Art 215 Ncc

Institute of Fine Arts - A astrônoma e física Lia Medeiros deu uma grande contribuição a um dos avanços mais significativos da astronomia nos últimos tempos: a primeira fotografia de um buraco negro, divulgada no último mês de abril. E o registro foi possível graças a uma ajuda de um telescópio virtual. Pós-doutora pela Universidade do Arizona, a cientista se mudou para os Estados Unidos, onde se dedicou a testar as teorias da física nas condições do espaço. Essa brasileira de apenas 28 anos de idade dedica-se a uma bolsa de pós-doutorado em astronomia e astrofísica da Fundação Nacional de Ciências e tem aí uma ampla sensibilidade com a questão ambiental. Portanto, é uma de nossas homenageadas aqui no Senado Federal, porque foi aprovada na semana passada uma moção de aplausos pela grande contribuição que ela tem dado na história mundial. Com você, Lia. Inicialmente eu gostaria de agradecer o convite. Sinto-me muito honrada por estar aqui, onde estou sendo recebida com muita atenção e cortesia. Para mim, o Congresso Nacional é a Instituição mais importante do Brasil. Eu nunca imaginei falar do meu trabalho aqui. Eu fico muito feliz de constatar o quanto esta instituição valoriza a ciência. Hoje eu vou falar sobre a colaboração global que conseguiu, pela primeira vez, fazer uma imagem de um buraco negro. Também vou falar sobre a importância dessa foto, sobre a minha contribuição para esse projeto e dar o meu testemunho científico sobre os estudos do meio ambiente. Antes, eu gostaria de me apresentar. Eu nasci no Rio de Janeiro, em 1990, mas me mudei várias vezes durante minha vida. Sempre considerei o Brasil meu País e sempre mantive muitos vínculos com o Brasil, viajando para cá com bastante frequência e por longos períodos. Desde criança, gostava muito de matemática e, no ensino médio, entendi que a matemática pode ser usada para explicar e fazer previsões sobre o universo onde vivemos. Fiquei especialmente maravilhada com buracos negros e decidi que queria me dedicar a estudar esses objetos tão misteriosos. Para entender a importância dos buracos negros, é necessário falar um pouco sobre a teoria da gravidade de Einstein, a Relatividade Geral. O Brasil teve grande destaque na primeira vez em que essa teoria foi comprovada. No dia 29 de maio de 1919, a teoria da gravidade de Einstein foi comprovada, pela primeira vez, por um eclipse total que foi observado em Sobral, no Ceará, e também na Ilha do Príncipe, na África. Essa é uma das imagens originais que foram usadas para comprovar essa teoria. Aqui podemos ver o eclipse total e esses pequenos círculos brancos indicam a localização de pequenas estrelas que foram utilizadas nesse experimento. Em novembro do mesmo ano, os resultados foram divulgados. A capa do Jornal The New York Times, nesse dia, falou: "Teoria de Einstein triunfa", e foi realmente isso que tornou o Einstein famoso. Este é o local das observações, em 1919. Nesse mesmo local, quarta-feira passada, houve uma celebração do centenário dessa observação histórica. Para muitos cientistas, a física moderna se baseia em duas teorias: a teoria de Einstein, conhecida como a Teoria da Relatividade Geral, que descreve campos gravitacionais muito fortes, como aqueles gerados por estrelas, e a física quântica, a teoria que governa as pequenas escalas, por exemplo, partículas subatômicas. A teoria da gravidade é essencial para a precisão de sistemas, como o GPS, e permite a perfeita sincronização de relógios em diferentes partes do Planeta, algo essencial para a vida moderna. A física quântica é a base da química moderna e tem permitido, por exemplo, o desenvolvimento de computadores quânticos, que deverão revolucionar essa área da computação. Entretanto, essas duas teorias são inconsistentes entre si. De fato, essa é uma das grandes questões em aberto na ciência. A melhor forma de abordar essa questão é estudar sistemas dos quais as duas teorias sejam necessárias para explicar o seu comportamento. A resposta a essa questão pode modificar fundamentalmente o nosso entendimento sobre o universo onde vivemos, mas é bem difícil testar como essas teorias interagem, porque é necessário um objeto com um campo gravitacional bem forte – por exemplo, uma grande massa – e que também seja pequeno para que a teoria da física quântica seja importante. Um buraco negro é o laboratório perfeito para testar a interação entre essas duas teorias... Porque é um objeto com muita massa ocupando um espaço bem pequeno. A incrível densidade dos buracos negros faz com que o campo gravitacional seja incrivelmente forte. Para se ter uma ideia da sua densidade, se quiséssemos fazer da Terra um buraco negro, teríamos que espremer a Terra toda para que ela ficasse do tamanho de uma bola de gude. Como não podemos fazer um buraco negro num laboratório, o melhor que podemos fazer é estudar os buracos negros que existem no espaço. Podemos usar uma imagem de um buraco negro para verificar se eles se comportam segundo a teoria da gravidade de Einstein. A primeira vez que alguém calculou o que veríamos se olhássemos para um buraco negro foi em 1973. Essa imagem é de um desses primeiros artigos científicos. Nesse artigo, foi previsto que a aparência observacional de um buraco