda maior. Mas quando uma galáxia está viajando pelo cosmos, os comprimentos de onda da luz parecem mudar, desde nossa perspectiva na Terra. Se a galáxia se move em nossa direção, os comprimentos de luz são encurtados, e parece mais azul. Se a galáxia se afasta de nós, os comprimentos de onda são esticados, e parece ficar mais vermelho. <b>Nós chamamos o efeito de desvio para o vermelho.</b> É como um velocímetro cósmico. Quanto mais rápido uma galáxia se afasta de nós, mais suas ondas de luz são esticadas rumo ao vermelho. O som funciona praticamente da mesma forma porque ele, também, é composto por ondas, tal como o astrônomo Alex Filippenko explica. Ah, isso vai ser genial. Eu irei apertar a buzina, agora. Aqui vamos nós. O tom do som é constante, mesmo o carro estando em alta velocidade na estrada. No assento do motorista, Filippenko escuta a buzina com um tom constante. Ele não se altera. Mas, agora, ele quer ouvir como a buzina irá soar, se ele estiver na beira da estrada e o carro passar por ele. Quando o carro estava vindo em minha direção, as ondas da buzina foram sendo comprimidas, de modo que o tom parecia mais alto. Conforme o carro passou e se afastou, as ondas foram sendo estendidas, de modo que o tom parecia mais baixo. Então, ele meio que... Dessa forma. Se aquele carro azul estivesse rápido o bastante, a luz azul, de alta frequência, teria sido esticada, então, a cor azul teria migrado para vermelha. O carro pareceria vermelho para mim. <b>Isso é conhecido como desvio para o vermelho.</b> De volta a 1928, Hubble examina o "desvio para o vermelho" de suas novas galáxias, para descobrir com que rapidez elas se movem. Ele decide tabelar as velocidades das galáxias - próximas e distantes. Ele quer ver se consegue descobrir alguma correlação entre a rapidez com que se movem e o quão distantes estão. Noite após noite é passada analisando, minuciosamente, a luz vinda das galáxias. Os resultados finais são surpreendentes. Hubble descobre que, quanto mais longe está uma galáxia, maior é seu "desvio para o vermelho", logo, com maior rapidez ela está se afastando. Em 1929, ele havia estabelecido uma relação bem interessante entre elas: as nebulosas mais distantes afastam-se mais rapidamente. Hubble chega a uma conclusão surpreendente: o universo está expandindo-se. Pode parecer que as galáxias estão se afastando de nós, mas, na verdade, é o próprio espaço que está se esticando. Aqui está uma boa analogia de como funciona o universo em expansão. Bem, esse é um universo hipotético, unidimensional, onde as bolas de ping-pong são as galáxias e a mangueira é a distância entre elas. Conforme o espaço se expande, todas as bolas de ping-pong recuam umas das outras, e cada parte do espaço se expande. Quanto mais espaço há, com mais rapidez a mais distante parece afastar-se de nós. A descoberta de Hubble é um dos maiores avanços na história da astronomia - o universo não é estático, ele está crescendo cada vez mais. Essas galáxias estão se afastando umas das outras, porque o próprio espaço está expandindo-se entre as galáxias. Essa foi uma descoberta maravilhosa. Hubble poderia jamais ter feito suas descobertas sem o telescópio de 2.5 m no Monte Wilson. No alto das planícies do Novo México, um dos telescópios atuais mais avançados está levando o trabalho revolucionário do Hubble ainda mais adiante. O Sloan Digital Sky Survey está analisando a luz estelar de centenas de milhares de galáxias distantes. Cada disco de alumínio é um mapa das galáxias de uma pequena parte do céu noturno. Bem, temos 640 buracos em uma placa de alumínio. Cada buraco corresponde a uma galáxia, a muitos milhões de anos-luz de distância. Fibras ópticas conectam cada buraco a uma versão de alta tecnologia do espectroscópio usado por Edwin Hubble. Ele medirá o desvio para o vermelho das galáxias. A seguir, técnicos inserem o mapa na base do telescópio, e o associam à seção exata do céu noturno. Então, você pode obter 640 espectros de uma vez, a qual é uma excelente forma de conduzir uma pesquisa, bem melhor do que 1 por vez. Essa pesquisa já calculou