State University of New York at Delhi - No campo da vigilância sanitária, que é um curso que nós temos. Vigilância sanitária é um curso que congrega muitas leis, muitas aplicações dessas leis, então a gente trabalha o curso inteiro, ele é montado em casos, casos concretos. Então a gente montou todo o material a partir de casos e as questões desses casos os alunos vão trazendo a partir da sua realidade, esse é um exemplo. Um outro curso que a gente tem que talvez seja o nosso curso que se aproxima mais do PBL é um curso voltado para professores universitários envolvidos com transformações de currículo, mudanças de currículo. É um curso é baseado em PBL, onde no material do curso ele não traz conteúdos, ele só traz questões e motivações para que os alunos possam trazer a sua realidade para dentro do curso e, a partir dessa realidade, aí então o curso se movimenta, ou seja, eu posso dizer que em cada região, cada lugar que esse curso é ofertado, apesar de se ter um roteiro, vamos dizer assim, para ajudar, ele é um curso diferente porque o que é produzido ali é a partir da necessidade sentida por aquele aluno. Todos os cursos partem da questão da problematização, porque não adianta só colocar conteúdo. O conteúdo ele vem, obviamente, para auxiliar esses processos, mas os alunos também podem trazer conteúdos que a gente não pensou, por exemplo. Então é incentivado o tempo todo que eles tragam a sua realidade para dentro do processo pedagógico, que eles tragam inclusive soluções e discussões dessas questões e é possibilitado ao aluno, inclusive, a gente já teve a oportunidade de alunos de um estado poderem estar apresentando as suas discussões em outros e poder compartilhar. Porque é isso né, porque o conteúdo puro e simples ele não é transformador por si só, ele é uma base teórica. Então ele precisa ser aplicado e eu acho que essa é a grande dificuldade. A escola precisa estar na vida e se você não trouxer a vida para dentro do processo pedagógico fica difícil, né? Então os nossos cursos todos têm problematização, porque são questões de saúde. Não falta nesse país questões para serem discutidas no campo da saúde. Muitas a gente pede para o aluno trazer então assim, as questões isso é engraçado, né, porque as nossas questões não têm gabarito, não têm. Porque em cada, por exemplo, em cada região você pode produzir uma questão diferente e isso muitas vezes incomoda mais o professor do que o aluno. Eu tive um curso onde os professores eles montaram gabarito oculto e começaram a dialogar, depois é que a gente percebeu, porque eles precisavam de um gabarito. Foi logo no início e aí a gente percebeu, então a gente precisa formar esses professores por questão... esse processo... Então assim, a questão da estratégia o professor precisa estar antenado com a estratégia, porque se ele não estiver dialogando com essa estratégia, ela não é efetiva. Não adianta você dizer 'eu sigo metodologias ativas', mas na hora que você vai ver o curso não tem nada de metodologia ativa. O modelo que trabalhamos é um pouquinho diferente, vamos dizer assim, de muitos processos. Ele não é melhor nem pior, mas ele é diferente, por que? Nós não trabalhamos com a categoria conteudista, nós trabalhamos com a categoria de autor. Então vamos lá. É diferente de eu chegar com o professor dizer assim 'me faz um conteúdo X', aí depois eu pego, normalmente é assim, eu pego aquele conteúdo, mando para um designer, um instrutor designer, ele vai fazer e tá, tá tá... Nossos cursos não são produzidos assim, nós chamamos os autores, porque nós não trabalhamos, volto a dizer, com conteudistas, nós trabalhamos com autores, e autor do curso não é o autor do conteúdo. Então quando eu sento com três especialistas para produzir o material, produzir o curso, eu vou discutir com eles a questão do conteúdo óbvio, mas eu vou discutir com eles a questão pedagógica também e nesse sentido também um aprendizado para os professores, claro que alguns não conseguem. Eu posso dizer assim quanto maior vamos assim na questão da expertise, fica mais difícil para ele entender que ele precisa dialogar com outros. Então muitas vezes ele não ele sai de ser um autor do curso para ser um autor colaborador por exemplo. A não eu só sei produzir um artigo porque... então tá bom você opera lá o seu material, nós colocamos na biblioteca lá virtual, mas ele deixa de ser um autor do curso. Agora eu posso te dizer que aqueles professores que viram autores do curso, eles sensivelmente saem com uma outra visão do que é a educação. Porque para produzir material para um curso, por exemplo, não é um artigo que ele escreveu para a Science, não é. Tem que ter uma linguagem, tem que ter um formato, dependendo da mídia porque nós também produzimos cursos em várias mídias, porque esse país é muito diverso. Não adianta produzir tudo online na maior tecnologia se o meu aluno lá de Macapá não vai poder ter acesso, e se a minha intenção... Porque veja bem, os cursos, para nós, eles não têm uma intenção, um fim em si mesmos. Eles são uma estratégia para implementar uma política pública para a melhoria de qualidade de assistência à população, é isso. Então o curso é uma estratégia. Então nesse sentido ele precisa estar trazendo os profissionais para dentro do processo pedagógico para que eles possam refletir sobre a sua realidade e transformá-la, é isso que a gente quer. Então a produção de material ele também tem que seguir essa lógica. Então a gente tenta usar princípios das metodologias ativas desde o início, construção coletiva, gestão participativa, diálogo, a gente elabora o projeto assim, constrói material assim e implementa o curso assim..
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Curitiba:
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