negro seria um anel de luz em volta de uma região muito escura. Essa parte escura é que chamamos de sombra do buraco negro. Desde 1970, houve vários avanços teóricos e computacionais e já era possível simular a sombra de um buraco negro. Grande parte da minha contribuição para esse projeto envolve esses tipos de simulações. Esse filme mostra o resultado de uma simulação que evolui a matéria que está girando em torno de um buraco negro e também evolui a luz que essa matéria está emitindo. No dia 10 de abril, a colaboração internacional conhecida como Telescópio de Horizonte de Eventos publicou a primeira imagem de um buraco negro. A imagem apresentou grande concordância com as simulações baseadas na teoria de Einstein. A margem de erro desse experimento é de 10% e permitiu melhor caracterizar a geometria de um buraco negro. Podemos dizer que, cem anos depois, a teoria de Einstein triunfou em mais um grande teste. Dentro dessa colaboração internacional, eu agora estou atuando em duas linhas principais de pesquisa. A primeira é estudar um buraco negro de forma ainda mais precisa, com uma margem de erro menor. Existe um buraco negro no centro da nossa galáxia, a Via Láctea, do qual temos muito mais informações. Esse filme mostra uma imagem da nossa galáxia, vista a partir da Terra, se aproximando, progressivamente, do local onde se encontra esse buraco negro. Esses pontos brancos são estrelas individuais que podemos detectar e que estão em órbita em volta desse buraco negro. Podemos usar a órbita dessas estrelas para medir a massa desse buraco negro com muita precisão. Por isso, podemos fazer um experimento com uma margem de erro muito menor. Entretanto, esse buraco negro possui grande variabilidade, o que dificulta, substancialmente, a sua observação. Atualmente, eu estou desenvolvendo algoritmos para mitigar os efeitos dessa variabilidade nas observações. Eu pretendo vir ao Brasil quando eu tiver novidades neste tema. A minha segunda linha de pesquisa atual é o aprimoramento das simulações. A imagem mostra resultados de simulações baseadas na teoria de Einstein, obtidas nessa colaboração internacional. Eu também atuo em simulações deste tipo, assim como simulações de buracos negros que não se conformam, exatamente, com a teoria de Einstein. Esta é uma forma de testar os limites dessa teoria. Hoje estamos celebrando o Dia Internacional do Meio Ambiente. A astrofísica também contribui para as ciências ambientais, por exemplo, estudando a atmosfera da Terra e de outros planetas. Eu não atuo nessas áreas, mas posso dar o meu testemunho, como cientista, sobre o que tenho acompanhado. Cientistas são treinados para questionar métodos, resultados e conclusões científicas. Baseada nos estudos de mudanças climáticas, nos métodos empregados e nos resultados obtidos pelos mais renomados pesquisadores do meio ambiente, eu considero cientificamente válidas as conclusões que vêm sendo apresentadas. Muitos aspectos do meio ambiente só podem ser estudados de forma global, considerando o nosso Planeta como um todo. De forma semelhante, a imagem do buraco negro só pode ser obtida a partir de um grande esforço global. O tamanho aparente da imagem do buraco negro no céu é semelhante ao tamanho aparente de uma laranja colocada na lua e vista da Terra. Para obter esta imagem, foi necessário transformar efetivamente a Terra toda em um grande telescópio. O projeto necessitou do envolvimento de mais de 200 cientistas de mais de 60 instituições e mais de 20 países, e vem progressivamente agregando mais colaboradores. Estes são os telescópios que participaram das observações que foram usadas para fazer a imagem que foi divulgada em abril. Agradeço pela atenção de todos. Obrigada! (Palmas) Lia, mais uma vez, muito obrigada pela sua presença aqui conosco. Você veio dos Estados Unidos exclusivamente para esta sessão, e nos enche de orgulho, nos enche de honra saber que o Brasil, lá fora também, está sendo bem visto por experiências como a sua. Você leva o nosso nome, leva a nossa Nação brasileira. Muito obrigada, e que Deus a abençoe. É um orgulho para nós ver você, tão jovem, e já com uma capacidade, um nível de informação tão grande. Que Deus a abençoe. (Palmas) Receba, em nome desses aplausos, a Moção de Aplauso que o Senado aprovou para você esta semana. Muito obrigada!.

Art 215 ncc engenharia de seguranca do trabalho Francisco Morato art 196 ctb comentado. Jaraguá do Sul desenho abstrato geometrico facil Proposta de Dissertação, curso tecnico em edificacoes belo horizonte Proposta de Tese, curso de administracao basico Redação, festa dos minions hoje em dia Trabalhos Matemáticos. Artigo 1 do acordo de valoracao aduaneira curso de historia da musica online art 215 ncc Piraquara art 182 a kkw. Quantos exames da ordem tem por ano Trabalhos não Escritos Rio Grande do Sul carta de apresentacao para estagio supervisionado, convites para aniversario de 1 ano galinha pintadinha.

Barueri:

Brenda Goodwin, Tompkins County: The College at Old Westbury. Birigui: Barnard College; 2008.

Brandon Richard, Essex. Francisco Morato: Skidmore College; 2007.

Gemma Russell, Gold Street zip 10038. São Gonçalo: State University of New York State College of Optometry; 2013.

inserted by FC2 system