Rensselaer Polytechnic Institute, Troy - Muito prazer, eu me chamo Rodolfo Ciciliato, sou advogado e consultor empresarial e à convite do Advide Play participo da coluna Direito e Inovação. As minhas participações serão sempre pautados em temas da advocacia corporativa, do direito empresarial e de novas tendências dessas áreas de atuação, inicialmente nós precisamos caracterizar o cenário onde estamos inseridos, onde tanto o empresário, o nosso cliente enquanto advogado e também nós, como advogados e consultores estamos atuando. Vivemos num cenário no Brasil de instabilidade política, de instabilidade econômica, vemos um cenário onde os órgãos públicos e agências reguladoras são caracterizados por ineficácia, por morosidade, por corrupção. Vivemos também um sistema, onde nós advogados somos constantemente defrontados com mudanças legislativas, mudança de regulamentos e normas que nos deixam, enfim de cabelo em pé. E é em cima desse cenário que nós vamos traçar a nossa coluna. O objetivo é que nessa coluna nós possamos trazer insight's, possamos trazer temas relevantes e bullet points que possam contribuir e nos ajudar, tanto você que está assistindo na sua casa, no seu escritório, o nosso cliente, nós que estamos no dia a dia atendendo empresas e atuando com a advocacia corporativa, trazendo inovações a respeito desses temas buscando auxiliar a nossa formação, a nossa atuação com o principal objetivo, atender da melhor forma possível o nosso cliente e obviamente melhorando a nossa reputação, de nós como profissional e também do nosso escritório, da nossa atuação. Bem, nas minhas participações na coluna Direito e Inovação do Advise Play são abordados temas de diversas áreas do direito, temas que a advocacia corporativa exige do profissional que atua nessa área. Sempre falaremos de gestão de contratos, um tema extremamente recorrente, necessário para que a empresa possa diminuir riscos futuros, todos sabemos que um contrato bem escrito, um contrato bem discutido entre as partes, um contrato bem revisto, contribui muito para que problemas futuros aconteçam na relação contratual, falaremos também sobre compliance e governança corporativa, temas extremamente atuais e relevantes, somos defrontados hoje no dia a dia, com empresários que nos perguntamos se podemos atuar, se podemos contribuir ou auxiliar na formação e na criação, instituição da governança corporativa dentro das empresas, se podemos atuar no gerenciamento de riscos, especialmente na parte de compliance, também falaremos de direitos e obrigações societárias, situações também recorrentes para advogado que atende organizações empresariais, advocacia corporativa, falaremos também sobre responsabilidade ambiental, tema também que vem crescendo, questões envolvendo sustentabilidade e como a empresa pode estar atendendo da melhor forma possível eventuais demandas que surgem nessa área, demandas trabalhistas e previdenciárias, sabemos que isso, especialmente por causa das reformas recentes, os empresários nos têm perguntado, qual é o impacto que isso vai ter na minha organização? O que eu preciso fazer? Qual relevância disso para o meu negócio? Então a ideia é que nós possamos também discutir temas dessas duas áreas. Vamos abordar temas também envolvendo propriedade intelectual, questões fiscais e tributárias, que são extremamente relevantes, extremamente técnicas, especializadas e como nós, enquanto advogados, podemos atender isso da melhor forma possível. Um ponto essencial que nós enquanto advogados precisamos atingir é nos tornar não um custo para a empresa, mas sim um investimento. Como? Diminuindo riscos, aumentando a segurança jurídica do empresário e contribuindo da forma que for possível, para a diminuição de custos desnecessários dentro da empresa. Passamos agora para uma parte um pouco mais prática pessoal, para que nós possamos juntos discutir como podemos melhorar a nossa atuação. O primeiro insight que nós podemos dar, é em relação à tua postura, a nossa postura frente ao nosso cliente, às demandas de nosso cliente, frente a empresas que atendemos. O advogado que pretende crescer dentro da corporação, que deseja ter um atendimento melhor, é necessário que eles se engaje pelo negócio do cliente, que ele tenha real interesse interesse genuíno pelo negócio do cliente, que ele saiba, conheça o negócio, então você advogado, nós advogados vamos visitar as empresas dos nossos clientes, vamos conhecer as empresas dos nossos clientes. Quantos de nós, eventualmente atendemos empresas que só visitamos duas vezes? A primeira vez quando nós fizemos a proposta de serviços do nosso escritório e a segunda vez quando fomos firmar o contrato, e ainda talvez, o contrato tenha sido firmado por correio ou por e mail, mas quantos de nós já fomos dentro da empresa do cliente? Conhecemos a linha de produção, conversamos com administrativo, com a contabilidade, com o RH, com o departamento pessoal, com a parte de compras, vendas. Enfim, quantos de nós conhecemos de fato o negócio do cliente? Sabemos de onde vem o dinheiro da empresa, de onde o os