as velocidades de mais de 930.000 galáxias, provendo-nos com uma imagem muito mais precisa do universo no qual vivemos, e com que rapidez ele está se expandindo. Mas, de volta à 1929, a descoberta de Hubble levanta uma nova questão: se o universo está se expandindo, a partir do quê ele está se expandindo? Hubble viu e percebeu que as coisas estavam se afastando umas das outras, e o salto natural diante disso é: "bem, se as coisas, agora, estão se afastando, em algum momento, elas não estariam todas em um ponto central?" Os astrônomos surgiram com uma teoria revolucionária: o Big Bang, um momento único no tempo, quando o universo foi criado. A idéia é tão revolucionária que os cientistas lutaram para entendê-la. Nós não tínhamos como observar esse fenômeno. As pessoas, na época, não conseguiam entendê-lo. Nem sequer Einstein acreditava nessa idéia. Nós não esperávamos que isso pudesse acontecer, e tampouco tínhamos os telescópios para observar os efeitos do Big Bang. Para encontrar as evidências, os astrônomos precisarão de um tipo completamente diferente de telescópio, um que pode ver o quê nossos olhos não podem. Mais além das cores da luz visível, estão os raios do espectro eletromagnético que os nossos olhos não conseguem detectar. Raios gama, raios X, ondas de rádio e microondas podem ser invisíveis, mas eles são cruciais para os astrônomos. Eles contêm as pistas para alguns dos eventos mais violentos do universo. O olho humano só capta uma parte bem pequena do espectro eletromagnético. Essas são todas as ondas que se comportam como a luz. Mas nós fomos capazes de ver partes do espectro que não são visíveis para o olho humano. 1964. Os astrônomos Arno Penzias e Robert Wilson estão trabalhando com um novo radiotelescópio. Sua antena gigante permite a eles medir microondas e ondas de rádio no espaço, sob a forma de calor. Eles esperavam que as estrelas da Via Láctea emitissem um brilho tênue, mas quando eles apontaram sua antena para o vazio, onde não deveria haver absolutamente nada, eles descobriram algo bastante incomum. Nós esperávamos descobrir que o espaço distante da Via Láctea fosse bem frio. Quero dizer, bem perto do zero absoluto. Ao invés disso, descobrimos, com bastante surpresa, que ele era 3 graus mais quente do que isso. O misterioso sinal parecia vir de todas as direções. Nós tínhamos um ruído, um sinal, por assim dizer. Poderia ser uma fonte de ruído de rádio ou outra coisa. Eu não tinha idéia do que era. Penzias e Wilson suspeitaram que havia um defeito no equipamento, o que estava causando a interferência. Eles tentaram de tudo, até mesmo tirar as fezes dos pombos de dentro da antena. Não desapareceu durante o inverno nem o verão, dia ou noite, estações... Nós olhamos em cada direção possível. Houve uma explosão nuclear em alta altitude dois verões atrás, então, será que havia algo na atmosfera? Partículas com carga? Eu não sabia. Penzias e Wilson ficaram empacados, até que eles ouviram falar de um trabalho sendo realizado por uma equipe de cientistas bem perto deles, na Universidade Princeton. Robert Dickie e seus colegas descobriram que o resplendor do Big Bang ainda deveria ser sentido atualmente. Eles inclusive calcularam a temperatura: 3 graus acima do zero absoluto. Então, eu liguei para ele. Disseram-me que ele estava em seu escritório. Eu tinha que falar com ele. E o que eu fiquei sabendo mais tarde foi... ...que ele colocou o telefone no gancho, e ele se virou para os seus colegas, e disse: "Pessoal, nós conseguimos". Penzias e Wilson inadvertidamente encontraram a primeira evidência física do Big Bang. Seu radiotelescópio captou o resplendor do início do universo. Essa permanece como uma das descobertas mais importantes da história. Não tinha idéia de que ouvíramos o eco da criação. Em 1978, Penzias e Wilson receberam o Prêmio Nobel. Estar em uma lista junto a Albert Einstein, estar naquele mesmo patamar, era quase impossível de se acreditar. Eu simplesmente não conseguia me comparar com pessoas que já haviam ganho o Prêmio Nobel. Em 1964, quando a radiação de fundo do Big Bang