recursos daquela empresa? Um segundo insight, e esse é bastante interessante, tem uma empresa que eu atendo, é uma empresa no interior de São Paulo, onde o gestor dessa empresa sempre me diz o seguinte, e a gente atua algum tempo, "Rodolfo, não pense como advogado. Rodolfo, pense como um empresário", e raciocinando e refletindo a respeito dessa recomendação que me foi dada no passado, foi onde eu pude enxergar que o advogado às vezes é um pouco mais burocrático, a nossa formação é um pouco isso, a gente espera o incêndio acontecer para depois tomar a medida, essa formação que nós temos na maioria das faculdades que cursamos, porém se a partir do momento que nós conseguimos pensar como empresário, vamos entender qual é a relevância de eventual consulta que seja feito e principalmente a celeridade que nós temos que atender aquela demanda, por vezes o cliente manda uma pergunta, manda uma consulta, " preciso que você verifique tal situação." Você fala, "não pode mandar um e-mail?" Você pede para os seus advogados escritório ou você mesmo se dedica a fazer um parecer longo, extenso, cita jurisprudência, cita a doutrina, faz todo uma contextualização para enfim chegar à demanda e eventualmente ou em muitos dos casos, toda essa construção é desnecessária para o empresário naquele momento, o empresário na verdade, ele só precisa de uma resposta rápida, sim, você pode fazer de tal forma ou não, você não pode fazer de tal forma, faça de tal forma, porque ele precisa daquela demanda naquele momento, ele está negociando eventualmente uma situação momentânea e que a resposta daqui dois dias, já não tem mais sentido para ele. Ele precisa da resposta imediata, então quando eu digo para você pensar como empresário, para nós pensarmos como empresário, é justamente compreender a celeridade que algumas nossas consultas tem que ter para poder atender melhor nossos clientes. Em decorrência desse segundo ponto que abordamos é também pensar qual o impacto das nossas decisões jurídicas dentro da operação da empresa, nós não podemos engessar a empresa, nós como advogados não podemos travar a operação da empresa, não podemos ser um dificultador para que as coisas aconteçam, nós temos que na verdade ser um facilitador e aqui a gente remete ao primeiro ponto, o porquê da importância da gente conhecer a operação de nossos clientes, sabendo da relevância de cada ponto da cadeia de produção do cliente, independentemente do segmento, com certeza a gente vai saber se aquela sugestão jurídica que damos, será um entrave para o nosso cliente ou se será uma facilitação, será uma forma de ajudar nossos clientes. Pensando dessa forma, com certeza nós vamos melhorar a nossa forma de atuação e ajudaremos nosso cliente de forma mais eficaz. Um terceiro e último ponto, e aqui a gente pode abordar algumas questões. Vá além das demandas jurídicas da empresa. É preciso que o advogado não se contente em saber apenas as demandas judiciais, ter conhecimento apenas jurídico, o advogado que quer aumentar a sua performance dentro da advocacia corporativa, na área financeira, na área contábil, na área de gestão, na área de planejamento estratégico, então você advogado não se contente com a formação que teve na graduação, vá além, busque novas formações, busque cursos livres, MBA's, pós graduações, mestrados, enfim não importa como, seja autodidata, mas conheça de questões que te possam colocar na mesa para discutir o planejamento estratégico da empresa. Precisamos nos colocar no lugar do empresário e entender como podemos contribuir além do jurídico, seja um advogado que vá além jurídico, seja o advogado que o seu cliente ou então na corporação que você está inserido, que você seja convidado a participar de reuniões que envolvem o planejamento estratégico, o futuro da empresa, se você fizer isso, com certeza você vai conseguir atender melhor o seu cliente, vai aumentar sua participação dentro da empresa, relevância do seu departamento dentro da empresa e obviamente fidelizando seu cliente por muito mais tempo. Primeiro então, realmente conheça o negócio do seu cliente, se engaje com o negócio do seu cliente. Segundo, pense como empresário e terceiro adquira novas competências de outras áreas que são inerentes a todas as empresas. E se você quiser saber um pouco mais a respeito desse tema, além de acompanhar o Advise Play, o Advise Brasil, a coluna Direito e Inovação e as outras colunas que estão sendo veiculadas, convido para que você participe de um evento, Advise Brasil me fez um gentil convite para participar de um Webinar no dia 24 de agosto às 16:30hrs, abordando a gestão de riscos corporativos e compliance, será um evento um pouco mais solto, uma conversa um pouco mais livre, onde estaremos ao vivo, abordando temas desse assunto, com a participação de todos aqueles que se inscreverem no evento, portanto acompanhe as redes sociais, do Advise Brasil, do Advise Play, Instagram, Facebook, os sites, se inscrevam neste evento e continue acompanhando a coluna Direito e Inovação. Obrigado!.
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