foi descoberta, havia, pela primeira vez, evidência clara de que houve um acalorado Big Bang, uma origem para nosso universo. Penzias e Wilson haviam descoberto a prova direta do Big Bang, mas seriam necessários outros 37 anos e uma tecnologia de microondas muito mais sofisticada para que descobríssemos como o Big Bang formou o universo que vemos hoje. Rumo a sua órbita, a 1.6 milhão de km sobre a Terra, está o Wilkinson Microwave Anisotropy Probe, ou WMAP, uma versão super-avançada da antena gigante de Penzias e Wilson, equipada com dois telescópios refletores. A missão do WMAP é examinar o resplendor do Big Bang em profundos detalhes e tentar descobrir por que as galáxias se formaram. Com o WMAP, nós tentávamos olhar de volta no tempo, para aqueles primeiríssimos instantes do universo. Após 1 ano de registros, os primeiros resultados são mapeados. As observações do WMAP foram incríveis. Ao invés de uma imperceptível radiação de fundo, você podia medir variações de até 0,001% na temperatura, através dos céus. O WMAP mostra que, na verdade, há pequenas variações de temperatura. As mudanças de temperatura aparentemente dramáticas são, na verdade, pequenas. Ir de um ponto mais vermelho, como esse aqui, para um ponto mais azul corresponde a uma mudança de milionésimos de grau. Então, são realmente pequenas variações de temperatura, mas há um padrão realmente drástico através dos céus que revelou toda essa informação para nós. Os pequenos locais vermelhos são onde a matéria está começando a se agrupar e onde os aglomerados de galáxias irão, um dia, formar-se. Essa é uma evidência fundamental, pistas de como as estrelas e as galáxias passaram a existir. Os dados do WMAP ajudaram os astrônomos a descobrir o que aconteceu no início do universo, imediatamente após o Big Bang. Podemos, na verdade, deduzir a partir disso coisas que aconteceram no primeiro trilhonésimo de trilhonésimo de segundo do universo. Eu acho simplesmente extraordinário ser capaz de chegar tão próximo do início da história do universo. E a precisão do WMAP permite que os astrônomos resolvam outro grande mistério cósmico: a idade exata do universo. Pela primeira vez, os astrônomos têm um valor preciso. Agora sabemos que o universo tem cerca de 13.7 bilhões de anos. Ele é muito velho, mas não é infinito. Poderia ser infinito, mas não é - uma das maiores descobertas da ciência do século XX. O WMAP nos levou para mais longe da Terra e para mais próximo do nascimento do cosmos do que qualquer outro telescópio na história. Está revelando os limites do universo com detalhes sem precedentes. Mas os dados de microondas que ele registra são invisíveis para o olho humano. Será que seria possível ver as primeiras galáxias do universo sob a luz comum, visível? Apenas se os telescópios ópticos também dessem um salto gigantesco de tecnologia e apontassem para os céus. # Decolagem do Ônibus Espacial Discovery # com o Telescópio Espacial Hubble - # nossa janela para o universo. A NASA lança o mais famoso telescópio já construído. Se você perguntar o nome de um telescópio a qualquer pessoa na rua, eles irão dizer: Telescópio Espacial Hubble. O Telescópio Espacial Hubble é, provavelmente, o telescópio mais produtivo da história. Ele foi comparado à época em que Galileu apontou, pela primeira vez, seu telescópio para os céus. O Telescópio Espacial Hubble, de 12 toneladas, é um tributo adequado para o homem que nos levou, pela primeira vez, para além dos limites de nossa galáxia. Ele irrompe através da atmosfera da Terra e é liberado em órbita, a 600 quilômetros sobre nós. Desde que Hale construiu seu observatório, no topo de uma montanha, os astrônomos sonhavam em ter um telescópio no espaço. Aqui, longe da interferência da atmosfera da Terra, não há névoa, poluição nem nuvens para obscurecer a luz vinda do universo. Pôr um telescópio no espaço nos dá uma visão incrivelmente nítida do universo. Com o Hubble, vimos mais além e mais profundo do que com qualquer outro telescópio na história. E o Hubble está observando uma luz que é visível. O que nós somos capazes de fazer com o Hubble é, essencialmente, captar as imagens como se você tivesse olhos de 2 metros, e você estivesse no vácuo, e você poderia mantê-los abertos durante uma semana. Isso é o que você veria. Não são criações computacionais. Elas são, na verdade, imagens digitalizadas que você, de fato, pode ver. As imagens cristalinas feitas pelo Hubble são algumas das mais extraordinárias visões espaciais jamais vistas: os resquícios da explosão de estrelas, viajando através do espaço... ...enormes nuvens de gás e poeira, onde novas estrelas estão sendo formadas... ...galáxias distantes, orbitando em discos gigantescos e colidindo para criar super-galáxias. Eu acho que minha imagem favorita deve ser a da Nebulosa Borboleta. É uma nebulosa onde o gás está sendo lançado a 965.000 km/h. Os telescópios são máquinas do tempo. Nós estamos vendo fótons que, na verdade, começaram sua jornada há 13 bilhões de anos, e que levaram esse tempo para cruzar o espaço interestelar até nós. E, assim, você não só está olhando para o espaço, você está recuando no tempo. Em 1995, a habilidade do Hubble de voltar no tempo é posta à prova. Os astrônomos decidem virar suas lentes para um único ponto escuro no universo, apenas para descobrir o que eles conseguem ver. Nós pegamos um ponto pequenino no céu, no qual não havia basicamente nada, ou nada de especial lá. Nós observamos, durante 10 dias, um único ponto escuro no céu. É como se o Hubble estivesse olhando através de um pequenino buraco de fechadura na Via Láctea, para o universo mais além. O tamanho do local para o qual olhamos não era maior do que o de um canudo. O que o Hubble vê é extraordinário. E o que nós vimos foram 10.000 galáxias naquele único ponto. Cada ponto de luz que você vê na imagem representa uma galáxia com centenas de bilhões de estrelas, como o Sol. A imagem é chamada Campo de Profundidade do Hubble. Ela mostra a luz de galáxias, 4 bilhões de vezes mais fraca do que qualquer coisa que vejamos com o olho humano - uma luz que iniciou sua jornada há bilhões de anos. Se há algo que pode dar-lhe uma idéia do tamanho do universo e de sua profundidade, é esse tipo de imagem. Cada vez que o Telescópio Espacial Hubble passou por manutenção pelos astronautas, sua câmera foi aperfeiçoada. Após a missão final da NASA, em 2009, uma nova imagem do Campo Profundo revela as galáxias mais distantes jamais vistas, apenas 600 milhões de anos após o Big Bang. Estamos voltando no tempo o máximo que podemos, porque estamos vendo de volta ao tempo do nascimento das galáxias. O Telescópio Espacial Hubble está tirando imagens que continuam impressionando-nos. Acredito que o Telescópio Espacial Hubble, em certo sentido, foi realmente único na história da ciência. Ele realmente captou a excitação de uma descoberta e fez com que ela, sabe... ...pertencesse a cada lar, a cada ser humano ao redor do globo. O Hubble revelou os mistérios de nosso cosmos em uma glória deslumbrante. Agora, ele está trabalhando em uma enorme rede de telescópios super-modernos para investigar uma descoberta que sacudiu o mundo da astronomia, uma descoberta que ameaça mudar tudo que pensávamos saber sobre o universo - uma força enigmática, chamada "energia escura". A energia escura é a coisa mais misteriosa que já descobrimos. É uma energia que parece ter sido criada do nada, vinda do vácuo. Mas não temos idéia do quê ela é. A descoberta da energia escura veio como uma total surpresa. Em meados do anos 1990, em Mauna Kea, no Havaí, no Observatório Keck, uma equipe de astrônomos, incluindo Alex Filippenko, está observando o cosmos longínquo. Eles sabem que o universo está expandindo, mas ele realmente irá expandir-se para sempre? Eles têm uma teoria: o universo pode, na verdade, parar de expandir-se e começar a desacelerar. Tal como quando eu lanço essa maçã no ar, a atração gravitacional da Terra sobre a maçã a desacelera e, eventualmente, a detém e reverte seu movimento. Assim, também, todas as galáxias, empurrando-se entre si, poderiam desacelerar a expansão do universo, até o ponto de detê-la, levando ao fim do universo em um Grande Colapso. Estará o universo começando realmente a encolher? Para medir a velocidade dos limites do espaço, os astrônomos precisam dos telescópios mais poderosos da Terra. Os espelhos gigantes dos Telescópios Keck têm 10 metros de diâmetro. Feitos, não a partir de um único disco de vidro, mas de 36 espelhos hexagonais trabalhando em conjunto. Eles dão uma nitidez excepcional a cada imagem. Os telescópios Keck são, realmente, instrumentos fantásticos. Eles nos permitem ver galáxias que estão, literalmente, no limite do universo visível, a 10, 11, 12 bilhões de anos-luz de distância. Mas para descobrir quão longe essas diferentes galáxias realmente estão, os astrônomos precisam de um brilho de referência, uma estrela que irá agir como um critério cósmico. Mas as estrelas da Variável Cepheid, usadas por Edwin Hubble, são tênues demais nos limites do cosmos. Os astrônomos precisam buscar um tipo especialmente brilhante de estrela, dentro das galáxias mais longínquas. As mortes dessas estrelas causam algumas das explosões mais devastadoras conhecidas pela humanidade. Elas são chamadas supernovas. Uma supernova é, literalmente, uma estrela em explosão. Bem, a maioria das estrelas não explode ao final de suas vidas, mas algumas se partem completamente em uma explosão colossal, titânica. E não adianta qualquer estrela explosiva. Eles estão buscando um tipo de supernova que explode com um brilho bastante intenso e consistente: uma tipo 1A. Elas explodem como uma gigante nuclear descontrolada. Elas são, basicamente, uma gigantesca bomba nuclear. Nas galáxias mais distantes do universo, eles encontram o que estão buscando: supernovas tipo 1A. Isso parece bom. Aí está, aí está. Veja só! Está um pouco agitada... Agora, eles medem o Desvio para o Vermelho para calcular quão rápido essas galáxias distantes estão se afastando. Finalmente, em 1998, após anos de pesquisa, eles chegam a uma conclusão chocante: a expansão do universo não está desacelerando - ela está acelerando. Para nossa grande surpresa, descobrimos que o universo está se expandido mais rápido, agora, do que costumava estar. Ao invés de desacelerar, está acelerando. Então, é como se a maçã fizesse "zzzzoom" - dessa forma - uma conclusão absolutamente fantástica. Uma força misteriosa que ninguém é capaz de ver está desafiando a gravidade, alargando o universo com mais rapidez do que nunca. É a força que os astrônomos agora chamam de "energia escura". Há a possibilidade de que a Gravidade de Einstein esteja incompleta, de que não compreendemos a gravidade. Há a possibilidade de que ela possa mudar algumas das leis fundamentais da física. Mas o quê a energia escura realmente é, e o que ela fará com o nosso universo permanecem um mistério até hoje. A energia escura é uma das chaves para entender o destino, o destino derradeiro do universo. Ele irá expandir-se para sempre? Ele continuará acelerando? A aceleração irá aumentar? Se assim for, o universo não parará de crescer. O fato que os astrônomos sabem é que a energia escura compõe a maioria do universo. Nós descobrimos, desde então, que essa energia escura corresponde a uns 72% da densidade de energia do nosso universo e, no entanto, nós não sabemos o quê ela é. Quero dizer, a ver se você entende o tamanho do quebra-cabeça: cerca de 70% da superfície da Terra está coberta por água. Certo? Imagine se não tivéssemos idéia do quê fosse a água. Essa é a situação em que estamos. Como se um mistério invisível não fosse o bastante, cientistas do Jet Propulsion Lab, da NASA, estão investigando uma igualmente misteriosa substância invisível: a matéria escura. A matéria escura é, basicamente, invisível. Podemos apenas vê-la observando como ela distorce as coisas que estão por trás da matéria escura. Imagens tiradas pelo Telescópio Espacial Hubble estão, agora, ajudando a revelar onde a matéria escura pode ser encontrada no universo. As imagens do Hubble mostram que essa substância invisível está curvando a luz. Uma boa analogia é a de uma piscina de água. Se você sair e atirar uma moeda no fundo da piscina, você olhará para baixo, para a moeda, e você poderá ver aquela moeda bem nítida porque a luz refletida pela moeda está vindo através da água. A água é, essencialmente, invisível, mas o formato daquela moeda está distorcido, porque aquela luz viaja, não em uma linha reta, mas em um caminho ligeiramente curvo através da água, até chegar aos olhos. A matéria escura tem um efeito semelhante. Ela exerce uma poderosa atração gravitacional na luz vinda de galáxias distantes. Então, o que estamos examinando, aqui, é a luz vinda de uma galáxia distante vindo até nós através dessa distribuição de matéria escura. Quando a luz passa através da distribuição de matéria escura, o caminho da luz é desviado. Os astrônomos calculam que a matéria escura compõe até 23% do universo. Some isso à energia escura e isso deixa apenas 5% do universo inteiro que não é invisível. Então, após 400 anos examinando os céus com os telescópios, ainda temos 95% do universo por revelar... E uma nova jornada está começando. Uma nova geração de telescópios - a milhões de quilômetros no espaço, no alto do topo de montanhas, e nas profundezas da Terra - se prepara para mudar nossa compreensão novamente. Os telescópios estão, na verdade, na vanguarda de mudar a forma como pensamos sobre o universo, porque é a única forma de vermos o universo. Então, esses novos telescópios gigantescos estão tentando responder algumas questões vitais: qual é a natureza do universo em que vivemos? quais as coisas que compõem o universo? poderia haver vida em outras partes do universo? Os instrumentos científicos mais sensíveis atualmente não estão apenas olhando para a luz detectável. Eles estão buscando o invisível. E eles irão revelar mistérios do cosmos mais além de nossos sonhos mais ousados. Há todo um universo oculto lá fora, e é isso que estamos tentando descobrir. Desde a época quando os telescópios foram apontados aos céus, pela primeira vez, nós temos buscado os limites do universo. As revoluções na tecnologia e a corrida por construir coisas maiores, mais altas e, inclusive no espaço, nos proveram com descobertas que têm sido reveladoras, chocantes e profundas. Agora sabemos quão pequenino somos, em comparação ao tamanho extraordinário de nosso universo. Estamos, inclusive, à beira de descobrir planetas com os blocos de construção da vida. Haverá planetas como a Terra? Poderá haver vida em outras partes do universo? Uma das coisas excitantes sobre esses grandes telescópios é que é muito provável que nos dêem as respostas para essas perguntas. A cada passo, nós estendemos os limites de nosso universo, para além de nossos planetas, para além de nossa galáxia, para além de centenas de bilhões de outras galáxias e, virtualmente, de volta ao Big Bang e ao início do tempo. Os telescópios estão mudando tudo que pensávamos saber sobre nosso pequeno planeta e o seu verdadeiro lugar no cosmos. Quem sabe o quê eles irão revelar no futuro? Quando olharmos de volta, daqui a 100 anos, eu acho que o mundo inteiro e nossas idéias serão transformados novamente. "Inscreva-se no Canal Re-Pense".

Artigo 194 do codigo civil brasileiro curso tecnico de informatica a distancia gratuito Maringá projeto meio ambiente na escola pdf. Minas Gerais relatorio do projeto brinquedos e brincadeiras Crítica Literária/Filme, senai jundiai cursos tecnicos Crítica Literária/Filme, telefone unimed porto alegre marcacao de exames Plano de negócios, exames de sangue detecta gravidez ABNT. Curso de capelania hospitalar rj artigo 131 da lei geral de telecomunicacoes lgt artigo 194 do codigo civil brasileiro Vitória da Conquista artigo sobre contabilidade bancaria. Curso tecnico de meio ambiente rj Código Sergipe seguranca da informacao jargoes, festa da minnie vermelha na escola.

Cachoeirinha:

Daisy Webster, Fulton: American Academy McAllister Institute. Parauapebas: Brooklyn Law School; 2019.

Daniel Prince, Orleans. Alagoas: New York State College of Agriculture and Life Sciences; 2010.

Mark Madden, 10th Avenue zip 10034. Cotia: Bank Street College of Education (graduate school); 2012.

inserted by FC2 system